60.Armadilha Fatal (Em revisão)

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-Não sabia que seu novo "passatempo" era incendiar florestas.-Digo apoiando a mão sobre uma árvore.

Vir até aqui com a maior velocidade possível me esgotou muito e meu senso de direção está péssimo. Ele sorri enquanto passa a mão pelos cabelos negros.

-Volte para as muralhas nesse instante e eu não te farei mal algum, isso é uma promessa.-Ele me encara e cruza os braços.

-Suas promessas não valem nada Ello. Já se esqueceu da que você fez quando se juntou a tropa?-Minhas forças voltam aos poucos e eu me afasto um pouco da árvore.

-É, não sou mais confiável e você sabe disso. Desculpe mas, não tenho outra opção.-Ele coloca a mão no bolso e tira um pano.

Ele já havia usado esse pano comigo uma vez, não vai acontecer de novo. Ello corre em minha direção e joga uma daquelas linhas de ferro sobre meu braço e me puxa para perto dele, tentando colocar o pano sobre meu rosto mas me abaixo e lhe dou uma rasteira.
Ele se levanta rapidamente e corre para o outro lado, e eu o sigo.

Ele entrou na floresta e eu observo por fora, entrando nela devagar, afinal, ele ainda podia colocar fogo nessa parte.
De repente algo prende em meu tornozelo e me puxa pra cima. Uma armadilha.

-Não acredito que você caiu justo nessa!-Ele aparece e diz em meio a risos.

-Merda.-Sussurro.

Eu mal conseguia vê-lo, pois estava de ponta cabeça. Ello começa a andar de um lado pro outro com um sorriso vitorioso enquanto eu penso em uma maneira de sair daqui. Minhas lâminas haviam caído e o DIM não era uma boa opção.

-Vejo que você tem um novo brinquedo mas, para o seu azar eu também tenho.-Ele puxa um saquinho e depois pega uma flor que estava no chão e a esmaga.-Não me olhe com essa expressão, isso é completamente indolor.

Após colocar fogo no saquinho ele o joga no chão e se afasta. Uma grande fumaça amarelada sobe até mim e sinto meu corpo formigar e ficar totalmente paralizado.
Helena havia me falado sobre essa flor, se eu apenas encostasse em uma de suas pétalas meu dedo ficaria paralizado durante um bom tempo.

-E no fim eu consegui de novo! Sinceramente, esperava que você morresse no primeiro incêndio ou até mesmo nesse mas, isso é bem melhor!-Ele ri ainda mais alto.

Então foi ele quem colocou um incêndio naquela floresta, e por causa disso, o Noah morreu. Tento me controlar para não acabar fazendo ou falando demais.
Ello mexe um pouco em sua mão, talvez para tentar fazer com que seus dedos voltem a se mover.

Ele se aproxima e coloca a mão sobre meu rosto. Me senti indefesa e incapaz de resistir, foi uma sensação horrível.

-Seu pai vai me odiar pelo que irei fazer mas acho que vou correr esse risco.

Ele pega meu braço e o apoia sobre seu ombro. Após me levar para o seu cavalo vejo que há uma pequena parte amarrada ao cavalo.
Ele me coloca nela e também coloca uma venda sobre meus olhos. Sinto que começamos a andar e minha mãos suavam frio, não fazia ideia de quais era seus planos.

Após um bom tempo o cavalo para e ele tira a venda dos meus olhos.
Tento olhar em volta e estamos em um lugar completamente diferente, perto de um lago tão grande que não dava para ver onde acabava.

Ele tira minha capa e a dobra, colocando sobre o chão. Depois pega minhas lâminas e as coloca em cima da capa.

-Esse é o seu fim Cabo, mas não fique triste, pelo menos você não foi morta por um titã.-Ele me segura e me joga no lago.

Minhas mãos estavam amarradas e meu corpo paralizado. Comecei a sufocar e ainda por cima não consegui pensar em nada que me tirasse dessa situação.

"Não! Não posso morrer agora e não desse jeito!"

Começo a pensar no Levi, e no fato de que ele não está aqui para me salvar desta vez.

O movimento dos meus dedos começam a voltar e eu ativo o DIM contra as cordas tentando ir o mais rápido possível pra fora do lago. Quando consegui sair senti minha garganta arder por causa da grande quantidade de água que engoli.
Fiquei parada na beirada por um bom tempo esperando o efeito da paralisia passar.

Quando finalmente consegui me colocar de pé dou uma olhada no DIM e vejo que ele não vai funcionar por um bom tempo. E ao longe vejo titãs mas eles não me viram, ainda.

Qualquer movimento errado e já era. Não estou em condições de correr e muito menos de lutar. Estou sozinha.

A Garota do Distrito Subterrâneo (Em revisão!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora