32.Um Acontecimento Inesperado (Em revisão)

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Exatamente ás 11:00h cheguei na sala de reuniões. Erwin estava falando sobre o plano da Muralha Maria e sobre os novos soldados.

Depois ele concluiu, dizendo:

-Por isso, não há necessidade de todos vocês irem. Podem continuar as atividades que eu passei.

Foi ai que eu percebi que tinha me atrasado de novo. Parece que eu não me entendo com essas reuniões.

-Erwin, eu perdi alguma coisa?-Perguntei indo em direção a ele.

-Sim. A Hanji, o Rivaille e o esquadrão dele vão comigo para a Muralha Rose.

-Mas, e eu? O que eu vou ficar fazendo enquanto isso?

-Bom, alguem precisa comandar a tropa enquanto eu estiver fora. Boa sorte.-Ele diz e depois vai embora.

Fui até a saida da base e observei eles indo embora. Percebi que a Petra estava cavalgando ao lado do Rivaille.
Desde que eu fiquei sabendo que ela gosta dele, passei a olha-la com outros olhos.

Acho que o fato dela estar perto demais dele, me incomoda um pouco. Eles formariam um belo casal, mas eu não aprovo isso totalmente.
Só de imaginar os dois juntos, eu sinto um grande aperto no peito.

Resolvo entrar na base e vou para o escritório do Erwin. Acho que agora tenho total liberdade para entrar aqui, já que ele me deixou no comando. Entro e logo fecho a porta.

O escritório estava todo escuro. Com uma certa dificuldade, achei a janela e logo a abri. O escritório ficou mais iluminado e consegui ver praticamente tudo.

Me sento e começo a procurar algo de interessante nas gavetas. Relatórios, folhas e mais folhas. Entre tantas folhas, uma me chamou a atenção.
Essa folha estava com o meu nome em cima e abaixo dele estava escrito "Resultados".
Eu não me lembro de ter feito uma prova ou algo que mereça um "resultado".

Começo a ler aquela folha.

"Kinigawa tem obtido resultados satisfatórios, e não é nenhuma surpresa o fato dela ainda estar viva. Considerando que estamos perdendo muitos soldados, ela tem um certo destaque."

E no final da folha estava escrito que esses resultados iriam ser encaminhados para o rei.
Achei isso estranho, mas devo admitir que nem eu sei como ainda estou viva.
E que tipo de "resultados" ele está tendo?

Resolvi procurar mais alguns papéis que falassem sobre isso, mas infelizmente não encontrei nenhum.
Sai do escritório e por algum motivo, comecei a pensar em minha irmã.
Será que ela está viva? Bom, a única coisa que sei sobre ela é o nome da própria.

Já havia se passado horas que Erwin e os outros tinham saído. Eu estava preocupada.
De repente começou a chover bastante e isso iria atrasá-los, sem a menor dúvida.

Me preocupei ainda mais porque eu sei que o Rivaille não sabe cavalgar direito na chuva.

Mil pensamentos ruins passaram pela minha cabeça. Por que eles não voltam?

-Kinigawa!!-Fanz veio até mim e ele estava todo molhado.

-O que aconteceu com você?

-Eu estava lá fora, acho que ainda tem alguns soldados lá.-Ele desvia seus olhos para a saída.

-Eu vou lá fora ver se ainda tem alguém...-Coloco minha capa e vou em direção a porta.

-Espere, eu vou com você.-Fanz ajeita sua capa e me acompanha.

Ao abrir a porta, uma grande onda de vento se chocou contra nós. Saimos e fechamos a porta.
Eu segurei firmemente minha capa e comecei a andar.

-Procure perto dos estábulos, eu vou procurar perto do armazém.-Falei alto e vi Fanz concordar com a cabeça.

Fui andando até lá e não tinha ninguém. A chuva ficou mais forte e eu logo entrei no armazém.

-Que maravilha, agora estou presa aqui.

Me sentei no chão e tirei minha capa, que estava toda encharcada. E então eu dei um espirro. E depois outro e outro.

Eu estava com um resfriado, com certeza era isso. Eu estava toda molhada com um vento forte e frio se chocando contra mim.
A chuva parou por um tempo. Peguei minha capa e saí o mais rápido de lá.

Consegui chegar na base antes de chover novamente.
Ao entrar pela porta me deparo com Fanz e mais alguns soldados, que por sinal, estavam todos molhados.

-Vocês estão bem?-Pergunto, enquanto me apoio na parede.

-Sim, eles estavam no estábulo.-Respondeu Fanz, vindo em minha direção.

Eu mal conseguia falar, por causa da minha respiração ofegante. Senti minhas pernas falharem e antes mesmo de cair, Fanz me segura.

-Você está fervendo, deve estar com febre.-Ele diz logo depois de colocar sua mão fria em minha testa.

-Me leve ao meu quarto, por favor...-Minha voz estava fraca, e eu não tinha forças para andar.

Ele me segurou e levou-me ao meu quarto. Quando chegamos ele abriu a porta e me colocou lentamente em cima da cama.
Ele se sentou ao meu lado e começou a me encarar. Seus olhos não saiam de mim e os meus também não saiam dele.
Fui fechando meus olhos aos poucos, sentindo a mão dele segurando a minha.

A Garota do Distrito Subterrâneo (Em revisão!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora