56.Não há Outro Jeito (Em revisão)

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Conforme íamos nos afastando eu sentia ainda mais o nervosismo aumentando. Os titãs estavam concentrados no outro lado então nosso caminho não estava cheio daqueles seres horríveis, apesar de ainda aparecerem alguns.

Mas então o último portão se abriu, revelando a vasta paisagem e ao mesmo tempo um lugar sem proteção.
As reações dos soldados mudou drasticamente e o medo dominou sobre a confiança que tinham.

-Iremos em direção ao norte e seguiremos em linha reta.-Noah diz apontando a direção.

-Não podemos ir por esse caminho!-Digo antes que os outros o sigam.

-Mas temos que ir. Esse é o caminho do mapa, nosso dever é seguir esse caminho.-Ele diz arrogante.

-Essa é a direção que mais tem titãs! É suicídio, até mesmo para mim que já sai das muralhas muitas vezes!-Digo incrédula.

Ele apenas observa o mapa novamente para ver se a direção estava realmente certa e estava.
Carlo começa a olhar em volta desconfiado, parecia estar com receio de algum titã sair de entre as árvores.

-Mas esse é o caminho, não temos outra opção.-Noah apenas diz isso mais convicto que antes.

-Me deixe ver isso.-Vou até ele e olho o mapa.

Não pude acreditar que aquela era realmente a direção certa. Observo se tem algum caminho alternativo mas que nos leve ao destino e acabo por achar uma solução.

-E se pegarmos esse caminho que leva em direção a floresta? Passamos por ela e continuamos seguindo para o norte mantendo a rota inicial.-Mostro o caminho para o Noah.

Ele observa o mapa com mais atenção e acaba por concordar comigo mesmo sabendo que aquilo não era planejado, mas era o mais seguro.

Vamos seguindo em direção a floresta mas o ar parecia ter mudado quando entramos nela, era algo um pouco sombrio.
De repente começam a aparecer titãs raros por toda a parte.

-Subam agora!!-Noah dá a ordem e subimos usando o DIM e largando os cavalos um pouco para trás.

Ao chegar um uma grande altura paramos em árvores próximas mas os titãs começaram a pular muito alto. Não podíamos gastar mais gás para subir e o topo já estava próximo demais.

Eu e o Noah trocamos olhares e pareciamos ter lido a mente um do outro, pois descemos ao mesmo tempo e matamos a maioria dos titãs, deixando apenas três vivos.
Mas apareceram ainda mais titãs e não iríamos conseguir matar todos.

Subimos novamente e vi que o Noah já estava cansado, afinal ele matou a maioria.

-Estou aberto a ideias.-Noah diz se sentando em um dos galhos.

-Irei subir e olhar em volta, se as coisas piorarem subam mais.-Digo e logo subo até o topo da árvore.

Ativo o DIM e vou o mais alto que pude tentando olhar o máximo possível para os arredores mas não vi nada que não fossem árvores e uma vasta planície.
Desço rápido e tento pensar em outra solução mas não tive tempo.

Repentinamente uma fumaça aparece logo por trás e em pouco tempo a floresta estava em um terrível incêndio. Todos se reúnem mas os titãs continuavam a nos seguir.

-De onde veio isso?-Helena pergunta.

-Ou melhor, quem causou isso?-Rachel diz olhando para os lados.

-Isso não importa, nós só precisamos sair daqui o mais rápido possível!!-Carlo fala alto tirando o foco da conversa.

Noah se afasta e fecha os olhos soltando um longo e pesado suspiro. Ele olhou para os cavalos e para a carroça de suprimentos.

-Eu irei descer e afastar os titãs enquanto vocês fogem com os suprimentos e os cavalos.-Ele diz sério.

-Você não pode ir! Vai acabar morrendo!!-Rachel vai até ele e segura em seu braço.

-Não temos tempo para pensar em outra solução, vocês tem que seguir minhas ordens. Por favor façam isso por mim.-Ele segura na mão dela e todos se entreolham.

Ele se joga e vai desviando dos titãs afastando-os de nós.
Carlo puxa a Rachel e eu e Helena descemos para os cavalos. Pego os suprimentos largando a carroça para trás e avançando o mais rápido possível para onde o fogo ainda não tinha chegado.

De repente um grito de dor surge por entre as árvores e ecoa pela floresta. Era o grito do Noah.

-Temos que voltar para salvá-lo, rápido!! Vamos voltar!!-Rachel para no meio do caminho e olha para trás enquanto grita.

-Se já pegaram ele, não há mais nada o que podemos fazer. Vamos continuar o caminho e seguir suas últimas ordens.-Digo colocando a mão sobre o ombro dela.

Uma árvore caí bem a nossa frente e continuamos seguindo o caminho, mas ao mesmo tempo aquilo deu um aperto em meu peito e eu não sabia o que seria de nós.
Só sabia que tinhamos que sair daquela floresta o mais rápido possível.

A Garota do Distrito Subterrâneo (Em revisão!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora