A Garota do Distrito Subterrâneo (Em revisão!!)

58.Erros do Passado (Em revisão)

-Me desculpe por ser tão evasiva mas, a senhora poderia me contar mais sobre Reiner e Bertholdt?-Tento argumentar com ela.

-Me desculpe. Ela não está muito bem para isso no momento, mas eu posso lhe contar mais.-Logo após dizer isso o velho a leva para a casa e depois me chama.

-Fiquem aqui e tentem não causar problemas.-Digo aos soldados.

Entro na casa rústica do camponês, que em sí, parecia ser bem antiga.
Sentei-me no sofá e ele ficou a minha frente.

-Há muito tempo, quando Reiner e Bertholdt eram crianças algo aconteceu. Não sei direito o que mas, eles mudaram, muito...-O velho dá uma pausa e solta um longo suspiro.-Depois Reiner se viu como um "soldado" e implorou para que pudesse ir para as muralhas. A princípio sua avó achou que seria uma boa ideia, pois estariam mais seguros mas, eles acabaram causando mais problemas pelo o que você disse.

-Só isso? Não aconteceu mais nada?-Questiono.

-Não sei de mais nada além dessa velha história.-Ele abaixa a cabeça.

Eu esperava que houvesse algo a mais, isso não era a informação que eu precisava.

-Eles mudaram...-A velha camponesa saiu do quarto dizendo.-Eles mudaram depois daquele dia.

-Que dia?-Viro e a observo.

-Eles haviam saído para explorar como sempre faziam mas, quando voltaram podiam se transformar em titãs. Eles não queriam falar sobre o ocorrido e nós respeitamos isso.-Ela se senta ao meu lado.

-Que caminho eles seguiram?

[...]

-Nossa, foi muita gentileza dos camponeses oferecerem um lugar para descansarmos essa noite.-Helena diz se esticando.

-Sim, são boas pessoas.-Rachel abraça o travesseiro.

-Vou ser direta. Irei sair amanhã mas vocês não vão comigo.-Digo.

-O quê?!! E pra onde você vai? Precisamos terminar a missão e...-Helena grita mas Rachel a interrompe.

-Uma coisa de cada vez, por favor. Primeiro, onde você vai?

-Não posso dizer.

-Ok. Segundo, e a missão?-Rachel continua.

Fico quieta por um tempo tentando juntar as palavras certas na cabeça para não acabar falando demais.

-Essa missão é uma farsa. O mapa é pequeno, o caminho é suicida e os soldados são desqualificados. Somos uma falsa esperança para o povo e os superiores querem nos fazer morrer aqui fora. Pena que eu percebi isso tarde demais...

Rachel arregala os olhos e Helena encara o chão incrédula. Nenhuma das duas entendia o porquê daquilo e não sabiam o que dizer depois de saber disso.

-Me perdoem por ser tão direta mas essa é a verdade. Preciso fazer o que realmente é importante e se esses camponeses estiverem certos, a humanidade finalmente irá saber de onde vem os titãs.

E para minha surpresa elas ficaram ainda mais assustadas, nem pensei que seria possível. Solto um suspiro pesado e penso na loucura que estou prestes a fazer amanhã.

-Já que vai sair sozinha, precisa de conhecimento básico sobre medicina, senão vai acabar comendo alguma fruta venenosa.-Helena senta em minha frente e sorri.

-E sabia que o DIM consegue chegar até uma nuvem baixa? Só que tem um truque pra isso, em caso de emergência. Posso te ensinar...-Rachel se senta ao lado de Helena e sorri juntamente com ela.

Dessa vez elas me pegaram de surpresa. Porquê iriam me ajudar mesmo depois de eu ter dito tudo isso? Não conseguia entender.

-Por que estão querendo me ajudar?-Solto um sorriso de lado.

-Por quê não faríamos isso? É o mínimo que podemos fazer.-Helena diz sorrindo novamente.

-E praticamente está salvando nossas vidas só por não deixar nós irmos com você.-Rachel completa.

Mesmo com toda essa situação, ainda consegui sorrir e aceitar a ajuda delas, e logo, Helena começou a me dizer sobre alguns tipos de plantas que são venenosas.

[...]

Carlo, Helena e Rachel se despediram de mim e eu senti medo por estar indo sozinha.

-Se eu não voltar, bem, vocês já sabem.-Monto no cavalo e sorrio.

-Não diga isso, por favor.-Carlo esfrega os olhos, queria chorar.

-Tudo bem, então...até logo.-Alguns camponeses abrem o caminho e eu saio cavalgando.

Pela primeira vez, o vento que antes era de liberdade virou um estímulo para continuar seguindo em frente, e sem olhar para trás.