33.O Que Está Acontecendo? (Em revisão)

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Aos poucos fui abrindo os olhos. Me estiquei um pouco e olhei para a porta, que estava aberta. Vi que Fanz estava discutindo algo com o Rivaille, e eles não estavam se entendendo.

Me sentei na cama e percebi que minha roupa havia sido trocada. Me cobri na hora e disse com minha voz rouca:

-Ei, o que vocês estão fazendo?

-Que bom que você acordou...-Fanz vem em minha direção e me abraça fortemente.

-Por quanto tempo eu dormi?

-Bom, você dormiu tanto que já é de manhã.-Fanz abriu um sorriso de lado e passou a mão em meu cabelo.

-Tá, já chega desse abraço.-Disse Rivaille puxando de leve a camiseta do Fanz, fazendo ele me soltar.

-Fanz, pode sair.-Disse Rivaille.

-Sair? Por que?-Perguntou ele confuso.

-Eu preciso falar com ela sobre os soldados que entraram na tropa.

-Tudo bem.-Fanz sai e fecha a porta.

-O que tem os soldados da tropa? Aconteceu alguma coisa?-Perguntei enquanto ele se sentava na beirada da cama.

-Não aconteceu nada, eu só queria que o Fanz fosse embora mesmo.-Ele passa a mão no cabelo, fazendo-o ficar um pouco para trás.-Eu não posso te deixar um dia sozinha.

-Por que está dizendo isso?-Perguntei com minha voz, que estava menos rouca.

-Eu fico longe e você já fica doente, com febre e resfriado.

-Eu to bem...-E então eu espirro, provando que realmente não estou bem.-Quem me trocou?

-A Hanji.-Ele responde.

Sinceramente, a Hanji tem seus momentos de loucura e eu não tenho total confiança nas coisas que ela faz.
Tento me levantar, e quando consigo, percebo que estou com um vestido azul claro.

-De onde surgiu esse vestido?-Pergunto enquanto me olho no espelho.

-A Petra te deu. Acho que isso é um agradecimento por você ter encontrado a carta dela ou algo desse tipo.-Ele respondeu.

Nunca poderia imaginar que a Petra fosse me dar alguma coisa. Eu me senti muito culpada por ter lido a carta dela, mas ao mesmo tempo, valeu a pena descobrir um pouco mais sobre ela.

-Eu não costumo usar esse tipo de roupa. Estou estranha nesse vestido?-Pergunto ao Rivaille.

Ele me olha, se levanta e diz:

-Você não está estranha. Até que ficou bom em você.

Solto um leve suspiro e volto a olhar no espelho. Depois me sento na cama e digo:

-Estou com fome...

-Espere aqui.-Rivaille sai pela porta e me deixa plantada lá.

Algum tempo depois ele volta, trazendo consigo um belo café da manhã.
Ele coloca em cima da cadeira e cruza os braços.

-Isso é pra mim?-Pergunto curiosa.

-Claro que é pra você. Come logo, daqui a pouco eu volto.-Ele sai e fecha a porta.

Mesmo que a atitude dele seja gentil, ainda é meio estranho ver o Rivaille fazendo algo desse tipo.
Tomei o café e me deitei sobre a cama, voltando a me cobrir. Percebi que a janela estava aberta, e comecei a encarar o céu. Ainda estava um tempo de chuva e eu estava quase pegando no sono.

-Por que você voltou para a cama?-Disse Rivaille entrando pela porta e deixando ela aberta.

-Eu ainda estou com um pouco de sono...-Digo e esfrego um pouco o olho.

Ele anda até mim e se senta novamente na cama, só que dessa vez, mais perto de mim. Eu acabo me levantando e sentando ao lado dele. Apoio minha cabeça sobre seu ombro e ele coloca a mão em meu ombro, como se estivesse me dando um abraço.

De repente, Petra passa pela porta e acaba nos olhando. Após nos encarar um pouco, ela pergunta:

-O que vocês estão...fazendo?

A Garota do Distrito Subterrâneo (Em revisão!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora