61.O Titã que Fala (Em revisão)

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Sinto um gosto salgado na boca, esse era um lago muito estranho. Um lago de água salgada. Por um momento sinto isso soar familiar, isso porque Armin já havia falado sobre isso há um bom tempo.
Ele estava conversando com Eren e acabei escutando sobre um mar salgado e dunas de areia. Nunca pensei que ele estaria certo sobre isso, mas estava.

Isso só podia significar que eu estava muito longe da muralha e que Ello sabia de muita coisa. Um forte vento surge e sinto meu corpo tremer de frio.
Coloco a capa e puxo um isqueiro do bolso, mas, após algumas tentativas vejo que ele não vai funcionar.

Então pego uma das lâminas e uma pedra e tento fazer fogo. Uma faísca aparece e eu logo a direciono a um pouco de grama que havia no chão, fazendo assim uma pequena fogueira.

Estendo minhas mãos sobre o fogo mas sem deixar de olhar os titãs que estavam ao longe, e por descuido, acabo queimando a palma da mão.

Corro para a água e mergulho minha mão sobre a mesma, mas todo aquele sal não estava ajudando a diminuir a dor. Ao voltar para a fogueira vejo que um titã me viu.

Ele era rápido, e se aproximou de mim em segundos. Olho em volta para ver se tinham outros titãs além dele, e para minha sorte, não tinha.

Apago o fogo e tento correr para a floresta mais próxima, pegando em seguida minha lâmina. Quando me virei ele estava bem atrás de mim e então bateu no chão.

Me jogo para trás e sinto dificuldade em manter o equilíbrio. E de repente o titã para de atacar e faz algo surreal.

-Senhorita Ymir! Ymir!!-Ele repetia várias vezes.

Fiquei sem reação. Como seria possível um titã falar assim do nada? A Hanji já havia feito milhares de experiências com essa hipótese mas nenhuma funcionou. Mas por que esse titã consegue?

E então algo voltou a acontecer comigo. Meus olhos ardem e eu apenas tento conter a dor com as mãos sobre eles mas não adianta. O titã se ajoelha em minha frente mas ao invés de apenas puxar a lâmina e matá-lo, meu corpo fez algo diferente.

Perco o controle e meu corpo começa a se mover sozinho. Abro a boca do titã e entro dentro dela, agarrando sua língua. Ele começa a se levantar e eu o controlo apenas por pensamento. Não fazia ideia do que estava acontecendo mas eu não podia fazer nada, perdi o controle sobre meu próprio corpo.

Penso no Ello e o titã começa a correr em uma direção aleatória. No meio da floresta havia uma casa que estava sobre as árvores.

Saio da boca do titã e logo caio no chão. Não consigo tirar forças para me levantar, meu corpo está fraco assim como na vez em que Annie me colocou em sua boca.

Levanto meus olhos para ver o titã e fico pálida de susto. Ele estava com a aparência quase semelhante a minha, tanto os cabelos quanto os olhos.
Em segundos ele me pega e me joga para longe. Me levanto devagar e ele volta a querer me atacar, mesmo depois do que acabou de acontecer.

Quando comecei a correr, meu cabelo prendeu em um galho e não queria soltar de jeito nenhum, além de que cada movimento que eu fazia só piorava a situação.

Peguei minha lâmina e sem pensar duas vezes, o cortei. Olho para baixo e vejo os fios sendo levados pelo vento, e ao mesmo tempo me senti mais leve.
O titã me pegou e começou a me apertar de uma maneira sufocante.

Levanto o braço e corto três de seus dedos, meus olhos arderam novamente, mas desta vez eu queria matá-lo. Corri por seu braço e cortei sua garganta até chegar na nuca.

A cabeça do titã caiu e ele começou a evaporar. Volto para o lugar aonde o titã havia me levado e vejo que naquela casa havia uma pessoa. E essa pessoa era o Ello.

A Garota do Distrito Subterrâneo (Em revisão!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora