Capítulo 3

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— Estou começando a ficar entediado.

Lewrence se sobressaltou, olhou com os olhos arregalados para o khaishi e abriu um sorriso amarelo.

— A história começa a ficar boa agora. — disse. Em seguida fez um gesto para a moça que passava ao lado da mesa, carregando alguns pratos sujos. — Mais uma caneca de cerveja, por favor.

A mulher o encarou de cima, com olhar duvidoso.

— E se você morrer? — ela disse, como se aquela fosse uma frase comum. — Quem vai pagar?

O bardo baixou o ombro.

— Eu não irei morrer essa noite, querida. — olhou para o khaishi e depois novamente para a mulher. — Cerveja, por favor.

Relutante, ela foi até a cozinha apanhar mais bebida para Lewrence.

— Siga com a história, bastardo! — um homem que sentava em uma das mesas ali perto disse.

O de chapéu preto não gostou.

O khaishi levantou com os olhos em fúria, desembainhou um punhal de seu cinto e o cravou no ouvido do homem, com uma naturalidade surpreendente.

— Ele está contando a porra da história para mim. — o khaishi disse, com a voz incrivelmente tranquila, enquanto o sangue jorrava pela cabeça do homem, e ele caía sobre o chão de madeira.

Um breve silêncio fúnebre, como é encontrado apenas em enterros e velórios, tomou conta do local. Em seguida, algumas pessoas gritaram, horrorizadas, outras se retiraram do salão, tropeçando nas cadeiras, amedrontadas. O homem soltou um último gemido antes da vida se esvair de seus olhos, e o de chapéu sorriu e bebeu um gole de sua cerveja preta.

— Groon — ele gritou para o estalajadeiro. — Limpe essa bagunça.

O dono da taverna correu para obedecer. Pegou o homem do chão, arrastando-o para a porta dos fundos com a ajuda de mais duas pessoas, deixando um rastro escarlate no chão de madeira da taverna.

— Então, Lewrence de Pontavelha — o assassino disse enquanto limpava sua adaga —, quero minha história.

O bardo não pareceu assustado. Apenas olhava para aquela cena de modo indiferente.

— Pois bem — disse. — Vamos continuar...

O Bardo na TavernaOnde histórias criam vida. Descubra agora