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A sua mão agarra na minha de modo a nos colocarmos de pé. A minha visão ficar turva e ando um pouco para trás.

-Wooow, estás bem? Ias caindo.

-Sim vá vamos lá.

-Tens mesmo a certeza? Eu posso te levar como fiz da última vez- ele dá-me um sorriso perverso fazendo-me revirar os olhos.

-Sabes que mais? Leva-me á esquadra. Eu tenho de estar com o Niall ele deve-se estar a perguntar onde estou.

-Á esquadra?  Então mas eu-

-Ah pois esqueci-me... o que é que eu tenho de fazer para irmos ao tal sítio?- sinceramente já começo a ficar farta. Não só pelo facto de estar fisicamente e emocional mete exausta. Ele olha-me de cima a baixo com aquele sorriso e eu dou-lhe um soco no braço e começo a andar a passos largos.

Sinto-o puxar-me o braço e todo o meu corpo ser lançado para a frente. Sinto a minha cabeça no seu peito e os seus braços a segurarem-me contra si.

-Desculpa...- ele sussurra.

-Podes me explicar tudo, por favor?- ele desce os seus braços até ás minhas pernas e pega em mim ao colo. As minhas mãos vão para o seu pescoço para que eu me equilibre e a minha cabeça encosta-se ao seu ombro. Inspiro e expiro o cheiro do seu perfume. Os meus olhos tentam, juro que tentam se manter abertos mas acabam por desistir. Sinto-me relaxada e em casa como se costuma dizer. O mais estranho é que nunca me senti em casa antes. 


Sinto o meu corpo arrepiar-se... não sei se estou a sonhar mas preciso de descobrir. Abro os meus olhos devagar e uma luz intensa me atinge fazendo-os fechar novamente. Levanto-me do que parece ser uma cama e vou até á janela na minha esquerda. Quando finalmente me habituo á luz olho em redor. Parece ser um quarto de rapaz. Duas das paredes estão cobertas de graffitis e uma enorme mesa encostada á parede em frente á cama onde eu estava.

ONDE EU ESTAVA! MAS ONDE É QUE EU ESTOU SEQUER? Quando alcanço a maçaneta da porta ouço vozes aproximarem-se e corro de volta para a cama.

A porta abre-se demasiado devagar e uma súbita vontade de abrir os olhos quase que se apodera de mim mas eu luto contra. Os passos aproximam-se e de repente param. A cama move-se um pouco.

-Hey... eu sei que estás acordada também já joguei esse sonho.- abro um olho e sorrio com aquilo que me aparece á frente. Os seus olhos verde transmitem-me conforto e um carinho especial. É como se lá no fundo eu o conhecesse melhor do que o que penso.

Levanato-me e sento-me contra a cabeceira da cama.

-Podes começar a contar-me desde o início.

-Hmmm.... Isto foi tudo obra do Louis e do Zayn eu meio que fui o cobaia. Eles sabiam que se me tivessem com eles seria uma vantagem para conseguirem raptar o Niall. 

HARRY FLASHBACK

Os meus olhos já estão turvos e sei imediatamente que estou bêbado. Uma rapariga loira começa a esfregar-se a mim assim que saiu do balcão e encosto-me á parede. Volto a olhá-la e vejo que ela tem umas belas mamas. Talvez ainda consiga ter um pouco de diversão hoje. Os meus pensamentos perversos são interrompidos quando dois braços puxam-me em direção á casa de banho dos homens.

-LARGA-ME CARALHO- resmungo demasiado alto. Eu praticamente gritei. A minha força desvaneceu-se juntamente com o meu estado de noção. 

-Calma, calma. Quero apenas fazer negócios contigo. Estás interessado?- a sua proposta provoca-me dúvidas.

-Depende... o que é que queres?

-Só preciso que voltes a falar com um amigo antigo teu e que o tragas a um sítio. 

-E estás a falar de quem?

-Niall Horan, conheces?

-Sim... os pais dele adotaram-me durante 1 mês depois fartaram-se de mim. Mas como é que tu sabes sequer que o conheço?

-Eu sei mais sobre ti do que tu possas imaginar... Drogas, álcool, bares, roubos... por isso mesmo que não queiras negociar irás fazê-lo.

-E pronto... foi basicamente assim que tudo começou.

-Kate desculpa mas eu não tinha hipótese. Eu nem sequer sabia que ele te iria trazer nem que o Louis iria aparecer naquela tarde. Depois de eu te ter perguntado se querias ir aquela festa ia mesmo haver uma. Quando cheguei a casa com as bebidas o Zayn agarrou-me por trás (a.n e.e) e o Louis disse para ligar ao Niall e combinar com ele. Ele nem mencionou que te levava.

-Eu sei... eu ouvi.

-Desculpa, desculpa, desculpa. Eu-

Levanto-me e sento-me no seu colo. Encosto a sua cabeça ao meu peito e penteio os seus caracóis com os meus dedos. Ele é um rapaz ainda mais destruído que eu... apesar do que ele fez ele é apenas um menino adotado com medo de receber amor e com uma armadura de ferro que o faz ser perverso e andar com todas as raparigas. Ele encontrou refúgio nas drogas e no álcool para sentir... sentir é o que nós queremos, as pessoas destruídas. Ambos crescemos rodeados de más episódios e más memórias. Destruídos pelo amor... e não amor entre namorados ou amigos... amor paternal que é a nossa base... ou deveria de ser.




My Anchor ➸ n.hOnde histórias criam vida. Descubra agora