My Anchor ➸ n.h

96.

*5 meses depois*

-Sim, Sophia já sei.

-Tu não sabes é nada. Eu já te disse para teres cuidado e não vires á pressa.

-Ainda me faltam 5 paragens para chegar ai eu não estou a ir apressadamente. Como é que ela está?

-Está farta de chorar e eu não sei o que fazer.

-Quando eu chegar ai vou-lhe encher de beijinhos e- Um som de algo a estourar chama á minha atenção. Algo liquido escorrer-me pelas pernas faz-me olhar para baixo.

-Kate?

-So-Sophia... Eu acho que urinei-me.

-O quê?

-Sim, e o liquido é transparente como se fosse água.

-KATHERINE VAI PARA O HOSPITAL! AS ÁGUAS REBENTARAM- Ouço a minha melhor amiga soluçar e percebo que está a chorar.

-Isso é impossível... Eu não tenho dores nenhumas deve só ter sido- páro de falar quando sinto vários pontapés seguidos.

-PORRA!

-E-EU LIGO AO NIALL!!

-MAS ELE SÓ VEM AMANHA ELE HOJE TEM UM CONCERTO!

-ELE É O PAI, ELE VAI VIR AGORA NEM QUE EU O VÁ BUSCAR.- As pessoas ao meu redor olham preocupadas para mim até que uma senhora se aproxima.

-A menina está bem?

-O-o meu filho vai nascer.

-Na segunda paragem é o hospital.- levo a minha mão á minha barriga e contorco-me com as dores fortes.

-E-eu não sei se consigo andar. Dói muito.- tento falar e controlar-me mas tudo o que sinto é facadas na minha bacia.

-MANTÉM A CALMA AMIGA.

-SE PARARES DE GRITAR TALVEZ CONSIGA.

-eu vou já para ai- ouço o bip e mando o aparelho para a minha mala. Pressiono os meus olhos com força na esperança de abrandar a dor mas ela parece ser persistente e contínua.

-Vamos lá esta é a paragem- sinto alguém me levantar mas não consigo ver nada. Vou movimentando os meus passos dando passos para onde me estão a guiar. Parece que andei 20 quilómetros até sentir o ar fresco embater-me na cara.

-Já estamos a chegar.

-AAHHH- deixo um grito sair quando não aguento mais.

-Respire fundo.- faço o que me disse e pareço conseguir monitorizar a tortura.

-Sente-se aqui.- abro os olhos devagar e vejo um enfermeiro correr com uma cadeira de rodas em câmara lenta. Sou conduzida até ao interior do hospital e eu apenas sei disso devido ao clima quente e ao cheiro característico.

-EU N-NÃO AGUENTO.- Um pico grande de pressão é o suficiente para fazer com que toda a minha visão fique preta e entrar num estado de calma.

Pov Sophia

-Niall?- pergunto quando percebo que me atendeu o telefone.

-Oh Olá Soph.

-TU TENS DE VIR IMEDIATAMENTE PARA LONDRES. O JACKSON VAI NASCER!

-AGORA?

-SIM AGORA.

-M-MAS HOJE É O ÚLTIMO CONCERTO.

-É O TEU FILHO CARAMBA.

-POIS EU VOU JÁ PARA AI. EU VOU NO JATO E TUDO.- desligo o telefone e vou até á Hazel que está de gatas no chão.

-Vem cá meu amor.- pego nela ao colo e levo-a até ao carrinho colocando-a lá dentro.

-Ma-ma.

-Eu sei meu amor, estás cansadinha mas o primo vai nascer princesinha.- ela trauteia algumas coisas que não consigo perceber e dou-lhe um beijinho na bochecha. Com sorte ela adormece até lá. Pego nas chaves de casa e abandono o apartamento.

O caminho de carro não demorou muito devido á força que fui pressionando no acelerador.

Assim que avisto as letras a dizerem "Hospital St.Mary" estaciono no primeiro lugar que encontro. Vou rapidamente até ao banco de trás pegando na Hazel ao colo e na minha mala. Tranco as portas e vou o mais rápido que consigo até ao interior. Assim que lá chego olho desesperadamente para todos os lados á procura da minha amiga mas tudo o que vejo são pessoas já de certa idade.

-Boa tarde. Eu preciso de saber onde são as salas de parto.

-O nome da mãe por favor?

-Katherine Stone.- a enfermeira olha para os seus papéis.

-Piso 3.

-OBRIGADA.- Corro até aos elevadores e entro logo no primeiro que por sorte está aberto e com um rapaz lá dentro.

-Andar?

-3 Por favor.- as portas fecham-se e sinto o meu pescoço ser embrulhado pelos braçinhos da minha filha e eu deixo-lhe pequenos beijinhos na sua bochecha tentando acalmar a respiração ao mesmo tempo.

Depois de mais Alguns minutos a correr de um lado para outro disseram-me finalmente que ela estava no quarto 114 e que iria ter um parto de emergência caso não acordasse. Por sorte deixaram-me entrar e ficar ao seu lado mas não podia gritar pois a sua pressão arterial baixava e fazia com que não as chances ou vontade de acordar diminuíssem.

-E como é que eu faço com a minha filha?

-Ela pode ficar com uma enfermeira.

-Tem a certeza?

-Sim, não se preocupe eu vou chamá-la.- não muito tempo depois uma senhora de idade aparece no corredor vindo até nós.

-Então é esta a menina?

-Sim... Eu não queria deixá-la mas o meu noivo está a trabalhar e eu não tenho mais ninguém com quem deixá-la.- a palavra noivo faz-me ter recordações do seu pedido de casamento e do quão emocionada fiquei de mandar o convite á Kate... Ambos, eu e o Liam decidimos adiar o casamento para mais tarde quando estivéssemos todos juntos.

-Esteja descansada, ela fica bem comigo.

-Muito obrigada.

-Princesa agora vais ficar com esta senhora simpática porque a mãe tem de ajudar uma pessoa sim?- ela começa a fazer carinha de choro assim que vai para o colo da enfermeira Marie.

-Por aqui menina.- vou até onde me dizem entrando numa pequena sala onde coloquei uma bata azul... Então foi este o processo que a Kate teve de passar. Nem acredito que é a minha vez de estar aqui e a ajudá-la.

Entro de rompante no quarto e vou logo para o lado do seu corpo deitado numa maca com um lençol a tapar a parte de baixo tal como eu tinha. Começo a entrar num choro angustiante quando a vejo com os olhos fechados.

-Vamos lá, Katie. Tens de fazer o teu menino nascer.- digo baixinho ao seu ouvindo e dou-lhe um beijo na testa.

-Por favor acorda... Tens de arranjar forças para o colocar no mundo... Eu acredito em ti.- vou-lhe dizendo palavras de incentivo ao ouvido até que alguém me interrompe.

-Bom, a mãe não está a acordar você tem de sair.

-NÃO... POR FAVOR NÃO! ELA VAI CONSEGUIR .- Dois braços de um dos médicos agarram nos meus e sinto-o puxar-me.

-ELA VAI FICAR DESTROÇADA. NÃO DESISTAM DELA.

-So-Sophia?- A voz da minha melhor amiga preenche o meu campo de audição e eu corro até ela.

-Eu sabia... Eu estou aqui agora tu tens de dar á luz ao teu filho.

-O-obrigada.

-Agradece-me só quando ele estiver cá fora. Agora é contigo melhor amiga.