My Anchor ➸ n.h

38.

POV Kate 

Caminho até ao quarto do Harry e encosto-me á parede de modo a que oiça a conversa.

-EU NÃO ACREDITO GEMMA! COMO É QUE DEIXASTE ISTO ACONTECER?

-E-eu... humm- percebo que ela não sabe o que fazer para que demonstre que o teste não é dela.

-Isso é meu!- a minha voz ecoa pelas 4 paredes fazendo com que ganhe a atenção de ambos.

O meu olhar prende-se ao do Harry enquanto comunicamos por telepatia. Fico com a visão turva devido á agua que se acumulou demasiado depressa.

-É mesmo verdade?- um sussurro deixa a minha boca. A Gemma percebe que me estou a dirigir a ela e responde com um "sim" ainda mais baixo.

A minha respiração torna-se pesada juntamente com a do Harry. Neste momento nenhum de nós quer falar primeiro. Quando eu pensava que nada na minha vida poderia piorar o destino volta a mudar de direção e a atingir-me de forma brusca.

-E-eu... desculpa.- ele finalmente fala. Noutra ocasião mandava-o calar ou implicaria com ele mas neste momento não tenho forças. Sinto-me destruída como me senti na primeira vez em que alguém que eu amava me bateu. Sinto que tudo se virou ao contrário e eu não sabia o porquê. Dou um suspiro pesado e digiro o meu olhar para o chão. A vergonha e o nojo que tenho neste momento pelo meu corpo domina o meu pensamento. Queria sair da pele onde estou... desaparecer e nunca mais ninguém encontrar-me.

-Kate, o bebé pode não ser do Louis tens de ter calma agora. Não só por ti mas pela saúde do ser que está dentro de ti.- sinto a voz da Gemma mais perto de mim fazendo-me perceber que não dei conta de ela sequer se movimentar.

-Sim até porque, pelo que eu estou a ver no teste, o tempo de gravid- a minha mão vai até á bochecha do Harry emitindo um som estridente pelo quarto. Não sei onde arranjei tanta força para lhe bater mas a verdade é que a raiva que está instalada em mim é maior do que alguma vez estivera.

A Gemma dá um mini grito em resposta á minha ação.

-Ouve, eu sei que estás chateada, mas ele continua a ser meu irmão. A culpa disto não é dele... Até pode ter sido mas não foi ele que te tocou.- reviro os olhos. Se ele não tivesse feito aquela chamada para o Niall nada disto aconteceria.

-Gemma... podes me levar de volta a casa?- peço-lhe.

-Sim, claro.- ela agarra no meu braço e leva-me para fora do quarto. Ela surpreende-me por envolver os seus braços ao redor dos meus ombros. 

-Não te preocupes... tenho a certeza que isto tudo vai acabar bem.

A viagem de carro é silenciosa dando-me tempo para pensar no que irei fazer. Chego á conclusão que não existem muitas opções... Vou falar com o Niall sobre tudo o que o Harry me contou. Os nervos predominam em mim... medo da sua reação ou do que ele irá me dizer. Apesar do Louis e do Zayn estarem sobre a visão da polícia não sei do que ele será capaz de fazer. 

O motor do carro é desligado quando já me encontro á porta do prédio. Deixo um suspiro nervoso sair juntando-se ao silêncio o som das batidas rápidas do meu coração. Sinto-o apertar-se cada vez mais. Uma dor no fundo da minha barriga faz-se sentir. A minha avaliação mental de como estou é interrompida com a voz da Gemma.

-Queres que eu vá contigo?

-Não... eu preciso de encará-lo sozinha.

-Boa sorte miúda.

Assim que coloco a chave na porta, tudo o que sentia no carro triplica-se.

-Niall??

-Sim??- a sua voz vem de um dos quartos da casa ao qual eu nunca entrei. Uma vez tentei abrir mas a porta estava trancada e sempre tive curiosidade para saber o que se encontrava lá dentro.

-Posso entrar?

-Hm.. sim, claro.- quando abro a porta uma sala de música é projectada á minha frente. O Niall encontra-se sentado com uma guitarra no colo dando-lhe um ar maravilhoso. Eu amo-o tanto... O sentimento de o magoar é tão grande que os meus olhos picam da vontade enorme de chorar. Ele parece perceber isso pois levanta-se e envolta os seus braços no fundo das minhas costas enquanto os meus no seu pescoço. A sua cabeça descansa na curva do meu pescoço permitindo-me que sinta a sua respiração no meu ouvido fazendo-me arrepiar. Eu precisava disto... do seu calor para me reconfortar. Deixo vários beijos no seu pescoço até á sua boca. O sabor familiar reconstruir a dor que sentia na minha barriga sendo substituído pelas borboletas e eu não poderia estar mais feliz por senti-las.

-O que se passa babe?- o alívio de o ouvir chamar-me babe retira toda a tensão em mim.

-Sabes que eu te amo mais do que tudo e todos, não sabes?

-Sei... porque eu sinto a mesma coisa por ti.

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Oláá a todas!! Queria agradecer imenso pelas 784 leituras , 234 votos e até pelos comentários.

 ( sim porque eu amo quando vocês expressam o que sentem comigo e irei sempre me importar com a vossa opinião!!!)

Estão a gostar da fic?? Eu estou a amar escrevê-la... vocês não fazem ideia!!  Desta vez deixei uma música que acho que se adequa ao capítulo!

Continuem a votar pois isso deixa-me super contente *--*

I LOVE U SOO MUCH ♥♥