Legião [EM REVISÃO]

Último Fôlego 11#

Notas: ABAIXA QUE É TIRO

boa leitura.

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Olívia caminhava em passos rápidos porém ainda assim graciosos pelo o aeroporto de FireCity. Nos últimos dez anos havia aprendido a se portar como uma verdadeira dama. A única dama de Nowghan.

O aeroporto como sempre ainda estava cheio de pessoas indo e vindo para a cidade tão problemática. Ali algo chamou a atenção da ruiva, uma parede inteira com um memorial dedicado a FireGirl, a heroína que foi capaz de se sacrificar por aqueles que amava.

Fogo desenhado por toda a parede e um desenho em especial. FireGirl em uma luta aonde suas chamas consumiam pessoas de má índole. Tudo tão real, a arte expressa era incrivelmente perfeita. Também não deixou de reparar no texto presente ali que explicava o porquê daquela heroína ser tão especial.

Sem que percebesse, uma memória estava em sua mente.

Sua primeira luta com seus amigos, a chama quente escapando de suas mãos para enfim explodir uma bomba.

O fogo era viciante. Talvez como uma música envolvente que seduz até o coração mais duro. As chamas subiam por seu corpo causando quentes arrepios pela ruiva.

- Aceita um lenço? - Olívia ouviu a voz tão familiar atrás de si.

Somente então a mulher percebeu o choro presente em seu rosto.

- Pai. - Pronunciou ao se virar e encontrá-lo com um sorriso terno em sua direção.

Diferente do que acontecia sempre durante os últimos dez anos, Octávia havia sentido um medo percorrer por sua espinha. Um sentimento de repulsa por seu pai.

Era um conflito de emoções. Por o lado, a ruiva que havia sofrido com o monstro que era seu próprio pai. De outro, a garota festeira que amava somente seu progenitor.

- O que faz aqui, Tassie? - Perguntou um tanto preocupado abraçando a filha.

- Como me encontrou? - Disse urgente em meio ao abraço com Norman.

Embora não devesse, Octávia sentia algo ruim em relação ao seu pai. Mas seria aquilo errado? Afinal aquele ainda era o mesmo Norman Nowghan carinhoso e prestativo dos últimos dez anos.

Então outra memória passou por seu consciente.

Olívia ouvia uma mulher chorando ao falar com alguém no telefone.

Aquela era sua mãe, somente por instinto sabia que aquela era ela. Não sabia seu nome ou como era seu rosto. Sabia apenas que era a sua mãe.

A mulher chorava ao contar para alguém sobre seu maior medo.

- Eu sei, eu sei que você apagou nossos rastros Carl, mas ele ainda pode nos achar. Ele é Norman Nowghan e consegue o que quer quando quer. Eu posso ter suportado perder Danielle, mas elas não, elas eu não consigo.

Norman Nowghan, a forma como ela dizia aquele nome, parecia ser o nome de algo assustador, algo como um monstro.

- Filha? - Disse o pai de Octávia despertando-a de seus devaneios.
A mulher engoliu em seco. Devia achar alguma forma de escapar da presença de seu pai. Mas esse era o problema, ele não era ninguém menos do que seu próprio pai.

Logo a ruiva avistou um café intitulado como Grãos e Jazz, um lugar perfeito.

- Pai, o que acha de um daqueles chás horríveis que você toma enquanto eu como um brownie, sabe, brownies. - Octaviana tentou se sair divertida como sempre fora para disfarçar seu medo óbvio, ainda mais após a imagem daquela mulher rondar por sua mente.