Era suposto ser um ano divertido na nova escola...era suposto arranjar novos amigos e estudar para manter a média...era suposto ter os normais problemas de adolescência... Mas então porquê tanto mistério?
- Jess!? - A Annie vira-se para mim, assim como o resto do grupo, pois sabiam que aquela mochila era minha.
- Aquilo não é meu. - Digo-lhe aflita.
- Vou perguntar de novo: De quem é esta mochila? - O agente insiste impaciente.
- A mochila é minha... - Disse e todos olharam para mim como se eu fosse uma criminosa. - Mas isso aí não é meu.
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- Acompanhe-nos. - O agente aproximou-se de mim e tirou umas algemas do bolso de trás das calças.
- Mas isso não é meu. - Insisto sem sucesso.
- É isso que vamos ver. - O agente diz, colocando me as algemas. - Mas na esquadra.
Isto não me está a acontecer. Não pode estar.
- Eu não fiz nada. - Digo à Annie e aos meus amigos.
- Nós sabemos, vai correr tudo bem. - A Mackenzie diz, preocupada.
No entanto foi a única... Nem a Annie me pareceu acreditar em mim, pela maneira perplexa que me olhava.
Enquanto caminhava com os agentes até à porta do restaurante, observava os olhares de desilusão que me eram disparados. Sabes quando não percebes nada do que está a acontecer e sentes que ninguém vai acreditar na tua inocência porque as provas apontam todas para ti? É assim que me estou a sentir neste momento, perdida.
Sinto-me como se fosse uma dita criminosa dos filmes policiais, acusada de uma coisa que não tinha feito.
Levaram-me de carro até à esquadra da polícia e puseram-me numa sela nada agradável. O meu coração ainda estava aos saltos e o meu cérebro ainda estava a assimilar o que acabara de acontecer.
Como é que aquela droga foi parar à minha mochila? Eu verifiquei-a antes de sair de casa e só a deixei "sozinha" no restaurante... Seja lá quem fosse que me queira tramar parabéns, está a conseguir. De qualquer das formas não me sai da cabeça que essa pessoa está mais perto do que eu pensava.
*Ponto de vista da Annie*
Ainda não acredito no que acabou de acontecer. A Jess... Não, ela não era capaz de fazer tal coisa, ela não é assim. No entanto, as provas estavam lá e contra factos não há argumentos, mas... Não sei o que pensar, sinceramente.
Aos poucos, as pessoas começaram a sair do restaurante. O meu tio estava furioso e nós garantimos que arrumávamos tudo e que ele podia ir para casa. Estava a correr tudo tão bem...
- Alguém me explica o que acabou de acontecer aqui? - A Mia pergunta.
Ninguém respondeu. Talvez porque ninguém sabia.
- A Jess... - O Sam diz num tom baixo.
- Vocês não acreditam que tenha sido ela, pois não? - A Mackenzie pergunta meio que indignada.
