Capítulo 20

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***

Estava no meu quarto à espera do jantar. A minha prima ainda não tinha chegado (e eu adivinho o porquê) e eu estava a ver um filme no PC, em cima da cama.

O facto de os fones estarem nos meus ouvimos impediu que eu ouvisse a minha tia a bater à porta e eu retirei-os, parando o filme, assim que a vi.

- Sim, tia!? – Disse, de forma simpática.

- A Lucy disse-te se vinha jantar? – Ela pergunta-me.

- Não, ela não me disse. – Digo e pego no telemóvel para ver se havia recebido alguma mensagem da minha prima, o que se verificou. – Espere, afinal... - Parei para ler a mensagem. – Ela pediu para avisar que ia chegar mais tarde e para não contarmos com ela para jantar. Desculpe tia, não tinha visto o sms.

- Não tem problema. – Ela riu. – Eu já calculava que isso acontecesse, obrigada querida. – Disse a sorrir. – Quinze minutos e desce.

Eu sorri para ela. – Está bem! – E saiu do meu quarto.

A minha tia é um máximo e eu sei que posso estar à vontade com ela sobre tudo. Ela compreende-nos super bem e eu sei perfeitamente que ela tinha o mesmo pensamento que eu em relação à Lucy e ao Philip.

Tornei a pôr os fones nos ouvidos, ainda a sorrir e continuei o filme.

Estava na sala a ver TV com os meus primos. A tia Suzie estava no escritório a pintar e o tio Arthur estava no hospital, pois era a sua vez de fazer o turno da noite. A porta de casa abriu-se e, poucos segundos depois, a Lucy entrou na sala.

- Boa noite! – Diz com um enorme sorriso.

- Boas! – Dissemos.

- O lanche foi demorado. – O Bruce provoca e eu rio baixo.

- Que engraçado que ele está. – A Lucy diz num tom sarcástico.

O Bruce ri e eu rio com ele. Levanto-me do sofá e agarro a mão à minha prima, conduzindo-a até ao quarto.

- Sim!? – Ela questiona, mal entra no meu quarto.

- Então? – Eu pergunto à espera de uma resposta, mas ela insiste em fazer-se de difícil. – Lucy, conta.

Ela ri-se e senta-se.

- Com esse sorriso parvo não enganas ninguém. – Eu dou um grande sorriso e sento-me à frente dela.

- Nota-se assim tanto? – Ela diz, não deixando de sorrir.

Eu abano a cabeça afirmativamente sempre a sorrir. Ela tapa a cara com as mãos e ri-se.

- Então... - Rio-me também. – Conta-me. – Imploro.

- Acho que já sabes o que aconteceu.

- Eu sabia! – Digo orgulhosa e rio-me com ela. - Já namoram?

Ela deita-se para trás na minha cama a rir-se e eu não consigo evitar sorrir também.

- Acho que sim. - Ela diz e eu sei que ela está na lua, está bastante feliz e isso nota-se.

Rio. - E já agora, não escolheste nada mal. - Digo e pisco-lhe o olho.

***

Estava agora a arranjar-me para ir almoçar com os meus amigos ao Friend's Shop, uma Pizaria aqui das redondezas, perto da praia. Acabei por vestir umas calças justas e uma camisola de lã branca.

Antes de descer, decidi ligar ao Tom.

" - Oi Tom, tudo bem?

- Oi Jess, tudo é contigo?

Jessica J.Onde histórias criam vida. Descubra agora