Capítulo 22

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- Bem, a estrada está um perigo. – O meu tio comenta, assim que entra em casa.

A minha tia cumprimenta-o, assim como nós.

- Tio, este é o Jamie. – Eu apresento, pois eles ainda não se conheciam.

- É um amigo da Jess. – Comenta o Bruce e eu verifico um certo sarcasmo na voz dele.

- Ele vai ficar cá esta noite, com este temporal não é boa ideia ir para lá para fora. –A minha tia explica.

- Sim, de facto não é mesmo boa ideia. – O meu tio afirma. – Já para chegar cá foi uma complicação.

- Espero que não haja problema... - O Jamie diz para o meu tio.

- Claro que não, estás à vontade. – O tio Arthur sorri e depois vira-se para mim. – Jessica, podes vir lá a cima comigo?

- Claro tio. – Eu franzo o sobrolho mentalmente. O que será que o tio quer falar comigo?

- Arthur, não se demorem. – A minha tia avisa. – Daqui a dez minutos, quero-vos todos à mesa.

- Sim, senhora. – O meu tio brinca e eu sigo-o até lá acima, abandonando a sala.

Nós entramos no meu quarto e o meu tio começa a falar:

- Já tenho aqui o resultado das análises à garrafa.

A garrafa... Nunca mais me tinha lembrado desse assunto.

- Confirma-se. – Ele continua. – Foi através daquela garrafa que te envenenaram.

Uma coisa que sempre apreciei no meu tio é a sua frontalidade de dizer as coisas o que, neste caso me assustou ainda mais

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Uma coisa que sempre apreciei no meu tio é a sua frontalidade de dizer as coisas o que, neste caso me assustou ainda mais. A maneira direta como ele me tem dado este tipo de notícias faz me pensar que esta história já está a ficar mais perigosa do que eu queria imaginar.

- E agora? – Eu pergunto. – O que é que é suposto fazer?

- Eu entreguei a garrafa à polícia.

- À polícia?

- Sim, Jess, teve de ser. Isto já está a ficar muito perigoso, tu podias ter morrido e eu não posso permitir que isso aconteça de novo. Agora tens de me prometer que caso aconteça mais qualquer coisa dizes-me logo e nós vamos comunicar à polícia de novo. Eles vão investigar o caso e é importante que estejas muito atenta.

Eu engulo me seco. – Claro... eu digo.

- Vá, não fiques assim. – O tio aproxima-se e coloca a sua mão no meu ombro. – Isto vai se resolver e nós não vamos deixar que voltem a fazer-te mal.

- Ninguém pode impedir, tio.

Ele não diz nada, pois sabe que eu tenho razão. Em vez disso, firma mais o seu braço contra os meus ombros como uma forma de proteção.

Jessica J.Onde histórias criam vida. Descubra agora