Desculpem a demora! xD
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- Então o que se passa contigo? - A enfermeira Grace era bastante simpática e parecia muito amável.
Eu abro a boca para explicar, mas o Jaime antecipa-se. - Ela cortou-se. - E levanta a minha mão para lhe mostrar e eu rolo os olhos por ele estar a exagerar.
- Sim, eu...cortei-me num vidro. - Menti.
- Deixa cá ver isso. - Ela pega na minha mão e observa-a. - Hum...vou desinfetar-te isso e pôr-te uma ligadura, não é nada de grave mas convêm não ganhares uma infeção. - Ela diz e eu aceno com a cabeça. Observo-a a ir buscar os materiais necessário e olho para o Jaime que está sério como sempre. Ainda não sei porque é que ele ainda ali está, nem porque é que insistiu tanto em ajudar-me, aquele não é, definitivamente, o Jaime que eu conheci. O toque da campainha ecoa.
- Podes ir andando para a aula, eu já vou lá ter. - Eu digo ao Jaime.
- Eu espero por ti. - Ele responde.
A enfermeira gesticula para eu me sentar na cadeira e é o que eu faço. Estendi o braço com a palma da mão para cima. O líquido que a enfermeira Grace deitou na minha mão ardia e eu trinquei o meu lábio inferior.
Ela repara e sorri. - Arde um pouco, não é?
Eu aceno com a cabeça.
Elafecha o frasco, abre um penso (daqueles com um medicamento que cheira amentol) e coloca-me um rolo da ligadura branca. Ela coloca-a em volta da minhamão. - E já está. - Ela dá-me dois pensos iguais ao que ela me colocou. - Colocas outro amanhã de manhã e outro no dia seguinte, depois, em princípio, já deve estar bom. - Eu pego nos pensos e meto-os na minha mochila. - Vá, agora vão para as aulas que já tocou.
- Obrigada. - Eu agradeço e sorrio.
- Obrigado. - O Jamie diz e dirigimo-nos para fora da enfermaria.
- Porque é que fizeste isto? - Eu pergunto-lhe pelo caminho até à sala.
- Isto o quê? - Ele pergunta olhando para mim.
- Ajudar-me. - Eu digo como fosse obvio.
- Eu faria isso com qualquer outra pessoa. - Ele disse. Claro, porque mais haveria de ser?
- Oh. - Eu digo apenas.
Ele olha para mim de novo mas não diz nada. Chegamos à sala e ele estica o braço para bater à porta, mas eu interrompo-o.
- Jaime...hum...obrigada. - A minha voz sai mais baixa do que eu queria que saísse e eu olho para baixo.
Ele acena com a cabeça. - Não foi nada. - Os olhos encontram os meus e nós olhamo-nos da mesma maneira de há pouco. Okay, isto é muito estranho, demasiado até. Ele desvia o olhar e bate à porta, abrindo-a de seguida.
- 'Stor, podemos? - O Jaime pergunta.
- Entrem, a que se deve esse atraso? - O 'stor Carl pergunta.
- Eu estive na enfermaria. - Eu digo e ele olha para a minha mão ligada.
- E eu fui acompanhá-la. - O Jamie diz em voz baixa.
- Está bem, desta vez passa. - O 'stor diz e nós agradecemos e sentamo-nos nos nossos lugares.
- Jess, o que se passou? - O Tom sussurrou-me, enquanto eu tiro as minhas coisas da mochila.
- Eu conto-te depois, está tudo bem. - Eu garanto e ele acena com a cabeça.
- Como é que isso está? - A Annie pergunta de forma baixa.
- Está ótimo, não foi nada de mais. - Eu sorrio.
- Vamos ter que falar sobre o que aconteceu. - Ela diz-me.
Eu não digo nada e começo a passar o exercício que o professor pôs no quadro para o meu caderno. Tento não pensar no que aconteceu e concentro-me, ou tento concentrar-me, na aula de Matemática.
O toque para o intervalo dá e eu arrumo as minhas coisas, assim como toda a gente.
Saímos da sala e dirigimo-nos para a sala de convívio, como sempre.
- Jess, afinal o que é que se passou? - A Mackenzie perguntou.
Eu suspiro e conto o infeliz sucedido que eles tanto esperavam saber. A reação deles? Bem, eu não sei bem explicar qual foi, talvez a mesma que a minha, ou então, a mesma que a da Annie, ou simplesmente, uma reação de surpresa e boquiaberta.
- Sabem que mais? - A Mia foi a primeira a falar. - Eu suspeito de uma pessoa.
Quase que aposto que ela pensou na... - Acho que a Audrey tem alguma coisa ver com isto. - Ela rematou e eu ganhava se tivesse apostado.
- Ela era muito capaz disso. - O Tom atira.
- Sim, não me admirava nada. - A Annie concorda.
- Calma, não vamos acusá-la sem provas. - O Sam diz, e com razão.
- Eu também acho. - Entrevi. - Nada me garante que foi ela.
- Quem é a Audrey? - A Mackenzie pergunta e eu lembro-me que ela só chegou hoje.
- É aquela rapariga loira, com olhos azuis da nossa turma... - Tentei explicar. - Digamos que ela não gosta muito de mim.
- A rapariga que está à tua frente? - Ela pergunta e eu confirmo com a cabeça. - Ela é um pouco arrogante não é?
- Um pouco? Pouco é favor. - A Annie comenta.
- Acho que devias ir falar com ela. - O Jaime entrevem pela primeira vez. Até me admira ele não me mandar nenhuma boca, como sempre faz. No entanto, eu concordo com ele, eu tinha de saber se fora a Audrey que fizera aquilo.
- Sim, eu vou tratar disso agora. - Levanto-me e saio da sala à procura da Audrey.
Encontrei-a no pátio a falar com Melodie e Amber. Apresei-me a dirigir-me a elas.
- Audrey precisamos de falar. - Falei.
- Desculpa? Quem te disse a ti que eu queria falar contigo? - Ela diz arrogantemente.
Eu ignorei a sua resposta e continuei. - Foste tu que puseste aquilo no meu cacifo?
- Aquilo? Querida, desculpa, mas não sei do que estás a falar. - Ela diz com a sua voz irritante e eu apetece-me esmaga-la com as minhas próprias mãos.
- Tu sabes muito bem do que eu estou a falar. Foste tu que puseste lá aquela boneca horrorosa? - Eu avancei um paço.
- Qual boneca? Estás parva ou quê? Eu não sei de boneca nenhuma. - Ela diz de forma mais atenta.
Eu bufei. - Apareceu uma boneca com agulhas no meu cacifo, foste tu ou não?
Ela riu-se, riu-se alto e eu acabei por lhe dar um murro no meu pensamento para ela se calar. - Quem foi a mente sagrada que teve a excelente ideia de fazer isso? - Ela goza.
- Audrey para com isso. Admite, foste tu. - Eu já estava farta dela, farta mesmo, não sei como a iria aguentar o ano todo.
Ela para de rir. - Não, não fui eu, mas gostava de ter sido.
- Audrey para, já chega. Admite de uma vez.
- Não fui eu já disse. Acredita que teria muito gosto em fazê-lo, mas, infelizmente, não fui eu. - Ela diz e vira-me as costas. A Melodie faz o mesmo de forma arrogante e Amber diz-me de forma séria:
- Não foi ela. - E vai atrás das amigas.
O toque de entrada dá e eu subo as escadas para a sala. Não foi a Audrey, tenho quase a certeza, não sei porquê mas acreditei na Amber.
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Este capítulo foi pequeno, mas foi o que consegui fazer, sorry. Até breve queridos leitores!
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Jessica J.
Misteri / ThrillerEra suposto ser um ano divertido na nova escola...era suposto arranjar novos amigos e estudar para manter a média...era suposto ter os normais problemas de adolescência... Mas então porquê tanto mistério?