Can't Help Loving Dat Man

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De manhã não me surpreendo ao ver a mesa do quarto cheia com todas as coisas que eu pedi horas antes. Fazia meses que eu não comia nada daquilo então eu me levanto, coloco a camisola e vou direto saciar a minha fome que começava a machucar o meu estômago.

— Bom dia pra você também — Liam diz do outro lado do quarto, sentado em uma poltrona com o notebook no colo.

Eu apenas aceno porque estou com a boca cheia de pão de queijo.

Ele fecha o computador e me olha ofendido. Bufo e me levanto, mas antes de ir até ele, pego um prato e encho com tudo o que eu consigo. Liam coloca o notebook no chão para dar espaço para mim.

Não paro de comer nem quando ele beija o meu pescoço. Liam acaricia as minhas coxas nuas e começa a rir. Eu o olho irritada enquanto mordo uma coxinha.

— Lua, calma, você vai engasgar. Você não vai me dar nem um beijo?

Nego com a cabeça.

— Eu te amo, mas eu estou com fome. Comida é prioridade.

— Então agora é assim?! Sasha teve que ligar para metade de Lisboa para procurar um lugar que tivesse comida brasileira e é assim que você me agradece?

— Eu tenho que agradecer a ela e não a você. — Liam fecha a cara. — Nós temos que ver Felicity — explico e ao falar o nome dela eu fico tensa. —Será que ela já acordou? Que horas são?

Tento levantar, mas Liam me segura em seu colo.

— Ela já acordou — ele diz e eu abro a boca para dizer que preciso me arrumar e ficar com ela, mas Liam não deixa. — E foi dar uma volta.

— Ela tem quatro anos, Liam.

— Poliana a levou — Liam dá um beijo meu ombro. — Com Harry.

Engasgo com um pedaço de queijo.

— Eu falei que você ia engasgar.

— Poliana e Harry? — pergunto e ele confirma com um aceno. — Você deixou nossa filha, um bebê lindo e inocente, sair com Poliana e Harry? Sozinha?

Liam ri.

— Eu falei com Lissie ao telefone e ela estava muito animada com a ideia de passear com os tios. Eles não vão demorar. Eu avisei a Harry que queria a minha filha de volta, sã e salva, em no máximo uma hora.

— Sua filha? — pergunto e Liam beija a minha bochecha. — Ela sabe que você está aqui?

— Não.

— Se soubesse ela já estaria batendo em todos os quartos gritando por você.

— Eu devo ser prioridade pra ela. — Ele fala em uma tentativa de me provocar eu mastigo devagar, abaixando os olhos.

— Eu a carreguei por nove meses, inflei como um balão, quase morri de dor dentro de uma banheira para no final ela preferir você — murmuro e Liam sorri.

— É porque ela é menina. Freud explica isso.

Faço um barulho reclamatório com a garganta e continuo comendo sem me envergonhar com Liam me observando. Ele sabe que se casou com uma draga e que dei a luz a uma draguinha.

— Lua? — Liam afasta o meu cabelo. — Você não respondeu a minha pergunta. A da carta.

Ele me olha com uma expectativa estranha. Achei que minha resposta estivesse óbvia e que estivesse mais do que eu claro que eu faria tudo o que ele quisesse. Me casar com ele de novo era melhor coisa que poderia acontecer.

— Bom, vamos ver né? Mas tem que ser agora. Não vou esperar mais cinco anos.

Um sorriso pequeno aparece no rosto dele. Olha para o relógio ao lado da cama e diz:

Com amor, Liam [L. P.]Onde histórias criam vida. Descubra agora