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Conversei mais um pouco com eles e fui embora com a Manu. Subimos devagar as ladeiras com meus seguranças.
Manuella: Por que você nunca fala hein, Dylan? - perguntou. Dei risada, ele ficou quieto.
Gabriella: Sério que você nunca vai falar, Dylan? - perguntei. Ele fez que não com a cabeça. Rimos dela. Segurei nela pra não sentar no chão e ela ficou vermelha de tanto rir, até o Bocky riu.
Manuella: Como é a voz dele, Bocky?
Bocky: Não me lembro - depois disso rimos mais ainda. Fomos nos aproximando da rua de casa e começamos a ir mais rápido. Quando estávamos na rua, há umas 5 casas de distância, vi uma coisa estranha, Cristiane a babá, meio sentada perto do portão de olhos fechados e... Ah! Não! Maria Clara tentando pegar o Xandinho. Saí correndo e a Manu veio atrás, ela me viu e foi tentar pegar ele e correr, mas cheguei primeiro, empurrei ela e chutei o carrinho, que foi descendo a rua, até a Manu colocar o pé e conseguir parar ele. Consegui ver Bocky e Dylan com as armas apontadas pra Maria Clara. Me virei pra ela.
Gabriella: Você ficou maluca? Tava achando que ia sequestrar meu irmão? - peguei ela pelos cabelos e ela gritou, arrastei ela até perto do carro do Pietro que tava na porta da casa dele. Gesticulei pra Manu, ela deixou o carrinho do Xandinho encostado e veio segurar a Maria Clara. Abri a porta do carro, que ele sempre deixava aberta e peguei uma navalha que tem escondida atrás do banco do motorista.
Manuella: O que vai fazer?
Gabriella: Volta pro Xandinho! - disse apenas. Ela não disse mais nada e voltou. Puxei os cabelos da Maria Clara de novo e ela deu outro grito, dessa vez mais alto. - Para de gritar vagabunda! - puxei os cabelos dela pra cima e comecei a passar a navalha, ela gritou mais ainda.
Maria Clara: Não, não faz isso! - pediu. Continuei cortando até deixar um belo caminho de rato, soltei ela no chão e ela tava chorando. Dei uns bons tapas na cara dela, até o Dylan me segurar.
Gabriella: Isso é pra você aprender, Maria Clara! - gritei. - Nunca mais chega perto do meu irmão! - puxei com uma agilidade incrível a arma da mão do Dylan e atirei na perna dela. Ele tomou a arma da minha mão na hora, me virei e ele tava de cara feia.
Dylan: Você ficou maluca? - fiquei encarando ele por um momento até que percebi que ele tinha falado.
Gabriella: Dylan, você falou! - ele arregalou os olhos e ficou quieto de novo. A voz dele era grossa e rouca, combinava bastante com ele. Reprimi uma risada, e ele deu um sorrisinho de lado, depois fechou a cara novamente. Me virei pra Maria Clara. - Sim, vadia, isso foi um aviso. - sorri ironicamente e ouvi o portão do Pietro, olhei e era ele mesmo.
Polegar: Posso saber o que tá acontecendo aqui?
Gabriella: Ah, foi só eu dando um tiro em uma vagabunda - falei naturalmente e ele deu a volta no carro pra olhar.
Polegar: Gabi!
Gabriella: O que? Ah! O Dylan falou - contei e ele riu balançando a cabeça em sinal negativo.
Polegar: Ei - gritou e um pivete veio.
xXx: Fala chefia!
Polegar: Chama a Fugarél na boca, diz que a amiga dela tá acidentada aqui e manda outro pivete ir lá na casa delas e avisar a Isabella, a morena, que é irmã desse ser aqui - mandou.
xXx: Deixa comigo patrão! - bateu continência. Eu ri e ele me olhou de cara feia.
Polegar: Tá olhando de cara feia pra minha namorada por que? Não te dei serviço não? - perguntou sério. O moleque engoliu em seco. - Vai trabalhar vagabundo! - deu um chute e o moleque saiu correndo, eu ri de novo.
Gabriella: Não vou ficar paparicando puta aqui não! - ele riu e eu fui até o carrinho do Xandinho. Ele tava com o rosto molhado e o olho vermelho.
Xandinho: Gabi! - abriu os braços e eu peguei ele no colo.
Gabriella: Me perdoa - nos abraçamos, e aí lembrei da Cristiane - Pietro! - chamei e ele me olhou. - Tem que levar ela no hospital - apontei pra Cristiane. Ele chamou outro pivete e mandou levar ela. Dei o Xandinho na mão da Manu e ela entrou com ele. Fui pra perto do Pietro.
Polegar: O que ela fez? - perguntou depois que tiraram a Maria Clara dali.
Gabriella: Tava tentando pegar o Xandinho, mas eu e a Manu chegamos na hora - contei. - Alguém precisa parar elas, Pietro! - disse séria.
Polegar: Eu sei, amor. Darei um jeito - me abraçou.

***

Foto da mídia: Thiago Freitas (TH)

Mulher de Traficante (TEMP 2) COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora