49. memories

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Ps: Música na mídia!

*** 

 Melinna narrando 

Quando ouvi a Gabi chamar meu nome empurrei todo mundo, e não teve um que me dissesse não. Melhor assim. Entramos numa sala de cirurgia. A Gabi apagou.
Jorge: Ela tá sedada, assim podemos conversar - disse.
Melinna: Conversar? Fala! - disse séria.
Jorge: Não é só uma batida de cabeça e costas. Ela quebrou o braço esquerdo, bateu a cabeça e as costas forte demais. E ela tá com hemorragia interna
Melinna: Hemorragia interna? - meus olhos se encheram de lágrimas.
Jorge: Sim, e vamos precisar de doação de sangue
Melinna: Não acredito nisso!
Jorge: Pode ser o seu ou do Fernando - disse. Lembrei de quando ela era criança e caiu da borda da piscina, deu hemorragia interna também...
Melinna: Não não, nós nunca conseguimos doar sangue pra ela, não é o mesmo tipo...
Jorge: isso é raro, qual o tipo dela?
Melinna: O-
Jorge: Tá brincando?
Melinna: Não, é muito raro!
Jorge: Conhece alguém com esse tipo sanguíneo? Tá em falta aqui no hospital...
Melinna: Não sei, vou falar com meu marido! - ele assentiu. Me virei pra sair da sala, mas acendeu uma luz na minha mente. Virei de volta. - Jorge - chamei.
Jorge: O que foi, Melinna? - perguntou. Fui até a Gabi desacordada e peguei as mãos dela. O médico veio perto.
Melinna: Tem como fazer isso sumir dela? - mostrei as cicatrizes.
Jorge: Tem, dá pra trocar a pele, fazer enchertos...
Melinna: Fica marcas?
Jorge: Se for bem feito, não
Melinna: Preciso que faça isso nela, mas sem ninguém saber - disse.
Jorge: Posso fazer...
Melinna: Meu marido não pode saber disso, entendeu?
Jorge: Eu entendi, Melinna, fica tranquila. A gente faz, e tira essas cicatrizes
Melinna: Agradeço! Agora vou atrás de alguém com o mesmo sangue que ela - disse e saí da sala. Fui andando pelos corredores sem chão, não tinha noção do que ia fazer. Cheguei onde tava todo mundo e eles levantaram.
Bobby: E aí, Mê? - perguntou. Comecei a chorar. - Melinna, o que foi? - elevou a voz.
Melinna: Ela tá com hemorragia interna... - contei.
Manuella: Não! - gritou e começou a chorar. A Lari foi do lado dela, a Babi tava com um brilho nos olhos e me olhando sem reação.
Guga: O que podemos fazer?
Melinna: Ela precisa de doação de sangue, e nós não podemos - abracei o Fernando de lado, e ele remexeu a boca pra não chorar. Ele odeia chorar. - E não tem no hospital e não conheço ninguém com o mesmo tipo - afundei o rosto no peito do Fe e chorei mais.
Larissa: É O- né, tia?
Polegar: O-? - perguntou baixo.
Patrícia: Sim, é raro o sangue dela
Polegar: Meu sangue é O- - olhamos pra ele.
Melinna: O-, Pietro? - perguntei.
Polegar: Sim, eu posso doar, sogra - fui até ele e o abracei, ele me abraçou de volta.
Melinna: Não sabe o quanto sou grata
Polegar: Faço qualquer coisa por ela! - disse.

Mulher de Traficante (TEMP 2) COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora