63. travel

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Gabriella narrando

Me encaminhei devagar pra fora do quarto com as meninas atrás de mim. Desci as escadas, como um verdadeiro robô. Bocky pegou a mochila da minha mão, não protestei. Ajeitei o braço quebrado de forma que o gesso não encostasse nos pontos da cirurgia de ontem à noite. Saí de casa, desci as escadas. Minha mãe me abraçou, abracei por instinto. Em seguida minha tia, abracei como um robô computadorizado. Não estava me sentindo normal. Eu estava ciente/consciente do Pietro abrindo a porta do carro pra mim, da Manu tagarelando com a Babi e a Lari, e entrando no banco de trás, da minha mãe e da minha tia me dando tchau. Tudo parecia passar em câmera lenta nesse momento. Meu pai de despediu de mim enquanto eu me arrumava, ele disse que seria doloroso demais me ver partir, ele sabe que não é por muito tempo, mas não suporta a ideia. Me despedi do Guto e do Guga de madrugada e das meninas agora de manhã. Quase não consegui largar meu irmão, e ver ele chorando... me destruiu por dentro! Entrei no carro e me ajeitei.
Bárbara: Bocky e Dylan estão no carro de trás. - Assenti.
Gabriella: Eles também vão? - Perguntei me virando um pouco pra olhar pra ela.
Bárbara: Claro que vão! São seus seguranças, cuidam de você também
Gabriella: É claro! Por que temos que ir mesmo?
Bárbara: Porque temos que ficar longe daqui até as coisas se acalmarem um pouco, seu pai ficou muito nervoso depois de ontem
Larissa: Ninguém sabe o que tem na caixa - Disse pela primeira vez hoje. - Pode ser algo que nos destrua, pode ser perigoso
Manuella: Com certeza deve ser. Quanto tempo vamos ficar no Rio de Janeiro?
Bárbara: 5 meses, amiga
Manuella: Guga que não me traia! - Rimos.
Polegar: Estão prontas? - perguntou entrando no carro.
Bárbara: Estamos!
Polegar: Então vamos! - Me olhou, eu assenti e ele saiu com o carro. Dei um ultimo tchau pra minha mãe e pra minha tia antes de fechar a janela.
Meu pai achou necessário me afastar daqui por um tempo, ele ficou nervoso e com medo. Confesso que até eu fiquei. Pietro jamais me deixaria ir sozinha, então decidiu ir junto. E claro que, Manu, Lari e Babi não iam me largar também. Assim como meus seguranças. Então eu aceitei. Pela minha segurança, mas também pela das pessoas que eu amo.
5 meses, Rio de Janeiro, lá vamos nós. 

Mulher de Traficante (TEMP 2) COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora