Capítulo 10 A grande pergunta.

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Era uma enorme sala, cheia de enfeites de natal. Mas o que mais me surpreendeu foi a grande arvore de natal no centro da sala, mas ela estava muito empoeirada e quase sem vida. Támbem tinham varias caixas cheias de bolas natalinas e bengalas de doces. Alem de guirlandas e pisca-piscas.

-Por que eu nunca vi essa sala antes?

-Ela esta trancada desde que o Justin morreu. Ele guardava os enfeites aqui, e todo ano ele enfeitava essa arvore.

-Aposto que ela ficava linda.

-Ficava sim, eu era bem pequeno, mais eu gostava muito do natal, a gente comia todos juntos na mesa, conversávamos, e depois tomávamos chocolate quente na frente da lareira, era muito bom. Mais agora, a gente só se senta na mesa e come, mais ninguém fala nada, e depois do jantar todo mundo vai para o seu canto.

Ele parecia bem triste com isso. Eu estava determinada a ajuda-lo, mais eu não sei como, se o pai dele não estiver de acordo, não podemos fazer nada. A não ser que...

-Eu tenho uma ideia. -Eu disse

-Ah não, prevejo problemas...

-Não seja bobo. E se seu pai viaja-se, para algum lugar?

-Durante natal?

-Sim, pode podia inventar alguma coisa.

-Acho que nem preciso. Todo natal ele vai para londres, que é onde meu irmão esta enterrando, ele fica lá durante todo o natal.

-Isso é um ótima noticia.

-Não tão otima assim...

-Oh, me desculpe, eu não queria dizer isso...

-Eu sei. O que você planeja fazer?

-Eu planejo decorar esse castelo, mas... e sua mãe? Ela também vai?

-Não, ela sempre fica por aqui mesmo.

-Mas e agora? Ela pode não concordar com isso...

-Deixa comigo, eu resolvo. Digamos que a minha mãe é mais...pacifica.

-Temos muito trabalho pela frente. Que dia seu pai vai viajar?

-Provavelmente uma semana antes do natal.

-Você acha que vai dar tempo? Quer dizer, esse castelo é enorme.

-Os empregados vão nós ajudar.

-E talvez as outras garotas também aceitem ajudar.

-Não confie muito nisso...

-Ela são boas pessoas.

-Algumas, sim.

Eu fiquei olhando o conteúdo de algumas caixas, enquanto ele me observava atentamente.

-O que foi? - Eu perguntei, ainda de costas para ele.

-Hã?

-Por que esta me olhando tanto?

-Você nem me viu, esta de costas.

-Eu senti.

-Sentiu eu olhar para você? 

-Não mude de assunto.

-Eu estava pensando em algumas coisas. - Senti ele se aproximar de mim.

-Pensando em que?

-Em você. -Engoli em seco, porque ele estava pensando em mim?

-È...?

-È eu cheguei a uma conclusão. -Eu me virei para traz, e dei de cara com ele. 

-Que conclusão? -Ele me olhava intensamente, é ai dando mais passos em minha direção, eu ia me afastando aos poucos. Porque você esta correndo? Não se sinta intimidada. Eu disse para mim mesma. Ele passou, suavemente, a mão pelo meu rosto.

-Você é tão linda. 

-O-Obrigada. -Eu disse, quase sussurrando. Será que ele ia me beijar?

-Isso não facilita as coisas. Você acha que seria uma boa princesa?

-E-Eu acho...eu não sei.

-Pense nisso. -Disse ele se afastando de mim, como se nada tivesse acontecido. Eu odeio me sentir tão sem graça e vulnerável perto dele, eu não sou assim, não sou. O que esta acontecendo comigo?.

Eu me virei novamente, para que ele não me visse corada.

-O que esta fazendo? -Perguntou ele vendo eu revirar algumas caixas

-Procurando.

-Procurando o que? -Meu auto-controle, pensei comigo mesma.

-Quando eu achar, você vai descobrir.

-Você pretende demorar muito aqui? Não estou te apressando mas é que...eu tenho outras coisas para fazer.

-Não, eu já acabei. Podemos ir. -Eu fui em direção da porta, quando eu girei a maçaneta eu vi que esta trancada. Continuei virada para a porta.

-Por que tanta pressa, senhorita?

-Eu não estou com pressa. - Ele se aproximou. Ele esta agora, atrás de mim. Eu me virei para ele, eu estava quase atravessando a porta. 

-Aqui. -Disse ele, balançando o chaveiro na minha frente.Eu o peguei. Ele colocou mão espalmada na porta, na altura do meu ombro, me presando na porta. Ele chegou sua boca muito perto do meu ouvido.

-Não esqueça do que eu te perguntei. Você acha que seria uma boa princesa?

-I-Isso significa que...

-Significa que eu quero uma resposta. -Agora ele estava muito perto dos meus lábios. -O mais rápido possível.

-Para que a pressa? -Eu disse divertida, apesar de não conseguir pensar direito com ele tão próximo.

-Quanto mais rápido você falar, mais rápido eu vou poder fazer isso.

Ele me beijou suavemente. Ele se afastou, tinha sido só um selinho, mais eu já estava arfando. Eu puxei ele para mim. O beijo começou devagar, mais depois foi se tornando mais intenso, como se precisássemos um do outro para respirar. Agora suas mãos estavam segurando firmemente minha cintura, e a cada vez desciam mais. Eu já sabia aonde isso ia parar, e por mais que eu quisesse, e queria, não podia deixar acontecer. Eu me afastei lentamente dele.

- Eu preciso ir...

-Você quer ir? -Perguntou ele, ainda me beijando, só que agora mais delicadamente.

-Não...mais eu preciso. - Eu me virei é destranquei a porta rapidamente e fugi.

Mais tarde, no meu quarto, eu fiquei relembrando o que tinha acontecido, ou o que tinha " quase" acontecido. Eu admito que fugi como uma covarde, eu esta com medo de alguém nós flagrar lá, ou de acabar dando tudo errado. 

Não, não era isso. Eu não estava com medo de que nós flagasemos lá. Eu esta com medo de me apaixonar por ele. Mais acho que já é tarde demais.

Continuaa...

A Nova Princesa | CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora