Capítulo 28

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  -Então prova. Prova que voce não vai me deixar de novo, porque eu não aguento mais essas idas e vindas nossas. - Eu abri a porta. - Me prova que voce realmente me ama.  

Eu sei daquele quarto, eu queria muito chorar mas já estava no jardim, eu sabia que isso iria acontecer, que eu iria ver e ele e jogar toda a minha raiva para longe. Mas agora não, vai vou mover mais nenhum dedo pro ele, agora é com ele. Eu tenho certeza que esse ele demostra-se que se importa comigo pelo menos 1% eu já estaria nos braços dele. Minha mãe e Alan ainda estavam no mesmo lugar, mas agora estavam sozinhos. Eu fui ate eles.

-Onde estava ? Você sumiu. -Perguntou Alan, eu não queria mentir para ele.

-Estava lá dentro, conversando com o Nicholas.

-Ah. -Foi só o que ele disse, ele abaixou o olhar e fitou o chão. -Vou ali pegar mais uma taça, já volto. - Ele disse.

-Você devia dar uma chance a ele. - Disse minha mãe, depois que ele se afastou

-O que quer dizer ?

-Você sabe, ele é muito gentil, é bonito, e gosta de voce. 

-Mas eu não gosto dele. Não do jeito que ele quer. 

-Quem sabe mais para frente.

-Não acho que isso vai acontecer. -Disse cabisbaixa.

-Você ainda gosta dele não é ? Nicholas, quer dizer.

-Sim, mas não queria.

-As vezes demora mesmo, para esquecer. O que vocês conversaram ?

-Ele me pediu outra chance.

-E voce vai dar ?

-Eu não sei mãe. Você acha que eu devo ?

-Você quer isso ?

-Eu quero que a gente volte, mas não quero continuar do jeito que estávamos antes, indo e voltando, isso é desgastante. Ele me prometeu que não ia ser assim mais. 

-Eu acho que, se voce quer filha, voce devia. 

-Mas e se não der certo ?

-E se der ? Mas a vida é sua querida. Você decide, mas, independente da sua escolha, eu vou te apoiar. - Eu ví Nicholas vir para o jardim, ele me olhou, mas logo depois desviou o olhar, ele pegou uma taça e a bebeu em um gole só, depois pegou outra e fez a mesma coisa.

-Trouxe uma para voce. - Disse Alan, me entregando a taça.

-Ah, obrigada. Mas eu não gosto muito de beber. 

-Nem eu.  Mas uma não faz mal sim ?

-É, acho que sim. - Eu bebi um gole só. 

-Eu quero te mostrar uma coisa. -Ele disse e pegou minha mão, me puxando delicadamente. -Talvez voce já tenha visto isso, pelo tempo que voce passou aqui no castelo. 

-Não andei muito aqui fora, mas já rodei lá dentro tudo. 

-Tenho quase certeza que isso voce não viu. - Se eu olha-se para trás, não dava para ver as luzes do jardim mais.  Ele soltou minha mão, mas continuou andando, até que ele parou e se virou para mim. - Feche os olhos.

-Serio ? Eu vou cair. -Ele veio atrás de mim e tampou meus olhos com suas mãos. 

-Você vai gostar disso. 

Nós demos mais uns dez passos, ate que paramos. Eu escutei um barulho que água. Parecia mais um rio corrente. Ele tirou as mãos dos meus olhos e eu pude ver. A lua cheia, o céu estava vermelho, mas não fazia muito frio agora, nós estávamos a poucos passos da beira do penhasco. O barulho da água, agora já estava muito forte, era tudo que dava para ouvir, os grilos e o barulho da água, a lua iluminava mais do que um holofote gigante. 

A Nova Princesa | CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora