Capítulo 1. Eu faço o que você precisar, Maurhen.

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   Capítulo 1:

Vivemos cada dia por um propósito, todos viemos para esse mundo com um motivo, às vezes demoramos para perceber o que realmente nascemos para fazer, mas é importante fazer de tudo um pouco e tentar descobrir.

Bom, isso é o que eu pensava a cinco anos atrás, numa noite calma com meus fones de ouvido dentro do meu quarto fechado, meu pai entrou no quarto e me falou as seguintes palavras:

"Filha, você tem que tomar as decisões rápido, sem medo de falhar pois se falhar você vai saber que tem tempo para começar de novo. Nunca, nunca deixe ninguém te atrapalhar, ouviu bem?"

Eu, na época não entendia o que ele estava dizendo, mas agora eu sei. Ele estava me preparando para um futuro que já era meu presente, um futuro onde meu lema é dar aos culpados o que eles realmente merecem.

"Maurhen?" Eu escuto no rádio falhado do meu carro velho, eu dou um sorriso sincero assim que escuto a voz distante do meu pai.

"Oi, está tudo bem?"

"Sim, já está preparada?"

"Mais do que nunca." Eu digo, tentando orgulhar o único homem da minha vida.

"Nos vemos depois, princesa."

"Vou estar lá, sapo velho."

"Harry já está aí?"

"Já está chegando."

"Ok, desligo. Eu te amo."

"Também te amo."

Me estico para refletir meu rosto no retrovisor em cima de mim, deixo as marcas pretas dos meus olhos mais fortes, retocando o lápis, dou um sorriso quando sinto os faróis atrás de mim, abro a porta do meu carro, jogando a maquiagem em qualquer canto.

"Maravilhosa, como sempre." Eu saio com um sorriso satisfeito no rosto, é sempre bom receber elogios. Harry se aproxima com seu perfume barato, tentando roubar de mim um beijo que ele não vai ganhar.

"Trabalho, uh? O chefe já está esperando." Eu ordeno com os olhos baixos, vejo as armas que ele trouxe no banco de trás dele. "Você não trouxe a minha pequenina?"

"Se você me der um beijo..."

"Você é idiota." Eu faço um sorriso, me aproximando, dirijo minha mão até a cintura dele sem que ele veja, puxando minha pistola preferida, me afasto. Ele me olha, rendido sem seu beijo quente.

"Maurhen!"

"Esta noite, eu me chamo Indiana."

"Indiana não gosta de beijos?"

"Claro que sim." Eu sorrio, mas logo esqueço, ficando firme. "Trabalho, vamos Harold." Eu escuto ele murmurar um "merda" assim que fecha a porta e dá passos largos ao meu encontro, eu ri, olho para o céu estrelado, abaixo o sorriso entrando no bar mais famoso da cidade.

O cheiro de bebida invade tudo o que é bom dentro de mim, as pessoas parecem felizes com isso, mas só enganam a si mesmos, ingerindo e inalando o cheiro de cerveja de outras pessoas, nojento. Não me lembro qual foi a última vez que fiz isso.

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