Zayn PDV.
Sábado, 00:47.
Eu olho fixamente para a rua deserta enquanto dirijo, meus olhos estão implorando por uma noite de sono sem interrupções, aumentei a velocidade e senti o motor do carro fazer um som bom, eu sorri e acenei sozinho com a cabeça acompanhando a batida enjoada da música que tocava no meu carro, eu estava podre de bêbado, mas ainda precisava trabalhar. Eu passei por uma avenida, duas, três, sem olhar em nenhum sinal vermelho ou faixa de pedestre, estacionei rápido em frente a uma casa velha e abri a porta do carro, dando passos largos, bati na porta do velho bar.
"Ei, Zayn." O velho me disse, levava uns olhos baixos e um sorriso amarelo.
"Preciso de cigarros."
"Você aumentou a sua dose diária, filho?"
Ele não era meu pai, mas acho que gostava de chamar seus clientes assim. Era um homem de bem, mas com um passado não tão bom.
Me identifico um pouco com o velho.
"A necessidade foi quem aumentou."
"Entendo." Ele disse, andei pela pequena loja dele, observei algumas prateleiras cheias de garrafas antigas enquanto ele se abaixava para procurar o meu cigarro preferido. "Você tem que pensar bem, filho. Não há outra coisa que possa preencher seu vazio?" Eu olho para o homem que está com a caixa já em mãos.
"Duas." Eu peço, ignorando a pergunta dele, por mais que não fosse minha intenção. O velho me olha, preocupado, se abaixa e sobe com a outra caixa branca.
"Já encontrou alguém que ame?"
Eu penso bem antes de responder a pergunta, enquanto observava ele administrar o dinheiro que acabei de lhe entregar, pagando os cigarros.
"Felizmente, ainda não."
"Felizmente?"
"Exato." Eu sorri abrindo uma das caixas, pegando um cigarro e colocando na boca.
"Quer uma ajuda?" Ele saca um isqueiro do bolso do velho terno de trabalho. Aceito, me aproximando e aproveitando o pequeno fogo que ele me ofereceu, sinto meus pulmões relaxarem, respiro fundo e solto a fumaça pelo nariz.
"Eu já vou indo. Tenho um trabalho hoje."
"Foi bom te ver, garoto."
"Foi bom te ver também, cara." Eu digo, indo em direção à porta, me despedi do velho barbudo e entrei novamente no carro, dirigindo até a polícia, onde meu pai tinha assuntos a tratar comigo.
Não existe madrugada para aquele homem.
Quando cheguei, eu vi que seu pessoal também estava na sede, abri a porta dos fundos e segui o corredor, batendo na porta da sala dele.
"Entre, filho." Eu ouço, e assim abaixo a maçaneta, abrindo a porta e me sentando em qualquer uma das cadeiras. Ele está com a secretária dele em uma outra mesa, a cada piscada que ela dá ela aparenta ter mais sono.
Ainda sinto o alívio do meu cigarro nas veias, o cheiro ressurge mesmo que eu não esteja com ele em mãos agora.
Meu pai sempre odiou esse fato, entendo a expressão desanimada que ele fez assim que me sentei.
"Então Zayn, como estão as coisas?"
"Estão bem, no meu ponto de vista, eu terminei meus serviços do mês e nossos sete homens continuam vivos."
"Três de sete continuam vivos. Eles mataram o Capitão e os nossos seguranças. As coisas não estão indo nada bem, filho."
"Então eu os mato."
"Não gosto de ver você com armas na mão."
"Então por que ainda trabalho aqui?"
"Para aprender a viver nesse mundo."
"Eu aprendi, pai. Eu me protejo de tudo e de todos do jeito que o senhor me ensinou."
"Temos um grande problema pela frente, filho. E é minha maior preocupação agora."
"Nada que eu não possa resolver." Eu faço um movimento do gatilho com as mãos, ele desvia o olhar para um papel.
"É diferente, Zayn."
"Vamos fazer assim, me mostre o caso, eu vejo o que posso fazer." Eu lanço, ele pega o papel que tanto olhava e me alcança, começo a ler.
"O coronel não é mais problema, nós o matamos ainda hoje, eu estava no cassino."
"Leia o segundo parágrafo." Ele pede, volto os olhos no papel, vejo uma garota em uma foto, que segura uma placa com o número "69046", está com seus negros cabelos presos e uma camiseta laranja que com certeza é da delegacia onde tiraram esta foto dela.
* Maurhen Lingson, 19 anos, atualmente herdeira do maior homem de negócios na Inglaterra e nos Estados Unidos, administra os negócios junto com o pai e hoje é considerada uma das maiores criminosas de aluguel, responsável por cinco assassinatos, dois com arma branca, perseguiu policiais que não seguiram as leis e já acabou com uma comunidade inteira na zona norte da cidade, onde comercializavam os seus produtos de forma ilegal, uma tentativa falha de suicídio. Foi presa temporariamente em abril de 2009 suspeita de um assassinato, mas a fiança cobriu sua pena."
"Ela tentou se matar?" Eu lembro da palavra suicídio logo no meio do texto.
"Isso não é problema agora, eu tenho um trabalho para você." Eu continuo lendo o papel. "Zayn!" Ele fala alto, engasgo e olho para meu pai.
"Desculpa." Eu prestei mais atenção, ele está mesmo querendo falar algo sério comigo.
"O distintivo."
"O que tem ele?" Eu olho para o acessório em prata no meu uniforme preto.
"Me devolva."
"O quê?" Pergunto, agora olhando para o meu pai, diretamente para ele. "Eu preciso dele."
"Não precisa mais. Vou te devolver quando eu achar que merece." Ele pede, eu fico em silêncio mas logo puxo o distintivo que me faz ter algum poder como policial, coloco na mesa.
"Ótimo, agora vá fazer seu trabalho."
"Agora?"
"Começando por agora, é só dar um jeito."
"Tudo bem, pai."
"Coronel."
"Tudo bem. coronel, sem intimidades no trabalho, eu sei."
"Mas sempre esquece, Zayn. Boa sorte."
VOCÊ ESTÁ LENDO
city of wars
Romancea história de um jovem que matava sem dor, sem amor, mas algo o atrapalha. A história onde o tiro do amor é forte, apaixonante, e seus olhos me lembram o fervor do inferno. situação: parada/ sujeita a mudanças fanfiction escrita por Lystockholm, a...