"Maurhen." Ele diz, com sotaque."O que você está fazendo aqui?"
"Prazer, Zayn Malik, seu novo segurança."
"O quê?"
...
"Vocês só podem estar de brincadeira." Fecho a porta, largo minha bolsa na mesa, ele me olha, existe algo escondido naquele rapaz. "Eu não acredito." Resmungo, me sento, olho duas maletas postas na frente dele em cima da mesa.
"O que é isso?" Pergunto, baixo.
"Isso não importa agora."
"Como te contrataram? Você matou o Harry."
"Menos perguntas, mais ação." Engulo, ele se mexe desconfortável na cadeira, vejo a arma dele também na mesa, ao lado das maletas, faço silêncio. "Parece triste, o que houve?"
Eu não respondo, me levanto calmamente, paro na frente dele, ele não move um músculo, apenas me olha. Observo atentamente a barba bem feita, os olhos como um mel derretendo em toda aquela maldade, os cabelos escuros como o inferno. As lágrimas já preparam para se formar no canto dos meus olhos, mas eu aguento firme, as transformo em saliva.
"Você é um filho da puta." Rosno, e assim guspo todo o nojo que sinto por ele no seu rosto de anjo caído, ele levanta feroz e segura meu braço, me empurra até eu sentir a parede bater forte nas minhas costas. Ele tem força, mas eu já esperava isso, eu gemo sem querer com a batida.
"Você é uma piranha muito mal educada."
"Me solta." Uso o mesmo tom de desprezo que tive antes, e que sempre vou ter com ele.
"Se você abrir sua boca pra falar qualquer merda para o seu namoradinho..." Ele tenta falar baixo em meu ouvido, vejo as gotas da minha saliva na pele dele, fervendo junto com o suor de raiva que ele leva, ergo meu joelho com força, acertando o alvo perfeito entre as pernas dele. Ouço ele gemer, e então se afasta. "Filha da mãe."
"Com muito orgulho." Digo, encontrando a saída da sala. Fecho a porta atrás de mim, e saio com passos apressados abrindo todas as portas que encontro a procura do Louis.
"Você não... você não pode fazer nada, Maurhen." Ele surge, saindo da sala, ainda segurando sua parte íntima.
"Claro que posso, posso te colocar na cadeia."
"Impossível."
"Você é um idiota."
"Eu não era idiota enquanto você me beijava naquela festa."
"Não era idiota até matar o meu namorado."
"Seu namorado? Com quantos você o traiu? Que engraçado." Eu ouço sua risada, sinto meu estômago revirar.
"Cala a merda da sua boca ou eu te dou outro chute."
"É só essa a sua defesa?"
"A única que te mostrei até agora."
"Você é uma mimada, Maurhen, os outros fazem por você o que você não consegue fazer."
"Você não me conhece, Zayn Malik."
Malik. Eu já ouvi esse nome antes.
Peguei meu celular, disquei o número da polícia, olho para ele ainda parado no meio do corredor, a uns 7 metros de distância.
Ouço um toque ecoar pelo espaço, é o celular dele, mas ele ignora. Alguém atende.
*Polícia, com quem eu falo?*
*Ma... Mary Young, Rosemary Young.* Eu digo, ouço Zayn rir, ignoro e ajeito minha franja morena para trás.
*Rosemary, como posso ajudar?*
*Tem um cara, o nome dele é Zayn Malik, ele matou meu namorado.*
*Ok, quando isso aconteceu?*
*Sábado, no bar Montain Beer, era meia noite, eu estava com ele e então o Zayn apareceu."
*Desculpe moça, mas nossa equipe não faz depoimentos por telefone.*
*Mas vocês podem por favor marcar esse caso pra mim?*
*Nós veremos o que podemos fazer.*
*Não, por favor... eu sei que vocês nunca vão atrás quando ninguém procura."
*Nós não temos ficha de Zayn Malik no nosso sistema, senhora.*
*Como não?*
*O nome Zayn Malik não existe.*
*Claro que...* Eu começo a falar, mas eu ouço três toques baixos. A ligação caiu. "Mas que merda!"
"Eu te avisei."
"Você me deu sua identidade falsa." Eu ando até ele, meus olhos estão quentes, querendo se livrar de todas as lágrimas.
"O quê?"
"Você é um mentiroso, além de assassino é mentiroso."
"Tudo bem. Quer pegar meus documentos?" Ele ergue as duas mãos para cima, me olhando. "Eu sempre guardo minha carteira na cueca." Ele sorri de canto, eu suspiro. Estou chorando.
"Você não entende mesmo." Eu me viro, andando rápido.
"Desculpa amor mas eu fui ensinado a ser um idiota profissional."
"Foda-se." Resmungo, passo a mão no olho, meus dedos já manchados com o rímel que passei mais cedo. Eu ouço passos, ele está me seguindo.
"E você foi ensinada a ser uma gostosa mal educada. Cada um com sua família, não é?"
"Você deveria me respeitar, já que vamos trabalhar juntos." Faço a velha senha no pequeno receptor ao lado da porta.
"Desculpa." Olho de canto, ele não está olhando pra mim, pelo contrário, ele olha para o chão. Abro a porta.
"Você nunca vai ter meu perdão." Soluço, as lágrimas não param, eu começo a andar para fora do estabelecimento, ele ainda me segue. "Me deixa em paz."
"Eu não posso te deixar em paz. É o meu trabalho." Eu ando e pego as chaves do meu carro, ignorando totalmente a presença dele. Abro a porta e me sento no banco do motorista. "Só me deixa sozinha por uns dois dias, tudo bem?" Abaixo o vidro, falando com ele.
"Não."
"Você é um idiota."
"Sempre soube disso, amor." Ironiza, reviro os olhos e giro as chaves.
"Com licença." Aviso, acelerando um pouco, deixo ele em pé na calçada. O observo pelo parabrisa, engulo seco.
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city of wars
Romancea história de um jovem que matava sem dor, sem amor, mas algo o atrapalha. A história onde o tiro do amor é forte, apaixonante, e seus olhos me lembram o fervor do inferno. situação: parada/ sujeita a mudanças fanfiction escrita por Lystockholm, a...