Depois da situação constrangedora de chorar e pegar no sono no sofá do Zayn, conversarmos e eu sentir arrepios de frio passarem pelo meu corpo, ele decidiu que me levaria para comer em algum lugar, eu não lembrava qual tinha sido a última vez que comi alguma coisa, então concordei em entrar em uma loja do McDonald's por pura necessidade.
E lá estava eu, sentada em uma das banquetas vermelhas junto com um garoto com penteado desorganizado, eu levantei minha sobrancelha direita assim que percebi um homem de meia idade sentado olhando diretamente para a nossa mesa, encarei também, o olhar dele não era de quem queria algo comigo ou com Zayn, mas aquilo estava mexendo com minha paciência.
"Maurhen." Eu ouço chamar, olho para frente como um reflexo. "Está melhor?" Faço que sim com a cabeça levemente, olhando pra baixo, tomando meu suco e dando uma olhada no sanduíche de salada e frango em um prato grande.
Faz décadas que não como isso.
Sorrio mentalmente e pego o pão com as duas mãos, dando uma mordida, mastigo, percebo Zayn olhando pra mim.
"O que é?" Pergunto, assim que minha boca está livre.
"Hum, tem molho no seu nariz." Ele sorri de lado, com certeza segurando um riso, eu pego rápido um guardanapo na mesa, passo na ponta do meu nariz e vejo o papel ficar com uma mancha num tom amarelo.
"Limpou?"
"Agora sim." Amasso o papel e jogo perto do meu copo, o sanduíche está de volta no meu prato. "Por que não me diz um pouco de você?" Zayn fala, eu olho pra ele com o canto dos olhos, termino de mastigar um pedaço pequeno de bacon.
"Você já não sabe o suficiente sobre mim?"
"Eu te contei sobre minha vida, agora é sua vez." Me lembro, ele tem várias cartas na manga, é esperto.
"Não devo sair contando assim pra qualquer pessoa."
"Eu sou um desconhecido pra você?"
Aquela noite no show volta na minha mente, a respiração dele junto da minha é recente, é quente, infelizmente inesquecível. Me lembro do que estava sonhando quando ele me acordou horas atrás, sinto minhas bochechas corarem, merda.
"Tudo bem, então." Resolvo, dando um gole no suco. "O que quer saber?"
"Infância?"
"Nasci no estado de Massachussets, não me lembro muito dessa época, mas me lembro da escola, eu era uma pestinha."
"Então você é desde sempre chata assim?"
"Quer ouvir ou vai ficar falando besteira? Se você fosse agradável, eu até aceitaria os comentários."
"Pode falar, pestinha."
Eu suspiro.
"Eu morei seis anos em Boston, e mais três anos em Washington, nesse período eu fiz amigos incríveis, meu pai tinha outro emprego além de... você sabe. Então nós não dependíamos disso até ele ser demitido por dormir com a mulher do patrão."
"Mas que porra." Ele começa a rir, um sorriso aberto e olhos brilhantes quase fechados aparece nele, eu fico séria, mesmo que a lembrança seja engraçada.
"Eu tive que entrar para os negócios assim que ele viu que as coisas estavam ficando complicadas, eu estava começando uma faculdade e ele sabia que a morte um dia iria chegar, eu também sabia, então deixei os estudos pra seguir o caminho da minha própria família."
"Você estava cursando o quê?"
"Medicina. Eu gostava da ideia de salvar pessoas..."
"Hoje em dia você meio que faz o contrário."
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city of wars
Lãng mạna história de um jovem que matava sem dor, sem amor, mas algo o atrapalha. A história onde o tiro do amor é forte, apaixonante, e seus olhos me lembram o fervor do inferno. situação: parada/ sujeita a mudanças fanfiction escrita por Lystockholm, a...