Capítulo 25

1.7K 97 1
                                    

Ao chegar no Brasil, me bateu uma saudade de casa. Fazia alguns meses que eu não via meus pais e meu irmão. Nós moramos até que perto, porém o tempo é corrido demais.

Andrew me deixou em casa e queria muito subir, mas não estava na hora. Ao chegar no meu querido lar e empurrar a porta, vejo um ser largado, dormindo, com uma caixa de pizza acabada e duas latas de cerveja. 

-Danieeeeeel- eu quase grito.

-Ai meu senhor, o que tá acontecendo?- ele me vê parada, rindo - é você peste - corre e me abraça, beija minha testa e complementa - estava com saudades criança.

-Também estava coisinha. Quanto tempo você vai ficar por aqui?

-Nossa, já quer me expulsar? Saiba que eu não conheço muita coisa ainda.

- Não né Daniel, mas eu trabalho, estudo... e me preocupo com você.

-Que lindaaa hein, então eu vou ficar umas duas semanas, pode parecer muito, mas não é. Juro que não vou te dar trabalho, vim aqui para procurar um trabalho.

-Para mundo, você procurando um trabalho, um rumo na vida? Oremos

-Eu sou a Bruna e me acho engraçadona... não ri de mim. Eu decidi vir procurar trabalho aqui porque lá eu já estou queimado, eu tentei trabalhar com o nosso pai e foi horrível. Trabalhei em uma balada e as meninas ficaram se insinuando pra mim, eu não aguentei e enfim...fui demitido. Eu não sei por onde começar.

-Eu vou te ajudar, mas depois que eu tomar um banho. E você-apontei na cara dele- arruma essa porquice que você fez.

Ouvi ele resmungando algumas coisa, mas fui direto para o meu banho delicioso. Sobre minha suposta doença ter voltado, eu ainda vou ver. Marcar alguns exames e não preocuparei minha família no momento. 

Chego na cozinha e meu querido irmão esta fazendo macarrão ao molho branco, com algumas coisas que eu não identifiquei.

-Agora sim da pra falar com você, sério, você estava fedendo.

-Cala a boca idiota... continuando, o que você fez nesses dois dias sozinho aqui?

-Bom, eu conheci umas gatinhas, fui em uma balada, fui no shopping (ele ama shopping) e depois fiquei aqui mesmo. Adorei essa cidade.

-Que bom que gostou. Mudando de assunto, lembra da Alice?

-Lembro, a gatinha que namora o Bernardo?

-Isso, então, ela mora aqui também. A gente pode ir lá...

-Acho melhor não

-Por que não Daniel?- pra ele não querer ir a algum lugar, ele aprontou

-Nada de importante.

-Eu sou sua melhor amiga, para de ser chato e me fala.

-Ai caralho, ta bom, mas não me culpe depois.

-Tá

-Então, quando ela ainda morava no Rio, eu achava ela linda e gostosa. E tente ficar com ela, mas ela nunca quis saber de mim, até que um dia eu force o beijo e ela logo cedeu. Nós ficamos nessa uns trÊs meses até ela vir pra cá e conhecer o idiota do Bernardo, eu sei que ele é uma boa pessoa, mas cara, eu ia pedir ela em namoro e ele simplesmente vai embora acabando tudo o que nós "tínhamos" e começou a namorar ele. - Ual, eu estava chocada, e esses dois idiotas nunca me falaram nada.

- E que merda vocês tinham na cabeça pra não me contarem?

-Sabe como é né, escondido é mais gosto- e riu com malícia

-Na moral, você não presta. E depois de tudo isso, você ainda quer ela?

-Eu superei, acho que é por isso que eu fico com várias, numa tentativa de não sofrer. Você sabe como é isso.

-Dani, eu passei por uma coisa pior com o meu ex, mas mesmo assim continuei vivendo. Eu realmente não dei chance pro amor, só ficava e jogava fora, mas sempre aparece alguém...

-Ixiii, conheço essa cara. Quem é o macho?

Contei pra ele sobre eu e o Andrew, dizendo ainda que não sabia se daria certo. Pois nós dois gostamos da farra, de terminar a noite com alguém diferente, pegar outras pessoas... mas temos que tentar.


Sorte no AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora