- Que cheiro bom! - Eu ouço Andrew dizer fechando a porta de entrada
- Pipoca..... Andrew! Como é que você entrou aqui?!
- Eu tenho a chave
- Você tem uma chave que abre o meu apartamento?
- Bem, não é exatamente o seu apartamento, na verdade, é meu
- Mas eu moro aqui, como você ia se sentir se eu brotasse na sua casa assim?! "Bruna, como você entrou?" "Ah pois é né eu tenho a chave"
- Primeiro, essa foi uma imitaçao medíocre da minha voz, curti não.
Segundo, não faria sentido você ter a chave do meu apartamento porque só eu tenho a chave dele enquanto o seu apartamento é propriedade minha, então eu tenho uma chave guardada pra se alguma coisa grave acontecer. Terceiro, eu to aqui há 2 minutos, por que a gente tá discutindo?
- Por que você pode entrar aqui quando você quiser e eu não te dei autorização
- Bruna, você confia em mim?
Sem pensar muito respondi: - Sim! Eu confio em você mas esse não é o meu ponto, o meu ponto é que, a gente não tá namorando nem há um mês e você já tem uma chave do meu apartamento enquanto eu nunca nem fui no seu
- Esse é o seu problema? Então tá, eu vou guardar a chave okay? Eu só entro aqui com quando você deixar, beleza? Me desculpa, eu nem pensei, eu só tô tão acostumado a entrar aqui sem bater que foi o que eu fiz mesmo, eu não queria te assustar
- Você não me assustou, é só que eu não quero ir rápido demais
- Amor, olha pra nossa história, tudo o que a gente faz é ir rápido demais
- Você me entendeu
- Okay, agora, eu posso ganhar aquele beijo que eu to esperando parece um século para receber ?
- Vem cá seu bobo
Andrew se aproximou de mim e colocou seus braços em volta da minha cintura me levantando facilmente no colo enquanto eu enrolava os meus braços ao redor do seu pescoço
- Oi
- Oi - disse antes de colar minha boca à sua, sentido seus lábios massagearem os meus e instantes depois sua língua pedindo permissão para entrar, o beijo se aprofundou e o que começou gentil e apaixonado logo virou carnal e insaciável, minha pernas se enrolaram em volta do seu quadril, suas mãos desceram até o meu traseiro onde deram uma leve apertada
- Eu sempre quis fazer isso nesse apartamento
- E você nunca fez?
- Aqui não, você é a primeira - ele disse andando em direção ao quarto quando ouvimos a campânia tocar e com um leve sorriso no rosto e disse descendo do seu colo:
- Se eu sou a primeira então não faz diferença se a gente fizer mais tarde
- Faz diferença pra ele - Andrew falou apontando para o volume evidente na suas calças
- Eu vou me redimir mais tarde agora se você quiser ir no banheiro jogar uma água gelada nisso, seja meu convidado
- Merda - ele resmugou indo em direção ao banheiro enquanto eu ia abrir a porta
- Oiee! - disse dando um abraço na Alice e no Gustavo
- Bricha - Alice disse com um sorrisão - Você conseguiu desmarcar com o Andrew?
- Não, em vez de namorar, a gente vai socializar - ri da minha própria piada sozinha, é o que dá ter um humor sofisticado
- Demorou pra abrir essa porta em Bruna, tava rezando? - Gustavo disse e Andrew apareceu do meu lado segundos depois - Ah, rezando ela não tava mas ajoelhada....
- Oi Alice, Gustavo, tudo bem gente? - Andrew disse educamente
- Como diria Lexa, tudo certo, maravilha - Alice disse rindo
- Eu sou o único de nós três que tem senso de humor - Gustavo disse balançando a cabeça negativamente
- Idiota - eu e Alice dissemos ao mesmo tempo sentando no sofá, eu abraçada com Andrew e ela do nosso lado
- A verdade dói, é só a gente?
- Não, na verdade vai vir mais - a campânia tocou no meu da minha frase - Olha ai, chegou, abre pra mim Príncipe - disse com um sorriso no rosto
- Pode pá- ele respondeu abrindo a porta
- Oi.. é.. Eu sou o Thomas, amigo da Bruna
- Ah eu me lembro de você - Gustavo respondeu e o analisou de cima para baixo - me lembro muito bem, entra
- Thomas! - Andrew disse estendendo a mão para fazer um comprimento de "brother" com ele e Thomas hesitantemente bateu sua mão com a dele
- Fala cachorreira, oi Bru! - ele disse me dando dois beijo nas bochechas. Apresentei ele à Alice e logo depois disso disse
- Bom, já que tá todo mundo aqui, vamos assistir o filme
- Que filme vai ser? - Gustavo perguntou trazendo dois hiper mega gigantes baldes cheioz de pipoca
- Invocação do mal
- É o que? - Andrew me perguntou
- Ta com medo amor?
- Não, eu só pensei que a gente te podia assistir algo mais leve, sei tipo um Diário de uma paixão, não sei
- Você é fofo mas não gato, Invocação do mau, pode dar play Alice?- perguntei enquanto todos nós nos ajeitavamos no sofá, eu e Andrew abraçados, Gustavo e Thomas bem pertinho um do outro, do jeitinho que eu gosto
- Pode pá - ela respondeu apagando as luzes e dando play.
A noite de cine caseiro só tava começando e algo me dizia que ela ia render.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Sorte no Amor
RomanceBruna Malchior, 23 anos, mora no Rio de Janeiro. Após ser traída, limpar as merdas do seu irmão e aguentar a pressão dentro de casa, resolve que é hora de seguir carreira solo. Formada em Direito, vai para São Paulo com um currículo de dar inveja, e...