Sorte no Amor

Capítulo 27

- E agora a gente tá meio que namorando
- NAMORANDO?
- É...
- Tipo "Ah a gente namora e essas coisas" ou "Mãe, pai, esse é o meu namorado" ou "Casa comigo, seja o pai dos meus filhos, eu te dou a prancha no Titanic"
- Hum...tipo... Como... Eu não sei, a gente já falou que se gosta um pro outro e essas coisas mas ele nunca me pediu em namoro
- Por que você não pede ele em namoro?
- Eu pediria mas eu não sei, vai que ele diz não
- Mas ele não gosta de você? Mó romance em Paris , mó romance aqui
- Eu não sei, a gente tá namorando mas ninguém nunca pediu o outro em namoro, então eu não sei se é tipo, a gente não precisa nem pedir ou sei lá, talvez ele esteja esperando um momento certo
- E tem momento certo Bruna bonita? A gente só tem o agora, se o bofe não fala nada, fala você
- Tu acha mesmo príncipe?
- Você é uma mulher maravilha Bru, o bofe não vai ser trouxa de soltar esse peixão no mar de novo
- Peixão? Mon amour, eu sou uma sereia, dá licença
- Quando é que vocês vão se ver de novo?
- Hoje, aliás que horas são?
- 8:00 em ponto
- Eu tenho que ir me arrumar
- Que horas você tem que ta lá?
- Normalmente 8:00hs mas hoje nós vamos ter uma reunião às 10 e só Deus sabe que horas acaba, então pode chegar um pouco mais tarde
- Ah sim, então vamos lá que eu vou te vestir hoje
- Aí meu Jesus
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9 horas

- UAU Brunita, isso daqui é high-profile, olha que escritório, que maravilhoso!
Rindo, eu falei:
- Legal, né? Eu amo aqui, a vibe da empresa toda é muito boa
- Da empresa ou do coleguinha de trabalho?
- Seu besta! Me diz de novo por que eu deixei você me acompanhar até o meu trabalho hoje?
- Porque eu sou lindo e você me ama demais
- Eh..
- Brunita, quando é que eu vou conhecer o seu boy?
- Daqui a pouco eu acho, ele vai passar com os meninos aqui
- Meninos?
- Príncipe, eu não sei se eles curtem o mel que tu faz não
- É um mel feito com amor e cheio de possibilidades, nunca diga nunca
- Okay abelhão
- Rei abelha Brunita, dá licença e toma cuidado que eu posso ir aí te picar - ele disse chegando perto de mim
- Aqui não, é o meu trabalho
- Só uma picadinha - ele disse na minha frente
- Eu vou chamar um Uber pra você
- Então o momento é agora - ele disse me dando um beijo com os dentes
- Isso não é picada, isso é uma mordida mal feita
- Você não merece virar um membro da honrada linha de abelhas
- Você é muito esquisito mano, agora para que eu to no meu local de trabalho, senta lá no meu sofá
- Aí Brunita, esquece esse Uber, eu vou ir andar por São Paulo, conhecer essa cidade maravilhosa
- Você saio da cidade maravilhosa pra conhecer a cidade maravilhosa?
- Eu vou te picar de novo
- É o que? - ouço uma voz familiar vindo da minha porta
- Andrew! - digo abrindo o meu maior sorriso e me levantando da minha cadeira para comprimenta-lo - Bom dia! - digo dando um beijo nos dois lados do seu rosto e vejo os outro meninos atrás dele - Meninos! Bom dia! - comprimento eles com um beijo na bochecha - Entrem - após dizer isso sinto um mão na minha costa e ouço um sussuro no meu ouvido
- Meninos?!?! Isso é uma bando de Deus grego Brunita!
Rindo, eu apresento o Gustavo para os meninos
- Príncipe, esse é o Paulo, Rodrigo, Diego, Thomas e esse é o Andrew
- Tudo bem? Eu sou o namorado da Bruna - Andrew diz apertando a mão do Gustavo firmemente
- Tudo bom, a Bruna falou muito sobre você - Gustavo respondeu e depois sussurrou no meu ouvido - Não precisou de pedido nem nada
- Você é quem mesmo? - Andrew perguntou com um tom interrogativo
- Eu sou amigo da Bruna
- O Gustavo é meu amigo de uma vida inteira
- Então esse é o "príncipe"? - Thomas perguntou
- Depende do momento - Gustavo respondeu com um sorriso charmoso que ele usa pra fletar, se eu não tivesse acostumada com esse sorriso, os meus joelhos poderiam até barbear um pouco
- A reunião é daqui a pouco Bruna - Andrew disse
- Então já deu o meu time - Gustavo disse - Te vejo em casa Brunita - falou me dando um beijo na testa - Foi um prazer meninos, eu espero ver vocês de novo - continuou focando seu olhar principalmente no Thomás e logo saindo. Ah, essa eu pago pra ver
- A gente vai indo pra sala de reuniões arrumar tudo - Diego disse
- A gente já vai - Andrew disse. Assim que os meninos saíram, ele se virou para mim e falou:
- Então, se eu me lembro direito, esse Gustavo não pode ter interesse nenhum em você, não é?
- Não, o Gustavo é muito amigo meu e muito gay - disse sorrindo de lado
- Só pra ter certeza... Ele ta na sua casa? - ele perguntou me abraçando
- Ele vai vir morar em São Paulo, ele comprou um apê pra ele aqui mas ele vai ficar lá em casa hoje pra a gente matar a saudade, faz bastante tempo que a gente não se vê
- E a saudade que eu tenho de você?
- A gente pode sempre matar, namorado - acrecentei o apelido no final pra testar as águas com ele
- Hoje a noite namorada?
- Pode ser, mas agora a gente tem que ir trabalhar
- Então vamos lá que essa reunião vai ser longa
- Só vem Brasil - disse sorrindo