Cãibras

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Meu corpo dói,escuto seus murmúrio distantes.
As horas não importam.
Não sei onde estou,apenas quero ir embora.

Minha visão está turva,minha pele reconhece uma superfície macia,que julgo ser uma cama,tento me mover mas meus braços e pernas permanecem imóveis.

Ele está me encarando,sinto isso.

Sinto suas mãos gelada percorrem minhas coxas nuas.
Quero gritar mas não consigo.

-O efeito já vai passar,querida,tenha um pouco mais de paciência.

Queria poder responder à altura mas não consigo,decido esperar.

Ele coloca minha cabeça sobre seu colo e acaricia meus cabelos.

Conforme o tempo passa, vou recuperando poucos movimentos, já tenho o controle de meu pescoço e dedos, minha visão vai voltando ao normal,consigo ver o que esta ao meu redor,uma quarto luxuoso,cheio de quadros e uma mobília muito sofisticada.

Alguns minutos depois arrisco minha primeira palavra,mas sai um som mais parecido com um gemido.

Ele ri e sem motivo algum cobre meu nariz e boca com uma das mãos,me impedindo de respirar.
O que era a coisa a única que estava conseguindo fazer naquele momento.

Sem conseguir controlar meu corpo direito, movimento meu pescoço para todos os lados,numa tentativa desesperada de me soltar.
Senti o gosto das minhas lágrimas enquanto agonizava diante dele, que continuava sorrindo sadicamente, assistindo a cena com os olhos repletos de orgulho do próprio feito.

Um certo tempo passa e não tenho mais forças para me mover,estou prestes a desmaiar,acabo me rendendo completamente,entregando minha vida em suas mãos,desejando vigorosamente que ele me mate.

Quando minha visão volta a ficar turva ele me solta,sinto o ar entrar, deixando pulmões em chamas,um desapontamento me preenche,misturado com tristeza e humilhação.

Relaxo meu corpo e espero voltar totalmente com meus movimentos.
O que, acho eu,que demorou um pouco mais de 10 minutos.

Percebo que estou apenas de calcinha e sutiã.
Levanto meu tronco de modo que fico sentada,observando-o silenciosamente.

-Estou tão feliz em te ver,querida -ele diz com um sorriso tênue nos lábios.

-Eu vejo que sim -digo sem emoção.

-Por que tão seca meu amor?,se vamos passar tanto tempo juntos eu acho que você deveria começar a me tratar melhor.

-O que quer dizer com isso,Thommy?-sinto as lágrimas pedindo passagem,belisco meu braço e mordo minha língua numa tentativa angustiada de não chorar -Me explica o que esta acontecendo por favor!

-Decidi que deveríamos nos mudar,para que você possa ficar longe dessas más influências e continue sendo minha menina.

-Thommy- tento gritar mas não ainda não tenho forças -Eu tenho vida sabia?um emprego,amigos,família,e uma gato que eu amo muito,você não pode fazer isso... comigo!-minha voz falha no final da frase.

-Você não precisa de tudo isso,você tem a mim-ele diz orgulhoso.

-Não,você precisa de mim Thommy,não eu de você-digo reunindo toda a coragem no meu peito,mesmo sabendo que ia gerar problemas.

Ele me encara por alguns segundos e depois abre um sorriso maldoso.

-Não seja por isso,querida,você vai precisar de mim nem que eu tenha que cortar suas pernas e braços, e a única forma de você beber um copo de água seja com a minha ajuda.

Eu,SubmissaOnde histórias criam vida. Descubra agora