Capítulo 18: Sofrendo por amor!

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No capítulo anterior:

Respirei fundo mais uma vez e nós saímos do banheiro, já era a hora do parabéns. Ficamos de frente pra mesa do bolo e batendo palmas enquanto todos cantavam. Depois pegamos as lembranças que deram e enfim, tivemos que ir embora, graças a Deus. Me despedi de Thayane e fui embora com os pais da Cecí, só que dessa vez minha mãe foi no mesmo carro que eu. Minha irmã já estava dormindo, acariciei o rosto dela enquanto sorria, ela era tão linda...

Chegamos no condomínio. Me despedi dos pais da Cecí, dela e fui rumo a minha casa. Tomei um banho rápido e me joguei debaixo das cobertas, não demorou mais que dez minutos e eu cai no sono.

(...)

Sabe quando você perde o rumo da vida, quando nada mais faz sentindo ou quando tudo parece tão... preto e branco? É assim que me sinto agora. Cheguei na escola sem nenhuma vontade de estudar, aliás sem nenhuma vontade de viver. Minha mãe me deixou de castigo por tempo indeterminado, é de casa pra escola e da escola pra casa. Ela me deixou ficar com o celular, mas não era a mesma coisa. Sentei na primeira cadeira da primeira fileira e passei as aulas todas sem falar com ninguém, até a hora do intervalo. Eu não queria ir e ter que encarar todo mundo com um sorriso fingindo que está tudo bem, que nada aconteceu mas não tinha outra escolha. Sai da sala e me sentei em um banco longe de todos, Isabela sentou comigo mas não disse nada. Ela me conhece e sabe que quando estou assim conversar é a última coisa que eu quero. Eu estava com fones de ouvido enquanto mexia em nada no celular, era só uma tentativa inútil de fazer com que o tempo passasse mais rápido. Bloqueei o celular, e me arrependi assim que levantei a cabeça e pude perceber Gabriel me encarando de longe. Ele estava junto com Igor, Dri e mais uns meninos do terceiro ano. Todos conversavam e riam, menos Gabriel, que estava com os olhos fixos nos meus. Senti um aperto enorme no coração e ele me olhava da mesma forma que eu: triste. Abaixei a cabeça pois vi que se essa troca de olhares continuassem eu choraria ali mesmo.

O sinal tocou anunciando o fim do recreio e eu agradeci profundamente por isso, eu e Isabela fomos as primeiras a entrar na sala, não enrolei muito pra não ter que bater de frente com ninguém. Júlia entrou depois e entrou feliz, suponho que algo tenha acontecido.

—Que foi? —perguntei.

—Nada.

Ela riu baixo e eu encarei-a desconfiada, mas não insisti. Professor entrou na sala dando início a aula de geografia então fomos prestar atenção. Ou pelo menos tentar, o que era difícil já que ultimamente eu não consigo me concentrar em nada. Só consigo pensar em como vai ser minha vida daqui pra frente, minha mãe me proibiu de ver/falar/estar com o cara que eu amo e eu estou completamente perdida e sem saber o que fazer. Viajei tanto nos meus próprios pensamentos que nem notei que já estávamos no fim da aula.

—Então basicamente isso que foi a guerra fria, estão liberados. —disse a professora.

—Gi, vai embora agora? —Júlia perguntou enquanto guardávamos nosso material.

—Uhum, por que?

—Ata, nada.

Sei que ela queria algo mas já que desistiu de falar eu que não vou insistir em saber. Peguei minha mochila, pendurei a mesma nas costas e sai da sala. Os meninos do terceiro ano estavam no banco que fica frente a minha sala, apenas evitei olhar pra lá e segui meu caminho pra fora da escola quando senti alguém me segurar.

—Giovana? Tá tudo bem?

Virei de lado e forcei um sorriso.

—To bem Igor, só com sono.

—Vou fingir que acredito. Mas seja lá o que for, pode contar comigo.

Igor era definitivamente uma pessoa incrível. Sorri de lado.

—Obrigada Igor, obrigada mesmo.

Ele sorriu e voltou para dentro da escola, eu sai. Júlia veio até a mim e nós fomos para casa. Ela veio puxando assunto no caminho mas eu estava tão mal, tão acabada que não conseguia nem render a conversa, só concordava e ria com tudo que ela dizia.

—Gi, o que tá acontecendo?

—Ham? Que?

Eu a olhei confusa.

—É, você tá estranha. Cê sempre volta animada e rindo de tudo, olha agora. Aconteceu alguma coisa?

Suspirei.

—Nada Ju, to só pensando.

—No Gabriel né? —ela brincou e apertou minha barriga. Ri fraco e balancei a cabeça negativamente. Tive que aguentar ela falando mais um pouco até finalmente nos despedimos e cada uma ir pra sua casa. Minha mãe como de costume, ainda não havia chegado, então eu almocei porque mesmo triste eu chegava com fome e depois fui pro quarto. Tranquei a porta, liguei meu ar condicionado, me joguei em baixo das cobertas e pus meus fones de ouvido. Soltei minha playlist triste/apaixonada e deixei que a tristeza me dominasse. As pessoas forte também podem chorar né? Ter seus momentos de fraqueza. Conforme a música tocava eu comecei a pensar... É esse mesmo o nosso final? Sério que nunca mais vou poder beijá-lo ou até mesmo me envolver naquele abraço que me conforta? Falando nisso, como eu queria estar nos braços dele agora... Aquele abraço que me faz esquecer do mundo ao meu redor, é como se nada de ruim fosse me acontecer quando estou ali, envolvida a ele. Como se tudo isso não bastasse, minha mãe me tratava como um nada dentro de casa, ela fingia que eu nem existia. E se isso estava me machucando? Mais do que tudo! Eu estou sofrendo, só sinto dor e vontade de desaparecer o dia todo e ela simplesmente ignora tudo isso por causa de, sei lá, nada? Minha mãe sempre me disse que ele era mais velho que eu, e que isso não é certo porque os pensamentos dele são diferentes do meu, ele já é um homem e eu sou apenas uma menina, eu compreendo tudo isso, só que, o Gabriel é diferente. Ele nunca nem tentou fazer nada comigo, ele me respeita, me protege, me faz bem, cuida de mim, e eu lamento tanto por ele ter chegado tão tarde na minha vida. Talvez se ele tivesse aparecido antes... Depois de tanto chorar e da minha playlist acabar, senti um vazio. Sabe quando parece que arrancaram uma parte de você? É como me sinto agora. Vazia. Respirei fundo e fechei os olhos, tentei mandar pra longe toda essa tristeza e consegui por algumas horas, finalmente dormi.

A pior coisa é quando você vai dormir pra não pensar na pessoa e acaba sonhando com ela. Foi o que aconteceu comigo. Acordei assustada e agradeci a Deus por ter sido apenas um sonho. Sonhei que eu estava com o Gabriel, abraçada a ele, do jeito que gostaria de estar agora, mas ai do nada nós nos separávamos, ou melhor, foi como se rasgassem uma folha ao meio e cada um fosse pra um lado, foi o que aconteceu.

xxx

Oi oi lindas e lindos💕

Como estão? Espero que estejam bem💕

Aos brasileiros: como foi o feriado?
E para os portugueses: planos para amanhã?

Tenho de ir dormir e desculpem o capitulo sem gif's mais uma vez, mas tinha um livro para ler😪

Até à próxima, fiquem bem,  beijos😘 Gosto muito de vocês💕❤

-A.R.A.R💙

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