Capítulo 3 - QUE OS JOGOS COMECEM!

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Eu e Dona Cleide conversávamos como se fossemos amigos de anos, ela era um doce de pessoa, comentava como eram as coisas no tempo dela e como tudo estava tão diferente, em determinado momento o assunto mudou para Ricardo, então eu descobri alguns detalhes da vida dele, como por exemplo ele ter 22 anos, solteiro, amava academia, comia muito, era do tipo mais caseiro, estudante do terceiro ano de Ciências Contábeis e apesar de ser todo durão era um menininho.

Confesso que saber sobre Ricardo só me deixou mais curioso e excitado para ter um diálogo descente com ele, até porque a mãe dele vendeu ele muito bem, falou tanto dele que parecia que estava querendo arrumar alguém para ele. Depois que terminamos de fazer a torta e colocamos no forno, Dona Cleide fez uma deliciosa Limonada Suíça para acompanhar com a torta.

Fiquei o tempo todo com Dona Cleide na cozinha, e não vi sinal algum de Ricardo no apartamento, pensei que ele tivesse saído, já que estava tudo tão silencioso nos outros cômodos. Assim que a torta ficou pronta eu e Dona Cleide começamos a arrumar a mesa na sala de jantar, para comermos a deliciosa torta e conversar mais um pouco.

- Gab, vai na cozinha por favor pegar os guardanapos que deixei em cima do balcão por favor. – Disse Dona Cleide, eu adorei o apelido que ela me deu, achei muito fofo da parte dela.

Fui até a cozinha e peguei os guardanapos que estavam em cima do balcão, quando eu estava voltando colidi com uma muralha de 1,95 m de altura, fazendo com que os guardanapos voassem por toda a cozinha e se aqueles braços não me segurassem teria ido dar um beijo carinhoso no chão. Quando olhei pra cima, pra confirmar que era Ricardo fiquei perdido em seu olhar e só voltei a realidade quando ouvi sua voz.

- Olha por onde anda e tenha mais cuidado. – Disse ele me largando de forma mais ríspida que suas palavras.

- Desculpa. – Disse baixando a cabeça e indo para a sala de jantar. Depois de analisar que fui muito otário de pedir desculpa para Ricardo, sendo que não tive culpa alguma e ele mesmo assim me tratou muito mal.

- Dona Cleide aqui os guardanapos. – Disse entregando a ela e dando uma desculpa qualquer para sair daquela casa. – Dona Cleide eu tenho que ir, muito obrigado por tudo.

- Mas já Gab nós nem comemos ainda. – Disse Dona Cleide fazendo uma expressão muito triste.

- Desculpa Dona Cleide, mas eu lembrei que tenho uns negócios para resolver em casa. – Disse tentando sair dali o mais rápido possível. – Outra hora eu volto para conversarmos.

- Tudo bem, depois eu levo um pedaço da torta para você – Disse ela vendo que eu estava decidido mesmo a ir embora.

Fiquei com o coração apertado em ter que mentir para Dona Cleide, mas não aceitaria ficar na casa dela com o ogro do seu filho, quando me virei para ir embora o Shrek estava apoiado na parede do corredor que leva para a porta de entrada e saída do apartamento, vejam bem eu chamei ele de Shrek por ele ser um ogro no seu jeito de agir, não por beleza por sinceramente aquele cara era esculpido por Deus.

- Você pode me dar licença. - Eu disse com meus dentes trincados de raiva e ele com a maior cara de sínico me dá um sorriso de canto de boca.

- Mas já vai tão cedo? – Disse ele sem sair da minha frente. – Fica mais um pouco com a gente.

- Não obrigado, tenho mais o que fazer do ficar com você. – Disse bem perto do ouvido dele só para ele ouvir, então empurrei ele para o lado liberando minha passagem e fui em direção a porta, mas antes eu tinha que entrar no jogo dele. – Aproposito, Ricardo eu li uma matéria que tomar bomba em excesso deixa as pessoas arrogantes e burras, será que você foi experimento nessa matéria? – Disse isso saindo do apartamento deles e fechando a porta, Ricardo não era do tipo fortão, ele tinha os braços e pernas proporcionais ao corpo sem nenhuma parte abusivamente grande, como eu já fiz por muito tempo musculação eu sabia quando uma pessoa tomava bomba, e se você quer deixar uma pessoa que faz academia brava e falar que o corpo dele está assim por causa de bomba e não por esforço nos exercícios.

Agora comigo seria assim, mexeu, levou, não ia deixar de jeito nenhum alguém ser e agir de forma ríspida comigo, tenho certeza que tinha ferido o ego de Ricardo e meu jogo de perturbar o restante de sanidade mental dele só estava começando, se ele não gostava de mim, eu ia dar muitos motivos para me odiar.

Então, que os jogos comecem!

O PERIGO MORA AO LADO (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora