Capítulo 7 - Eu vim te ver!

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Uma Semana havia se passado e eu estava muito dedicado na academia, eu estava gostando muito, e estava deixando de lado a parte de provocar Ricardo de alguma forma, estava muito focado em definir meu corpo e deixar de ser sedentário. Minha amizade com Pedro estava ficando muito legal, nos víamos todos os dias na academia e as vezes ele passava na minha casa para assistirmos alguma coisa e jogar conversa fora.

Mais um dia amanheceu e eu acordando cedo, eu já estava me acostumando a acordar cedo, nem reclamava mais como antes. Minha cerimonia matinal era, tomar banho, me arrumar, comer e descer para a academia do prédio para malhar.

- Bom Dia. – Disse animado quando encontrei Pedro correndo na esteira para aquecer.

- Mau Dia. – Disse ele bocejando e demonstrando todo seu cansaço.

- Ou sua noite foi muito boa e te deixou cansado, ou ela foi muito ruim. – Disse tirando uma com a cara de Pedro e subindo na esteira ao lado da dele.

- Antes fosse, minha noite foi péssima, estava terminando um trabalho da faculdade para entregar hoje, fiquei até 4 horas da manhã fazendo ele, e acordei as 7 para vir para a academia. – Disse ele desligando a esteira e se alongando.

- Mas porque você não ficou dormindo e na parte da tarde vinha para a academia? – Perguntei antes de aumentar a velocidade da minha esteira para começar uma pequena corrida.

- Porque eu prometi malhar com você, e eu nunca quebro uma promessa. – Disse ele dando aquele sorriso maroto juntamente com uma piscada.

Logico que fiquei sem graça e todo vermelho. Pedro então foi para seu treino diário enquanto eu continuava na esteira, nesse meio tempo Ricardo chegou com todo aquele seu porte de dar inveja em qualquer pessoa que não dispensava uma boa malhação. Ricardo passou por mim e nem olhou na minha cara, até aí tudo bem, mas ele viu que eu não parava de olhar para ele, eu ainda não tinha tomado coragem para perguntar porque ele havia mentido sobre a mãe dele ter pedido para ele buscar açúcar na minha casa.

Aumentei o ritmo da minha esteira e tentei afastar esses pensamentos da minha cabeça, quando eu olhei para frente Ricardo estava em um aparelho na minha direção, logo no meu campo de visão, eu então fiquei tentando achar um pouco qualquer onde eu pudesse olhar sem ser Ricardo, ele deve ter percebido meu constrangimento, porque ele deu uma risada abafada. Quando penso que não, Ricardo decidi tirar a camisa e olhar por cima do ombro para minha direção. O resto só lembro de estar no chão com dor no meu tornozelo.

- Gabriel, está tudo bem? – Disse Pedro agachado ao meu lado.

- Não está não, meu tornozelo está doendo muito. – Disse sentindo uma dor muito grande.

- Está tudo bem por aqui? – Ouvi uma voz grossa surgir do meu outro lado, Ricardo. Puta que pariu, desculpa Dona Cleide, como pode estar tudo bem, estou no chão por sua causa e desse corpo maravilho e você ainda me pergunta se estou bem?

- Você consegue ficar em pé? – Perguntou Pedro, ignorando totalmente a presença de Ricardo ali.

- Ai, ai, não to conseguindo firmar meu pé no chão. – Disse com meu rosto já lavado pelas lagrimas de dor.

- Vamos levar ele no médico então. – Disse Ricardo, e mais uma vez foi ignorado com sucesso por Pedro.

- Eu vou te levar para um Hospital. – Disse Pedro dando um olhar muito significativo para Ricardo, mas o mesmo pareceu nem se abalar. – Tenta firmar o pé esquerdo no chão, no três eu te ajudo a ficar em pé e você se apoia no meu pescoço. – Continuo Pedro.

- Ok.

Fiz o que Pedro me orientou, e fiquei em pé apoiando o peso do meu lado direito do corpo no seu pescoço. Pedro me deixou sentado no banco que fica no rol de entrada do prédio enquanto foi para garagem buscar seu carro. Depois que sai da academia não vi mais sinal de Ricardo, eu estava naquela situação por causa daquele cara.

Não demorou nem 3 minutos e Pedro apareceu com o carro, me ajudou a entrar no banco do passageiro e seguiu para o Hospital mais próximo. No caminho ele me perguntava como eu tinha conseguido cair da esteira, e eu só respondi que me desconcentrei por um momento, o que não deixava de ser verdade, mas obvio que não iria falar com o que exatamente.

Chegamos ao Hospital e logo já fui atendido, para minha sorte eu não tinha quebrado nada, apenas tinha tido uma luxação, o médico passou alguns remédios e enfaixou meu pé, teria que ficar com aquilo por 2 semanas.

Saímos do hospital, e Pedro me ajudou a chegar ao carro, no caminho ele passou em uma farmácia e comprou meus remédios que o médico havia pedido para eu fazer uso. Pedro foi o caminho todo me recomendando e me falando para eu não fazer certas coisas para não prejudicar ainda mais meu pé.

Pedro era um fofo comigo, e sempre muito atencioso, eu adorei a atenção e preocupação que ele demonstra para comigo. Pedro demonstrava ter um carinho muito grande por mim, mas eu não sabia se era amizade ou se era algo mais.

Chegamos no prédio, Pedro me levou até em casa, me colocou no sofá ajeitou meu pé em uma almofada para ele ficar em repouso, me preparou um café da manhã, e foi embora dizendo que voltava mais tarde. Depois de mais ou menos umas 2 horas que Pedro já tinha ido a campainha tocou.

"Eu deveria ter falado para Pedro ter levado a chave, assim não teria que levantar. " – Pensei comigo mesmo. Fui até a porta pulando igual a um saci, e com um pouco de dificuldade consegui chegar até ela.

- Você deveria ter levado... – Parei de falar quando vi quem estava parado na minha frente.

- Eu vim te ver!

O PERIGO MORA AO LADO (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora