Capítulo 13 - Um motivo para viver!

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Ficamos um bom tempo conversando, estava adorando conhecer Ricardo, ele era uma pessoa muito divertida, aquele era o Ricardo que as pessoas deviam estar com saudade, não que ele tivesse se tornado uma pessoa ruim, mas os problemas que ele enfrentou, o tornou uma pessoa mais fria.

Dona Cleide estava muito feliz em ver seu filho ali novamente, ela passava de meia em meia hora por nós com um sorriso no rosto, eu estava feliz em poder proporcionar essa alegria a Dona Cleide, mesmo que de maneira passiva, porque eu não conhecia toda a história de Ricardo.

- Olha só a hora, já estamos aqui a mais de 4 horas. – Disse espantado ao olhar meu celular e ver que já havia passado das 18h00.

- Nossa, como o tempo passou rápido, vou só ir no escritório falar com minha irmã e já voltou. – Disse Ricardo se levantando. Assim que Ricardo saiu, Dona Cleide apareceu do nada e se sentou no lugar dele.

- Gab, muito obrigado por trazer meu filho de volta. – Disse Dona Cleide pegando minha mão e olhando em meus olhos, eu podia sentir a emoção que aquela mãe estava sentindo.

- Mas eu não fiz nada Dona Cleide, ele que me trousse aqui, senão eu nem saberia o que aconteceu. - Disse fazendo carinho em sua mão.

- Na verdade fez e muito, não sei como você conseguiu em um dia fazer o que estou tentando há 3 anos. Depois que meu marido morreu Ricardo ficou muito triste, mas as coisas só pioraram quando ele perdeu seu amigo em um acidente de carro, estavam no carro ele, Pedro e Thiago, que foi o menino que faleceu. Depois disso ele se fechou, esse mês faz 3 anos que Thiago morreu, e essa é uma data muito difícil para ele. – Disse Dona Cleide com lagrimas nos olhos, eu podia imaginar o que essa mãe estava sofrendo por ter que ver seu filho sofrendo. – Depois desse acidente muita coisa mudou na vida de Ricardo, depois dessa fatalidade ele nunca mais falou com Pedro.

Agora eu sabia o motivo de Ricardo não falar com Pedro, quer dizer, eu sabia por alto, ainda não era o momento deu perguntar para Ricardo sobre essa história, e eu já havia tentado perguntar para Pedro, mas ele não fala sobre o assunto, eu teria que esperar o momento certo para saber sobre essa história.

- Eu só sei dizer que você faz muito bem para o meu filho, e eu sou muito grata por isso, por você ter entrado em nossas vidas. – Disse Dona Cleide, e a essa altura, eu já tinha deixado algumas lagrimas escaparem dos meus olhos, e Dona Cleide toda carinhosa se levantou e limpou minhas lágrimas e me deu um beijo doce em minha bochecha.

- Mas que amor todo é esse? – Surgiu Ricardo atrás de nós perguntando.

- Só estávamos conversando. – Disse Dona Cleide se virando para Ricardo e dando-lhe um beijo em seu rosto.

- Hum, sei. – Disse Ricardo todo desconfiado. – Então, já podemos ir? – Perguntou Ricardo.

- Claro, Dona Cleide, muito obrigado, seu Restaurante é muito lindo. – Disse lhe dando um abraço. – Fala para Larissa que eu adorei conhece-la e deixei um abraço.

- Pode deixar, vão com Deus meus filhos. – Disse Dona Cleide se despedindo de nós.

Saímos do Restaurante e fomos para o carro, mais uma vez Ricardo abriu a porta do carro para que eu pudesse entrar. Estávamos conversando sobre coisas aleatórias, até Ricardo ser picado pela curiosidade.

- Agora eu posso saber sobre o que você e minha mãe conversavam? – Perguntou ele enquanto dirigia.

- Curioso você né? – Disse o provocando, e ele fez uma cara de bravo.

- Só quero saber, porque tenho certeza que o assunto era eu. – Falou Ricardo. Fomos interrompidos por meu celular tocando, olhei no visor de chamada e vi o nome de Pedro, tenho certeza que Ricardo também viu, porque ele se endireitou no banco do motorista e pigarreou.

O PERIGO MORA AO LADO (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora