Capítulo 11 - Sobrenome: Desastrado!

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- Então Biel, quer namorar comigo?

Pedro precisou repetir a pergunta novamente porque eu travei e não respondi, não me movimentei, simplesmente travei literalmente. Não é que eu não gostava de Pedro, mas como já havia dito antes, era tudo muito recente para termos alguma coisa.

- Pe, eu te adoro... – Comecei e logo fui interrompido.

- Já entendi tudo. – Disse Pedro se levantando da cama, eu fui mais rápido e segurei sua mão e o fazendo sentar de novo.

- Calma que eu não terminei. – Disse me ajeitando, e colocando a bandeja de café da manhã em cima do criado mudo. – Como eu estava dizendo, eu te adoro, você é uma ótima pessoa, você é um fofo comigo, mas não acha que estamos indo muito rápido?

- Quando eu gosto de alguém, eu não gosto de perder tempo. – Disse Pedro se ajeitando e ficando de frente para mim.

- Vamos fazer assim, vamos aproveitar as coisas de maneira devagar, sem rótulos, vamos deixar as coisas acontecerem naturalmente. – Disse pegando a mão de Pedro e beijando. – Tudo bem assim?

- Só se você me der um beijo. – Disse Pedro vindo para cima de mim.

- Vou te dar vários. – Disse me deitando sobre a cama e segurando o rosto de Pedro para beija-lo. O beijo de Pedro era gostoso, calmo, você consegue aproveitar cada segundo, era um beijo sem pressa, mas com muito desejo.

- Vamos comer. – Disse Pedro depois de finalizar nosso beijo com um selinho. – Tenho que ir embora antes que sua mãe chegue, vai que ela não gosta de ver que eu dormi aqui.

- Pe, minha mãe é a pessoa mais de boa que você vai conhecer na vida, o perigo não é ela ver e não gostar, o perigo é ela ver e vai começar a fazer piadinha com a gente. – Disse para Pedro e ele rolou na cama de tanto dar risada imaginando o quanto minha mãe iria nos aloprar.

Depois que comemos ainda ficamos mais um tempo na cama namorando um pouco, Pedro tentava avançar para algo mais, mas ele mesmo se advertia, eu estava achanado aquilo muito engraçado. Não vou mentir que eu também queria transar com ele, mas achava que estava muito recente, e eu ainda não tinha definido o que eu sentia por ele.

- Gab, vamos sair para... – Disse minha mãe abrindo a porta do meu quarto e parando de falar quando viu Pedro e eu nos beijando embaixo do edredom, e Pedro estando por cima.

- Bom Dia Dona Helena, eu posso explicar. – Disse Pedro se jogando para o outro lado da cama todo envergonhado e mais vermelho que um tomate.

- Meu querido, eu sei o que é sexo não preciso de explicação né, como você acha que a pessoa que você estava dando uns amaço ai veio ao mundo? – Disse minha mãe apostando o dedo para mim e se divertindo com a cara de espanto de Pedro.

- Mãe sai daqui, não estávamos transando. – Disse tirando o travesseiro que estava nas minhas costas e arremessando sem sucesso, porque ela se esquivou.

- Ta bom. – Disse minha mãe voltando a fechar a porta. Pedro estava morrendo de vergonha de sair do meu quarto, ele estava enrolando para não ter que sair e dar de cara com minha mãe, por mais que eu falasse que minha mãe era de boa e só ia tirar uma com nossa cara por no máximo um dia, e depois tudo voltaria ao normal. Quando finalmente saímos do quarto, minha mãe estava sentada tomando uma xicara de café, ela nos olhou e deu aquele sorrisinho malicioso, Pedro ficou com mais vergonha ainda.

- Pedro para de ficar vermelho, eu só estou brincando com vocês. – Disse minha mãe colocando a xicara de café na mesa e virando-se para Pedro.

O PERIGO MORA AO LADO (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora