Capítulo 2 - Mãos a Obra

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Ao olhar pela janela do apartamento percebi que já havia anoitecido, e que tinha dormido demais, então levantei e fui até a cozinha beber agua, vi que ainda tinha bolo e que não tinha devolvido o prato de Dona Cleide, então lavei ele antes de devolver.

Sai do meu apartamento e fui até o da Dona Cleide, apertei a campainha e esperei ser atendido, demorou um minuto e ninguém apareceu, então toquei a campainha de novo, ao olhar para baixo vi que meu tênis estava desamarrado, então me abaixei, colei o prato no chão ao meu lado e comecei a amarrar meu tênis, e foi nesse momento que a porta abriu, olhei para cima e quase fui a óbito.

Eu simplesmente não tinha reação pra nada, o rapaz da academia do prédio estava todo molhado expondo seus músculos dos braços, e do abdômen que fazia um caminho perfeito até chegar na borda de sua toalha que estava presa em sua cintura, AQUELE HOMEM ERA MARAVILHOSO, como vi que estava olhando por muito tempo, me recompus, peguei o prato e me coloquei em pé, e tentei falar em uma tentativa falha.

- Eu.. eu... eu... vim... ver a .. Dona ... Cleide. – Disse tomado pelo nervosismo e a vergonha. Eu me forçava a manter o olha distante do corpo daquele rapaz, mas a coisa estava ficando difícil.

- Olha se não é o bagunceiro do corredor. – Disse ele de forma fria e com a voz firme. – Ela não está quem sabe mais tarde você tenha sorte. – Quando ele ia fechando a porta na minha cara ouvi o barulho do elevador e uma voz meiga atrás de mim.

- Gabriel, que surpresa agradável. – Disse Dona Cleide me fazendo virar em direção a ela.

- Oi Dona Cleide, eu vim te devolver seu prato e agradecer mais uma vez pelo Bolo que estava simplesmente delicioso. – Disse um pouco nervoso por perceber que o rapaz ainda continuava atrás de mim nos observando.

- Se você gostou daquele bolo, vai adorar a torta de frango que vou fazer agora. – Disse ela, e só então notei que ela estava segurando algumas sacolas, deveria ser os ingredientes da tal torta. – Vamos entrar, você me ajuda enquanto conversamos.

- Ah Dona Cleide, eu... eu.. - Nem consegui terminar minha desculpa quando fui interrompido por aquela voz grossa que me fez virar em direção ao Rapaz.

- Ele deve ter coisas pra fazer Mãe, deixa ele ir pra casa. – Disse Ele como se não gostasse da minha presença. Só então notei que ele tinha a chamado de mãe, me surpreendi, porque como um Burucutu poderia ter saído de uma senhora tão meiga e amável.

- Na verdade Dona Cleide, eu vou adorar cozinhar e conversar com a senhora, só vou em casa pegar meu celular. – Disse olhando para o rapaz com cara de desdém, ele bufou e revirou os olhos.

- Vejo que você conheceu meu filho Ricardo. – Disse Dona Cleide, dei um sorriso de lado fingindo me dar bem o filho dela e me virei em direção ao meu apartamento prometendo voltar logo.

Quando entrei no meu apartamento fechei a porta e me encostei atrás da porta, deixando todo o ar preso sair, me perguntava porque aceitei seu convite, agora teria que ficar com a aquela tentação do Ricardo dentro do mesmo apartamento, esse nome agora estava mais forte que tudo em minha cabeça, R I C A R D O.

Peguei meu celular, respirei fundo e fui em direção ao apartamento de Dona Cleide, toquei a campainha, onde quem atendeu foi a mesma.

- Que bom que chegou, vamos começar? – Disse ela com um sorriso de ponta a ponta.

O PERIGO MORA AO LADO (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora