Chapter Nine - Like in the old times

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- Ele ficou todo irritado, casquei o bico - meu pai falava enquanto almoçávamos em um restaurante perto de São Francisco. Eu e minha mãe estávamos rindo com as histórias do trabalho de meu pai.

Ontem, quando cheguei, nós fomos para a praia, aproveitar o sol.Depois minha mãe fez um almoço incrível e ficamos jogando em casa, como nos velhos tempos. Fomos para um restaurante perto de casa jantar onde sempre tinha shows acústicos bons, uma banda de três garotos com um estilo diferenciado deixou minha noite bem mais animada.

Agora, andando com meus pais pela orla da praia com sorvete nas mãos, percebo que isso tudo me fazia falta.Era como se estivesse voltado para o primeiro ano do ensino médio, e meu coração se enchia cada vez mais de paz e o passado era apenas o passado.

As aves voando pela praia, algumas pousando na areia, onde tinha pessoas aproveitando o sol, surfistas e crianças brincando com seus brinquedos enquanto seus pais conversavam, faz com que eu me lembre de como é bom o calor.

**

Dançava ao som da Shakira enquanto arrumava algumas coisas no meu armário. Bato meu pé no que parecia ser uma caixa de madeira, me abaixo e vejo escrito o meu nome. Franzo meu cenho enquanto pegava a caixa. Sento na minha cama e abro, vendo algumas cartas e bilhetes. Abro a primeira delas:

"I miss you, miss you

(Eu sinto sua falta, sinto sua falta)

I miss you, miss you

(Eu sinto sua falta, sinto sua falta)

Where are you and I'm so sorry

(Onde você está? E eu sinto muito)

I can't sleep I cannot dream tonight

(E não consigo dormir, eu não consigo sonhar esta noite)

I need somebody and always

(Eu preciso de alguém e sempre)

This sick strange darkness

(Essa escuridão estranha doentia)

Comes creeping on so haunting every time

(Vem se arrastando, me assombrando toda hora)"

Era uma letra de uma música escrita com uma caligrafia mais do que conhecida. Abro as outras cartas e bilhetes, todos pedindo desculpa e falando que sentia minha falta e perguntando o que havia acontecido.Por que eu não tinha visto aquilo antes? Guardo os bilhetes de volta e pego a caixa, descendo em direção a sala onde meus pais estavam.

- Mãe, por que você não me mostrou isso? - falo mostrando a caixa em minhas mãos.

- Oh, você achou as cartas do Logan - fala sentando no sofá e colocando seus óculos - Você não se lembra, filha? Você não aceitava nada de ninguém e nem de Logan, nem suas ligações - fala me olhando carinhosamente.

- Não, não lembro dessa caixa. - falo sentando no tapete em frente ao sofá - Como eu fui idiota - fala encolhendo minhas pernas, as abraçando em seguida.

- Você estava machucada! Todo mundo passa por isso - fala sentando ao meu lado do tapete. Meu pai ainda dormia no sofá.

- Nem todo mundo passa por esse tipo de coisa - falo lembrando daquela noite.

- Kath - fala levantando minha cabeça - Todos vão te machucar mas tem aqueles que valem a pena sofrer - fala fazendo carinho em minha bochecha. Sorrio com suas palavras.

- A senhora está certa - falo arrumando minha postura.

- Na verdade, Bob Marley está certo. Ele que disse isso - fala piscando e levantando. Rio com sua atitude e a vejo voltar com o telefone - Por quê você não responde as cartas pessoalmente? - fala me entregando o telefone e deitando no sofá novamente.

Sweater WeatherOnde histórias criam vida. Descubra agora