Chapter Nineteen - Disagreements

58 7 0
                                    

Russell e eu estávamos sentados na, agora, fria ponte de madeira. Depois do beijo, saímos da água sem dizer mais nada.

Sem o calor do corpo dele, o frio voltava e me dava arrepios. Deveria levantar, tomar um banho quente e deitar mas não conseguia. Tantos motivos mas nenhum o suficiente para culpar se eu ficasse doente.

- Eu vou pegar uma toalha - Russell fala levantando e pegando suas coisas. Não disse nada, apenas continuei olhando o nada.

Não queria que o beijo prejudicasse nossa "relação". Isso afetaria a todos. O gostinho do arrependimento queimava minha boca por onde o gosto dele havia ficado.

Depois de um tempo, senti uma aproximação e olhei para atrás, deparando com um Russell sem blusa, e uma toalha cobrindo ele.

- Aqui - fala jogando uma toalha quente comparando com minha pele.

- Obrigada - falo levantando. Tiro o caso e coloco à toalha que confortou como um abraço quente.

- Sabe as casas pequenas que vimos ontem - fala apontando na direção da floresta do lado do lago.

-Sim, o que tem? - pergunto, torcendo meu casaco encharcado.

- Peguei a chave de lá com Mía - fala coçando a nuca - Pensei que talvez você não quisesse voltar hoje - chacoalha as chaves em suas mãos e eu abro um sorriso em agradecimento.

Eu realmente não queria ir para a casa, todos ainda estariam acordados. Russell acenou com a cabeça em direção as trilhas e eu o segui.

- O beijo...- ele fala de repente.

Tomo cuidado para não cair em nada, andando na trilha. Claro que o beijo não foi nada. Foi muito bom mas nada além disso. Óbvio que não.

- Sim - falo pensando no que responderia a mais mas nada vinha em minha cabeça.

- Eu não sou o cara ideal para você - fala baixo e olho em seu rosto. Seu rosto estava concentrado, olhando para frente. O que ele queria dizer aquilo? O beijo não foi bom? Ou...não sei...

Uma ponta da tristeza se aflorou no meu coração sem saber muito a razão.

O resto do caminho foi todo em silêncio e só foi quebrado para dizer adeus. Havia três casas pequenas, semelhantes à chalés.

Entrei e procurei o interruptor. Assim que o chalé foi clareado, reparei que havia mais coisas do que imaginava. Tudo era de madeira, porém, perfeitamente planejado como todas as coisas criadas pelos pais de Mía e Sam.

Fechei a porta e comecei a investiga-lo. Passei pela cozinha/sala e entrei no quarto. Havia uma cama de casal, um armário embutido e uma pequena escrivaninha. Tudo estava vazio e novo. Mesmo ninguém morando, as empregadas continuavam limpando? Me pergunto.

Abro a porta do lado da escrivaninha, entrando no pequeno banheiro. A primeira coisa que reparei foi a banheira de madeira pequena do lado esquerdo. Me olhei no espelho e eu estava mais pálida do que o normal.

Comecei a tirar a roupa, aliviada em não sentir mas o molhado gelado na minha pele. Abri a torneira quente, esperando a água encher a banheira. Peguei minhas roupas e torci o máximo que pude. Deixei-as perto da pia e me preparei para entrar na banheira, fechando a torneira.

A água quente aliviou meus músculos, me fazendo relaxar. Deitei minha cabeça na água e afundei até encostar minha cabeça no chão da banheira.

Não sei quanto tempo fiquei lá, mas meus dedos já estavam enrugados e a água morna. Tirei o ralo da banheira, me enrolado na toalha. Assim que peguei minhas roupas, o som de alguém chamando meu nome me assustou.

Sweater WeatherOnde histórias criam vida. Descubra agora