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Naquela noite, eu fui bombardeada de perguntas feitas pela minha mãe, todas eram relacionadas à Luhan mas, metade delas eu não consegui responder. Contei toda a história é ela prometeu não contar nada ao meu pai.

Minha mãe entendeu o meu lado, meu lado confusa, nem eu mesma tinha coragem de responder todas aquelas perguntas então ela me liberou para que eu dormisse e pudesse pensar melhor na manhã seguinte.

Era sábado de manhã, nove da manhã quando eu acordei, minha cabeça doía um pouco por culpa de uma dor de cabeça e meu corpo não queria se retirar da cama. Os raios ultravioletas passavam pela minha janela e incomodavam minhas pálpebras.

Ouvi batidas em minha porta e logo a mesma ser aberta, mostrando o semblante, já arrumado para sair, da minha mãe.

— Filha, venha tomar café, hoje visitaremos sua avó. - Grunhi contra meu travesseiro mas assenti.

Juntei forças e me levantei da cama, sai do quarto e desci as escadas até a cozinha onde meu pai tomava café da manhã.

— Bom dia... - Sibilei e me sentei  em uma cadeira vaga da mesa.

•    •    •

Eu e  meus pais já estávamos dentro do carro a caminho da casada minha vó que ficava em algum lugar perto do Queens. Durante a viagem, meus olhos encaravam a janela pela  qual passavam imagens borradas do lado de fora enquanto uma música ecoava pelos meus fones de ouvido, alguma melodia romântica.

Assim que chegamos, meu pai estacionou enfrente a casa da vovó e nós saímos do carro. Ele apertou a campainha e logo a porta foi aberta.

— Hazel! Filha, Jonathan, entrem. - Minha vó disse sorridente dando-nos espaço para passar.

Eu fui a primeira pessoa quem ela abraçou e fez questão de comentar como havia crescido, para as avós, nós sempre crescemos um pouco enquanto não as visitamos. A segunda pessoa foi sua filha, e minha mãe, Victoria, em seguida meu pai.

Minha vó era uma pessoa carinhosa e eu adorava vistita-la, ela sempre me ouvia quando necessário e me dava os melhores conselhos que alguém poderia receber mas, a melhor parte de visitá-la era comer dos cookies que ela sempre preparava e poder visitar sua biblioteca no sótão.

Sentamo-nos os quatro no sofá da sala, as janelas estavam abertas o que favorecia o vento de entrar e meus pais desfrutavam de uma deliciosa xícara de café enquanto conversavam com a vovó, que não visitávamos faz semanas.

Eu observava as cortinas brancas da janela voarem balançando-se no ritmo do vento. Suspirei lembrando da cena da noite passada, e por algum motivo, me lembrando do beijo em minha testa, respeito, e sabia que Luhan era alguém com quem eu podia realmente contar.

— E você Hazel? Como vai a escola? - A voz de minha vó tirou-me dos meus devaneios com Luhan.

— Ahm... vai bem minhas notas estão na média, eu sou um pouco ruim em matemática mas redação compensa. - Falei e minha vó riu ajeitando-se no sofá.

— Você é igualzinha a sua mãe, sempre se destacou na redação. - Ela afirmou fazendo minha mãe sorrir. — E os rapazes da escola, já tem algum namoradinho?

Eu ri envergonhada da pergunta clássica que todas as avós e tias fazem mas, meu pai não pareceu levar na brincadeira emburrando-se na hora e revirando os olhos.

AMERICAN SKY 》 LuhanOnde histórias criam vida. Descubra agora