AMERICAN SKY 》 Luhan

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Luhan queria me levar para um jantar em um restaurante caro no centro da cidade, na sexta feira, ele disse que gosta de encontros à moda antiga e que o primeiro tinha de ser especial, mesmo eu o dizendo que não precisava de toda aquela formalidade. Havíamos começado um namoro não um noivado, mas ele insistiu e eu acabei cedendo.

Era por volta das sete horas quando eu comecei a me arrumar, terminei o banho e enrolada na toalha eu parei enfrente ao meu guarda roupas. O abri, comecei a examinar minhas roupas e acabei chegado numa conclusão: eu não tenho roupas formais.

Xinguei o universo quando a culpa era da minha impaciência para ir à lojas e escolher vestidos. Vesti um conjunto íntimo branco e caminhei sem fazer barulho até o quarto dos meus pais. Como o mundo conspira contra mim, quando eu menos contava com a presença do meu progenitor no quarto, lá estava ele, deitado na cama lendo um livro.

— Oi, pai. - Falei rapidamente quando ele percebeu minha presença no quarto, caminhei até o armário da minha mãe a o abri na sessão de vestidos.

— O que está procurando aí? - Ele questionou fechando o livro enquanto eu procurava por alguma peça que eu julgasse ser ideal às minhas proporções.

— Um vestido da mamãe. - Respondi tirando um vestido magenta do cabide. O material era seda, as mangas cumpridas e a bainha curta, até o meio das coxas. Meus olhos brilharam, é esse mesmo!

— Pra que um vestido? Vai à algum lugar? - Ele questionou e eu me virei suspirando com o vestido na frente do meu corpo.

— Vou à um encontro, com o Luhan, pai. - Disse-lhe a verdade e recebi um olhar sério em troca. Meu pai tirou os óculos e semicerrou os olhos para mim.

— Quem deixou? - Ele cruzou os braços.

— Mamãe.

— Você perguntou pra mim, se podia?

— Não... me desculpe. - Respirei fundo abaixando a cabeça. — Você não ia deixar.

Ouvi um suspiro e a cama ranger, ergui levemente meu olhar e vi meu pai sentado na cama.

— Você gosta desse menino?

— Gosto.

— Ele lhe respeita?

— Sempre.

— Você acha que ele é bom pra você.

— Tenho certeza, pai.

— Então, eu não tenho motivos para te proibir. - Ergui minha cabeça olhando surpresa para ele. — Se você gosta dele, se ele te respeita e você tem certeza que ele é bom para você, não vou te impedir de encontrá-lo.

— Está falando sério? - Perguntei animada deixando um sorriso surgir em meu rosto. Meu pai assentiu e eu comemorei dando alguns pulinhos de alegria, fui até ele e lhe dei um abraço. — Muito obrigada.

— Vá se arrumar, já são sete e meia, sua mãe me disse que o moleque chega às oito. - Ele falou e eu ri assentindo.

Agradeci mais uma vez e sai do quarto com um sorriso no rosto. Fiquei feliz em saber que meu pai finalmente aprovara minha relação com Luhan, um agradecimento especial à minha mãe que deve ter tido dedo nisso.

Fui até o quarto, vesti o vestido que encaixou perfeitamente em mim, calcei um par de saltos nude e fiz uma maquiagem leve terminando com um perfume francês que eu apenas usava em ocasiões especiais.