Está Vivo?

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What if I'm far from home?
Oh, brothe, I will hear you call
What if I lose it all?
Oh, sister, I will help you out
Oh, if the sky comes falling down, for you
There's nothing in this world I wouldn't do
Hey Brother - Avicci

Três semanas depois...

Parei à porta da minha antiga casa em Manhattan e apertei a campainha, pude ouvir minha mãe vindo no corredor e então a porta foi aberta.
  — Filha! — minha mãe me envolveu em um abraço apertado e eu a apertei de volta, as saudades que eu sentia dela eram maiores do que eu imaginava, após o abraço apertado minha mãe deu espaço para que entrassemos na casa e foi conosco até a sala — Griffin, ela está aqui!
  — Gatinha Manhosa! — meu pai veio da cozinha usando um avental com estampa de cupcakes, assim que o vi pulei em seu colo e ele me envolveu em um abraço apertado — Feliz aniversário querida. — sussurrou ele, o que fez com que eu o apertasse ainda mais, como eu estava com saudades daquela voz... quando nos afastamos ele olhou para o vestido que eu estava usando e torceu o nariz ao dizer — Onde diabos você arrumou isso para vestir?
  Eu sabia que o vestido era horroroso, além de ser rosa era cheio de babados e ao ver a cara de meu pai tive vontade de estrangular Andrômeda.
  — Aparentemente alguém não é tão minha amiga como diz ser... — falei apenas para provocar Andrômeda.
  — Você deveria parar de reclamar tanto assim! — respondeu ela — Esse vestido chama bem menos atenção do que os que usamos normalmente.
  — Minha filha está horrível! — protestou meu pai — Ela parece uma menininha meiga! Não que Davina não seja uma menina meiga, mas ela não precisa se vestir como uma!
  — Davina, troque de roupa, você sabe como seu pai é e sabe que ele vai ficar reclamando desse maldito vestido até que você o tire do corpo. — disse minha mãe.
  — Mas é claro que eu vou reclamar! — protestou meu pai — A menina já tem os cabelos cor de rosa, não precisa de mais nada dessa cor em cima dela!
  — Griffin, os cabelos da nossa filha estão brancos. — disse minha mãe cruzando os braços.
  — Mas é claro que não estão, Lavínia. Os cabelos de Davina estão cor de rosa como sempre esti... — assim que meu pai se voltou para mim e viu que minha mãe tinha razão, ele ficou sem fala, alguns segundos depois ele sorriu e disse — Bem, vejo que você finalmente criou bom senso e parou de usar aquela cor horrorosa na cabeça!
  Sorrindo, subi as escadas e fui para o meu quarto, era estranho estar de volta a casa em que cresci após passar tanto tempo fora. No batente da porta do meu quarto estavam as marcações de quando meus pais mediam minha altura e a de Melissa conforme íamos crescendo, ouvi passos no corredor e ao olhar para o lado vida minha mãe subindo as escadas com uma caneta pilot em sua mão, ela sorriu e disse:
  — Não podemos nos esquecer de fazer a marcação deste ano, isto é, se você não estiver velha demais para isso...
  — Eu nunca vou estar velha demais. — respondi sorrindo, logo depois encostei minhas costas contra o batente da porta.
  Minha mãe fez a marcação e então me virei a tempo de ver ela escrevendo "26/04, Davina, 19 anos." logo após ela sorriu para mim e disse: 
  — Vá trocar de roupa antes que seu pai comece a reclamar, denovo!
  — Porque o papai odeia tando a cor rosa? — perguntei — Não há motivo para odiar tanto assim uma simples cor.
  — E desde quando seu pai precisa de motivos para implicar com algo?! — o sorriso de minha mãe foi tão sincero e apaixonado que me fez sorrir também — Ande menina, vá se trocar!
  — Sim senhora! — bati continência e entrei no quarto ouvindo o doce som do riso de minha mãe.
  Passei algum tempo olhando para o meu guarda roupas, minha mãe havia deixado tudo do jeitinho que sempre arrumei. Após algum tempo finalmente me decidi e tirei o vestido de babados cor de rosa e troquei de roupa. Quando já estava pronta parei em frente ao espelho e olhei atentamente minha imagem refletida, eu usava um top cropped branco tomara que caia com um decote em formato de coração, uma saia preta em estilo godê que ia até o meio das minhas coxas com varias cruzes brancas espalhadas por toda ela e em meus pés estavam botas de cano baixo e salto agulha 16cm cravejados de spikes, ainda achando que faltava algo, vesti uma jaqueta de couro que meu pai havia me dado alguns anos atrás e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo no alto da minha cabeça, ao avaliar novamente minha imagem sorri ao ficar satisfeita com meu resultado final. Quando estava prestes a sair do quarto, uma caixa preta em cima da minha cama me chamou a atenção e preso na tampa da caixa estava um bilhete escrito por Melissa:

Castle (Em Pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora