Selena Gomez's Point of View.
Los Angeles, Califórnia, EUA
15h45m AMACREDITO que chegar do trabalho e começar a me arrumar para aquele tipo de conversa sobre algo que eu não queria conversar bem desgastante. Acho que foi por essa razão que no fim, me vi vestida com uma saia jeans, uma blusa amarela e uns tênis brancos.
Fazia anos que eu não me vestia dessa maneira. O clima de Londres me agradou imediatamente, mas eu não poderia negar que eu sentia falta dos meus vestidos soltinhos e as costumeiras saias ou quando eu e Sienna íamos para a piscina em sua casa.
— Mal chegamos na cidade e você tem um encontro? – olho-a através do espelho, enquanto a mesma se encontra encostada no batente da porta. – Pensei que eu fosse a rápida da nossa relação.
— E você é! – afirmo. – E não é um encontro, é uma conversa depois de sete anos que terei com Justin Bieber.
— Então, você acha que ele vai dizer que ainda te ama? – ela perguntou, se aproximando e pondo uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.
— Eu tenho certeza. – balanço a cabeça. – Mas se passaram dez anos, Kimberly, eu tenho vinte e oito anos e não dezoito.
Pisco para ela e pego o telefone e a bolsa que eu logo coloquei em meu ombro, passando por ela.
— Mas você sabe que ainda sente algo por ele. – ela diz, vindo caminhando atrás de mim. Reviro os olhos. – Não negue.
— Não nego. – afirmo. – Só não admito para ele.
— Você é uma safada. – ela riu bastante. – E eu adoro isso. Boa sorte com o que você chama de conversa madura.
— Muito obrigada. – irozino, prestes a passar pela porta, eu paro e volto para olha-la nos olhos. – Minha casa, minhas regras, nada de gente morta quando eu voltar.
— Sai logo daqui, Gomez. – ela jogou a almofada em minha direção, mas apenas pegou na porta uma vez que eu a fechei rápido demais.
A lanchonete era a mesma que fui uma vez com Julian e seu pai. Julian. Acho que deveria mandar uma mensagem para ele e dizer que estava em Los Angeles.
A última vez que nos vimos foi há uns dois meses na Áustria e, bom, nós transamos e no outro dia ele disse que queria que eu ficasse um pouco mais em sua vida, mas a aquela altura eu já não tinha mais nada para oferecer a alguém há bastante tempo.
Minha separação com Jake foi algo mútuo, na verdade, éramos até mais melhores amigos do que namorados. Sentir o dever de deixá-lo livre para estar e amar alguém verdadeiramente foi algo inevitável depois de dois anos juntos. Entretanto, em dois anos estando em um relacionamento tão bom e incrivelmente claro me fez confiar novamente em mim mesma.
Jake Kingston, além de mim mesma, me fez perceber que eu era uma mulher incrível e que merecia o mundo todinho só por respirar. O casamento dele com Morgan Davis foi o que meu melhor amigo precisava. Ela chegou de mansinho em sua vida e logo jogou tudo para o alto, da forma exata que ele precisava. E a filha dela, ela é incrível. Beverly encantou o coração de Jake. Para mim não foi novidade alguma ele me ligar uma noite qualquer para dizer que havia conversado com Morgan sobre a possibilidade de adotar a menina.
A felicidade em mim foi instantânea.
E então eu me pergunto o que realmente faço aqui, sentada nessa lanchonete esperando por uma conversa que eu passei dez miseráveis anos empurrando para bem longe de mim. A depressão que me acompanhou estava ali todos os dias para me lembrar tudo o que vivemos e o que poderíamos ter vivido, mas é só uma memória efetiva. O passado não pode ser alterado.
— Oi. – mal percebi o momento em que ele puxou a cadeira em frente a minha para, então, finalmente estar realmente ali, e não apenas em minha cabeça, minha imaginação.
A primeira coisa que eu fiz foi abrir a bolsa que havia trago comigo e coloquei sua única carta enviada para mim sobre a mesa.
— Fiquei sete anos pensando se deveria responder ou não. – comecei, piscando lentamente antes de continuar e olhando para aquele papel que estava justamente da mesma maneira. – Talvez uma carta com um simples "me esquece" ou talvez um SMS dizendo como eu estava bem sem você, mas acredito que isso tornaria as coisas bem mais complicadas para mim do que para você. E, que saber, realmente seriam, como foram. Passei todos os dias de dez anos como se realmente fossem os últimos. Sim, fiz tantas coisas, aprendi tanta coisa. Amei tanta gente, abandonei tanta gente, mas, quer saber, a única coisa e eu não consigo abandonar é justamente você. Você está colado na minha alma e isso não é nem de longe um elogio, não, muito pelo contrário, isso significa que eu tentei um recomeço umas cinco vezes, mas toda às vezes em que eu tentava novamente algo tentava me empurrar de volta para você, da pior maneira possível.
A minha alma se sufoca lentamente e dolorosamente. Amar ele ao longos dos anos se tornou sufocante e tóxico e eu percebi isso não por que ele me abriu uma ferida física, não, ele seria incapaz, mas por que ele me feriu tão profundamente que minha alma tinha um tom avermelhado e perigosamente bonito demais para ser admirado e comentado por alguém que não seja eu mesma.
— Já amou tanto alguém que mal podia respirar? – ele tinha duas mãos entrelaçadas sobre a mesa, próxima a carta que ele mesmo escreveu. – Eu só amei uma pessoas dessa maneira na minha vida: você. Pensei que poderia amar Hanna também, e amei, amei verdadeiramente e sofri terrivelmente com a morte dela. Foi devastador, quase se igualando ao dia em que você foi embora. Amar você foi doloroso, Selena. Amar Hanna foi fácil. Ela me amou de volta de uma maneira que eu achei aceitável na época, mas uma coisas que vocês duas têm em comum: foram embora. Me perguntou se essa é realmente a minha sina.
— Algum dia você vai encontrar respostas certas. – ele assente, concordando na mesma hora. – Até lá, acho que eu deveria dizer que as coisas não seriam como antes, mesmo por que não sou mais a mesma. A última coisa que sou é como a Selena de dez anos atrás a qual você se apaixonou. Mas eu ainda tenho problemas demais, eu sou um problema.
— Você só acredita que é um problema por que nunca encontrou alguém que estivesse disposto a ajuda-la a resolver.
Ele ainda tinha aquele mesmos olhos que poderiam tirar a minha paz, mas a ferida que ele abriu em meu coração conseguia ser maior que a saudade que sentia dele. Mas eu sei que amar alguém é fácil, a parte realmente difícil é esse alguém magoar você de uma maneira tão absoluta que não te resta mais nada, nada além desse amor que simplesmente não passa.
"Ela não mostrava que estava com medo, mas se sentir sozinha era demais para suportar, mesmo que todos dissessem que ela era forte. Eles não sabiam que ela mal conseguia continuar, mas ela sabia que ficaria bem, então ela não deixou que ficasse em seu caminho, às vezes tudo fica um pouco demais."
— a little too much
Notas da autora:
ALO ALO
Depois desse capítulo eu percebi que a história ainda vai ter bastante capítulos, principalmente por que se jelena vai acontecer em primeiro lugar a Selena vai lutar muito para conseguir perdoar o Justin verdadeiramente e não vai ser fácil como na primeira versão. Quero tornar isso o mais real possível.
All the love..
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endless • selena gomez [2]
Фанфик❝and opened my doors and made room for one so baby i'm yours.❞ "Você consegue cruzar a porta que nos separa sem nem olhar para trás e te admiro por ser mais forte do que eu. Você consegue dizer "tchau" sem exitar, enquanto eu dou um tchau c...