Capítulo 17- He will have to let me go

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Acordo desconfortável devido à cama dura onde estou deitada. Demoro um pouco até perceber onde realmente estou, e assunto-me quando reparo que estou no hospital.

-Bom dia -diz uma voz clara e doce. Não respondo e fico a observar o meu redor até me cruzar com o meu pulso cobrido por um género de ligadura. Fico nervosa com isto tudo, por isso tento levantar-me e ir simplesmente embora.

-A menina não pode ir embora- impede a rapariga que me desejou os bons dias. Ignoro-a e continuo o meu caminho.

Não me importo que esteja descalça ou que não tenha uma roupa decente, mas preciso de sair desta merda de hospital. Consigo ouvir pessoas a impedir de me ir embora, mas o som não fica nítido na minha cabeça então ignoro. Sentia-me fraca e a cada passo que dava sentia que estaria a perder os sentidos. Mas estaria tão perto do elevador, só tinha de andar mais uns poucos passos. Mas desequilíbrio-me e vou contra a parede. Fecho os olhos. Respiro. E quando me preparava para voltar a andar, tinha uma mãos sobre os meus braços, tento virar-me para ver quem seria, e era a pessoa que não queria ver futuramente.

-Jen, vamos voltar para o quarto, estás fraca, Tens de comer alguma coisa- diz a voz suave do Jason, tento ignora-lo, mas fiquei sem força nas pernas, o que fez com que quase caísse ... Até o Jason pegar-me ao colo.

E assim voltei ao quarto de contra vontade. Estaria agora a olhar para a pequena janela, ignorando a Bea e o Jason. Sinto-me culpada pelo que fiz .... Preferia que tivesse suicidado assim agora já não estaria nestas condições. Tudo parece estranho. Tudo mudou apartir do momento que senti o medo de alguém poder perder-me e pus a sofrer alguém que não merecia .... talvez fosse melhor que não tivesse amigos para magoar ... Mas tenho ... E lá no fundo tenho medo que eles já não querem saber do meu estar.

Desvio o olhar para as pequenas cadeiras onde estaria a Bea e o Jason. A Bea espera pacientemente que eu fale. O Jason teria adormecido. Penso que secalhar ambos não dormiram. Fico com pena do ar de cansado com que estão, isto tudo porque nem suicidar consigo...

Mas já é tarde de mais... irei ser acompanhada por um psicólogo, os meus amigos irão ficar mais protectores que nunca. Irei ter de esquecer da frase que o Jason me disse ontem. Ele não me ama. Ele tem de parar de se preocupar comigo. Para ser feliz. Ele terá de me deixar ir...

Talvez seja mesmo isso que tenho de fazer... finalmente a coisa certa a fazer...

- Posso te pedir uma coisa - digo sussurrando para não acordar o Jason. Sinto que a Beatrice não estaria há espera que eu falasse.

- Claro que podes - tenta falar confortavelmente.

- Posso ir contigo para Londres? - peço finalmente. Eu tenho de sair daqui! Deste hospital, desta terra, destas emoções, deixar tudo para trás, e nunca mais voltar.

- Londres? E o Jason?- desvio o meu olhar para o Jason, que esta no canto da sala numa cadeira adormecido.

- Posso ou não? - digo sem querendo dar justificações a Bea, eu sei que ela merece justificações, mas neste momento não quero estar a falar disso...

- Jen... eu prometo que um dia levo-te comigo. Mas agora o teu lugar é aqui. Vais ser acompanhada por um psicólogo, vai melhorar. E depois vamos juntas para onde quiseres- aproxima-se e sorri.

- Eu não preciso de psicólogo- digo interrompendo-a - e se for preciso, prefiro ser acompanhada em Londres. Mas por favor Bea, se me queres ver bem, tira-me daqui- fico a olhar para ela há espera de uma resposta- Tens de me tirar daqui! -insisto.

-Olha vou buscar um café- diz mudando de assunto abandonado-me.

Pouco depois, vejo o Jason a mexer-se na cadeira onde estaria sentado.

- Bom dia princesa- digo ao Jason que tinha acabado de acordar. Quando ele olha para mim, levanta-se logo e vem até mim.

- Ei, como estás? - pergunta-me pegando na minha mão suavemente e sinto um arrepio.

-Eu estou bem - minto com um sorriso torto.

- Chega de mentiras Jennifer... eu só estou preocupado contigo- diz me ele preocupado ... tento olhar diretamente para os olhos dele, mas eles só me fazem lembrar o dia de ontem. - Tens me preocupado tanto nos últimos tempos, mas ontem senti mesmo medo de te perder. E eu não quero que isso aconteça- agarra cada vez com mais força na minha mão pálida.

Eu pensei em dizer 'não irás perder-me' mas estaria a mentir.

- Eu sei ... -digo simplesmente. Ele parecia que queria dizer um género 'eu amo-te' mas ele não pode sentir nada por mim. Ele irá magoar-se comigo, e a última coisa que quero é magoa-lo, eu adoro-o, ele é muito importante para mim. Não merece que sofra por uma rapariga como eu ... Ele merece alguém como a Bea, tenho a certeza que eles sentem uma atração... Ele seria feliz com ela... Não comigo ... Cada vez que penso em ir para Londres, consigo ver o Jason perto da sua felicidade.

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