Os socorristas perguntaram se eu iria ao hospital, eu disse que sim, que os acompanharia de carro.
Chegando no hospital levaram a jovem para a sala de emergência, ela gritava de muita dor, e para piorar seu braço tinha um corte que estava sangrando muito, o que eu não tinha percebido.
Liguei de imediato para o Professor.-Professor Inácio? Preciso que venha ao pronto-socorro o mais rápido possível.
-O que aconteceu?
-Eu atropelei uma jovem.
Não demorou muito e o professor já chegava.Me perguntou o que tinha acontecido e eu expliquei tudo a ele.
Ficamos no hospital até tarde, quando foi umas 2:00 da manhã, percebi que o professor não estava aguentando mais de sono,e disse a ele que poderia ir para casa, que se acontecesse qualquer coisa eu ligava.E ele fez.
Depois de meia hora, o médico chegou e perguntou se era eu que estava acompanhando a jovem, disse que sim.
Ele me explicou o estado dela, e disse que ela perdeu muito sangue e que precisa de uma transfusão, mas o hospital não tinha doadores.-Qual o tipo sanguíneo dela doutor? (Perguntei)
-A +
-O meu tipo sanguíneo também é A+, eu quero doar sangue a ela.
Fizemos todos os processos e retirei o sangue, deu para encher duas bolsas.No final não me senti tão bem, mais foi por uma boa causa.
Perguntei ao doutor quando poderia vê-la.
Ele disse que quando ela acordasse que me chamava.
Quando era umas 5:00 da manhã, ouvi me chamarem, era a enfermeira.Me conduziu até a sala de observação, quando cheguei a jovem estava lá, com o rosto pálido e a perna enjesada.-Bom dia.Posso entrar?
Ela respondeu balançando a cabeça em afirmação.-Você que era o motorista?
-Sim, mais eu não tive a intenção de te atropelar.Tava chovendo e o vidro tava embaçado, você apareceu de repente.
-Eu sei. Eu não estava prestando atenção também.
-Não queria que isso acontecesse me desculpa.
-Tudo bem.O que importa é que estamos bem.
-Ah, e não se preocupe que eu vou pagar a sua bicicleta.
-Não precisa se preocupar com isso não.
-É o mais que eu posso fazer por você.
Ela riu, seu rosto estava todo arranhado, fiquei olhando para ela, e vi que ela ficou meio que envergonhada.
-Você não me disse seu nome motorista misterioso.
-Ah desculpa, meu nome é Caio.
-Katerine.
-Prazer em conhece-la.
Fiquei ali com ela até o horário de visitas acabar.Quando sai ela estava dormindo, fiquei no corredor conversando com o médico.
-E ai doutor? Como está o estado dela?
-O estado dela é estável, ela só teve uma fratura na perna e o corte no braço, que fez ela perder muito sangue, mais você a ajudou doando duas bolsas de sangue.
-Obrigado doutor.E quando ela recebe alta?
-Ela vai ficar aqui por mais uma semana e depois liberamos ela para ir para casa.
-Vou deixar meu número com o senhor e qualquer coisa o senhor me liga.
-Eu esqueci de falar a ela que o doador de sangue foi você. Vou deixar que você de a notícia.
-Tudo bem.
Sai do hospital as pressas, fui para casa e liguei para o Sr. Cabral, expliquei o acontecido e ele disse que eu não precisaria ir ao trabalho naquele dia.
A noite fui para a faculdade, mais não parava de pensar em Katerine, como ela estava, se ela estava bem.
Voltei para casa e não consegui dormir direito, as cenas do acidente vinham na minha cabeça, acordei gritando por Katerine, então decidi ir ao hospital vê-la.
Chegando ao hospital, perguntei a recepcionista se poderia visitar Katerine, ela perguntou o que eu era dela e eu disse que apenas um amigo.Ela olhou para mim e riu.
Quando cheguei no quarto de Katerine, ela estava terminando de tomar seu café. Entrei e ela me recebeu com um sorriso.Seu rosto só tinha agora uns arranhões, e a cor de sua pela já tinha voltado ao normal.-Bom dia!
-Bom dia Caio! (Responde ela depois de tomar um pouco de café)
-Como você está?
-Estou bem melhor, passei mal ontem e cheguei a vomitar, mais a enfermeira disse que foi por conta dos remédios. Estou bem também por causa da transfusão de sangue.
-Ah, sim.Eu fui o doador.O meu sangue agora corre em tuas veias.
-Sério? Obrigada.
Ela me pedi um abraço e voltamos a conversar.
-Daqui a 5 dias estará indo para casa não é?
-É sim, não vejo a hora.Moro sozinha, minha colega de quarto foi embora com o namorado e me deixou, mais não ligo muito.Gosto de ficar sozinha, ler livros, escutar músicas.
-Moro sozinho também, meu colega de quarto teve que ir morar com seu pai e seu irmão e faço dos seus gostos os meus.
Ela ri, como se nunca tivesse encontrado alguém para fazê-la rir.
-E então?O que você faz atualmente? (Pergunta ela)
-Curso faculdade de Medicina.E você?
-Estou fazendo faculdade de Direito.
Ficamos conversando ali por mais ou menos uma hora, quando a enfermeira chegou e disse que o horário de visita tinha acabado.
Me despedi de Katerine e fui para casa.
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Juntos por um acidente
RomanceCaio é um jovem de 19 anos, que só pensa nos estudos, mora no Rio de Janeiro e cursa faculdade de Medicina. Não pensa muito em si, só quer saber de estudar.Mais um dia tudo muda, na noite chuvosa do dia 04 de Maio de 2005, saindo da faculdade,Caio a...