Joia de Sangue

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Josh.

Olho para todos os lados, inutilmente, já que está escuro de mais.

- Lia. - chamo, os dedos no aparelho do meu ouvido - Desligou o campo de força?

A princípio, só há silêncio.

- Pronto. - diz ela.

O barulho que se faz é mínimo, apenas como se um mosquito fosse queimado por uma lâmpada.

- Iwy, Néia. - faço um sinal para que ela me sigam.

Algumas lâmpadas estão queimadas, de modo que torne o lugar mais sombrio.

As meninas atrás de mim correm silenciosamente. Logo Néia fica ao meu lado, e Iwy fica a frente.

- Néia? - pergunta ela, as mão na frente do corpo quando paramos na frente do portão de entrada.

A garota abaixa o visor, analisando as ondas de calor.

- Dois metros a esquerda!

Aponto minha joia de sangue para a direção indicada.

Posso ouvir os passos se aproximando.

Iwy afasta as mãos do corpo, as palmas viradas para frente. Não preciso ver para saber que ela está expandindo o campo de choque.

- Meninas. - ouço a voz familiar de Tina.

Ela sai da escuridão de vagar, as mãos para cima em sinal de rendição.

- Como vamos saber que é você? - Néia indaga.

- Estou vendo as digitais... - Lia suspira na linha.

- Néia. - Tina suspira - Nós moramos na mesma casa... E sou a única que sabe d onde fica sua misteriosa marca de nascença.

Mesmo no escuro, é possível ver que as bochechas da menina ficam vermelhas.

- Tá bom. - diz.

Reviro os olhos, encarando o portão de metal a nossa frente.

- Sem brincadeiras, meninas. - digo, olhando para todas - Tudo limpo, Lia?

Há um barulho estranho na linha, até que ela é cortada.

- Meu visor não está funcionando! - Néia diz, olhando para todos os lados.

Ouvimos um pequeno barulho um clic bem estranho.

- Iwy, campo. - digo, usando a voz autoritária.

Todas nós olhamos para a garota, que se mantém imóvel.

- Campo. - repito.

- Não... Con... Sigo... - sussurra.

Suas pernas perdem a força, seu corpo entra em contato com o chão, as costas para cima.

Logo a baixo do seu cabelo curto, um dardo vermelho.

- Posição! - grito - Ela está viva! Armas de choque a postos.

Juntas, nós formamos um círculo, Tina fica ao meu lado. Posso ver como minha irmã está firme, os olhos vidrados no escuro.

- Todas as armas de energia não estão funcionando, Chefe. - grita Néia.

- Positivo! - pondero - Armas de fogo, sem morte!

Um disparo.

Um único som.

Um grito.

Coletando Contos #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora