Boate

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A noite de ontem foi divertida, porém me rendeu pouco sono. Eu estou parecendo uma adolescente boba - embora, eu seja adolescente - pois não consigo esquecer a forma que o idiota do meu médico falou comigo.

Acordar tarde num domingo de manhã é lei, mas acordar as três horas da tarde por ter passado a noite pensando em poucas palavras de um médico idiota não é algo muito normal.

E cá estou eu, em plenas três horas da tarde, de pijama e toda esparramada na minha cama. Acontece que como todo domingo, eu estou sem forças para fazer nada. Mas antes que eu possa pensar em mais alguma coisa, meu celular toca, e quando eu pego o mesmo vejo o nome de Eduardo na tela.

  — Mel!  ele praticamente gritou do outro lado da linha.

   Fala baixo, eu ainda tô dormindo.  reclamei e pude ouvir uma risada dele.

   Sério que você acordou três horas da tarde?  ele perguntou e eu pude ouvir estalos de beijo ao fundo da ligação.

   Sério que você tá dando uns amassos com o Bernardo três horas da tarde?  rebati ironicamente.

   Vai a merda!  ele xingou e eu ri.

   Enfim, ao que devo a honra de sua ilustre ligação?  perguntei sarcasticamente.

   Hoje a noite nós vamos sair.  ele afirmou.

   Nós? Como assim? Não me lembro de ter dito que eu ia sair.   falei e ouvi Bernardo gritar ao fundo um "Fresca!".

   Você vai sim! Venha para cá e traga suas roupas para se arrumar aqui.  ele disse.

   Ah, claro. Minha mãe vai super aceitar eu sair para noitada no domingo.  falei com toda minha ironia.

   Diga que vem para uma noite de pijama.  ele deu a ideia e eu sorri.

   Até que você é esperto, little twink.  falei e ele riu.  Chego já aí na mansão do seu namoradinho! Beijo.  falei.

   Beijo.  desligou.

Me levantei da cama, peguei uma toalha e fui tomar um banho para me arrumar e convencer minha mãe.

[...]

  — Tem certeza que vai tomar cuidado? — minha mãe perguntou pela milésima vez.

Eu já estava arrumada e estava na sala tentando convencê-la a me deixar ir dormir na mansão Bittencourt.

  — É claro que sim. — falei rolando os olhos.

  — Tá bom, você venceu. Mas juízo hein! — ela exclamou e eu sorri.

  — Ok, mãe. — falei rolando os olhos novamente e depositando um beijo em sua bochecha.

  — Não se esqueça de acordar cedo para ir a escola! Ah, e você vai de quê? — indagou.

  — Táxi. — expliquei.

Coloquei a outra alça da mochila nas costas e me encaminhei rapidamente até lá fora, onde o táxi já estava me esperando. Caminhei até o carro amarelo e entrei no mesmo.

  — Pra onde senhorita? — ele perguntou.

  — Palacy Garden. — respondi e o vi assentir pelo espelho.

Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora