Sumiço

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{ M E L I S S A }

-- Mel! Espera. - a voz de Eduardo ecoou pelo corredor principal da escola.

Apenas continuei correndo pelo corredor e vez em quando esbarrando em algumas pessoas sem olhar para trás. Eu precisava sair daquela escola o mais rápido possível, afinal, eu sabia que algo muito ruim estava para acontecer, eu sentia aquilo.

Então, apenas atravessei o portão principal e sai correndo pelas ruas no intuito de chegar na minha casa o mais rápido possível.

E agora eu estou aqui, sentada no sofá da sala totalmente aflita esperando Artus chegar para conversarmos.

Sério, eu jamais imaginei que o pai dele fosse capaz disso, até passou pela minha cabeça que ele poderia ser uma pessoa desagradável, mas não a esse ponto.

Fui interrompida dos meus pensamentos quando ouvi o barulho da porta se abrindo, então eu rapidamente me levantei e andei em passos apressados até a porta encontrando Artus.

Ele estava com uma blusa branca suja com um pouco de sangue e seus olhos estavam vermelhos.

-- O que aconteceu? - perguntei me aproximando e segurando seu braço.

-- Eu me machuquei, mas nem pensei direito, só vim para cá. - explicou e mostrou a mão que tinha um corte profundo.

-- Meu Deus! - exclamei. - Vem aqui, eu vou cuidar desse ferimento. - olhei em seus olhos e ele apenas assentiu.

Rapidamente, eu subi até meu quarto com Artus em meu encalço, o sentei na cama e peguei uma pequena caixa de primeiros socorros.

Me sentei ao seu lado e peguei sua mão fazendo-o grunhir em dor.

-- Está doendo muito? - perguntei olhando em seus olhos.
-- Sim, bastante. - respondeu me olhando.

-- Como isso aconteceu? - perguntei pegando algodão e álcool para limpar o sangue de sua mão.

-- Ai! - grunhiu quando eu encostei o algodão melado de álcool em seu ferimento. - Eu apenas tentei proteger Bernardo, mas meu pai me empurrou no chão e eu acabei me cortando em um enfeite de vidro da sala. - explicou.

-- Eu não entendo... Por que seu pai é assim? - perguntei enquanto terminava de limpar o ferimento.

-- Ele é uma pessoa fria que só se importa com dinheiro e coisas fúteis. - falou e eu o olhei observando certa mágoa em suas palavras.

-- Olha, eu não queria te contar isso, mas ele foi na escola. - falei pegando o esparadrapo.

-- O que? Que merda ele foi fazer lá? - perguntando alterando um pouco o tom da sua voz.

-- Calma, ok? Ele foi atrás do Eduardo, acabou insultando ele na frente de todos e eu me meti na briga. - expliquei enrolando o esparadrapo em sua ferida.

-- O que? Meu Deus, ele fez algo com você? - perguntou e com a mão que não estava ferida, ergueu meu queixo me fazendo olhá-lo.

-- Apenas falou algumas coisas, mas eu não me importo. - falei o olhando e ele me deu um sorriso triste.

-- Você é tão forte e eu sou um tremendo idiota, falho até quando tento proteger meu irmão. - falou com a mágoa presente em sua voz.

-- Você é mais forte do que pensa, só precisa aprender a enfrentar seu pai e não deixar ele tomar as decisões da sua vida. - falei calmamente e levei minha mão até a maçã do seu rosto para acariciar ali.

Ele apenas olhou profundamente em meus olhos e eu vi suas pupilas dilatarem, então ele se aproximou lentamente deixando sua respiração bater em meu rosto e levou sua mão - não machucada - até a minha nuca, enroscando os dedos entre meus fios de cabelo e me puxou selando nossos lábios.

Iniciou um beijo lento sem línguas, apenas explorando meus lábios calmamente, e depois de alguns segundos encerrou o beijo mordendo o meu lábio inferior.

-- A gente precisa conversar. - falou me olhando e eu franzi o cenho.

-- Eu sei. - concordei.

-- Pode ser que meu pai faça de tudo para separar a gente, e eu não gosto de falar isso, mas nós temos que ser fortes e enfrentarmos isso juntos, entende? - falou calmamente.

-- Por que ele se incomoda tanto em nos ver juntos? Sinceramente, não entendo. - indaguei e ele suspirou.

-- Ele quer controlar minha vida, mas eu não vou permitir que ele separe a gente. - explicou e eu apenas suspirei e assenti.

-- Eu ainda não concordo com isso, mas tudo bem. - falei sem emitir nenhuma expressão.

-- Não fica brava, ok? - pediu e eu apenas suspirei.

Rapidamente, ele me puxou para ele e distribuiu vários pequenos beijos pelo meu rosto fazendo minhaa bochechas ficarem vermelhas.

-- Vai pra merda! - falei tentando não rir.

Mas antes que pudéssemos falar alguma coisa, meu celular tocou mostrando o nome de Bernardo, então rapidamente eu atendi e coloquei no viva voz.

-- Mel! Socorro, e-eu fui ao banheiro e quando eu voltei não encontrei mais o Eduardo, por favor me ajuda, alguma coisa aconteceu! - falou tudo desesperadamente e eu senti meu mundo desmoronar.

O que estava acontecendo?

[☆]

Perdão pelo capítulo pequeno e obrigada pelo carinho! ♡

Até mais! Beijinhos.

Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora