Tentativa

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A foto na mídia é do Bernardo!

{ A R T U S }

Em todos meus vinte e oito anos de vida, nunca pensei que palavras fossem me afetar tanto. Também nunca pensei que não conseguiria tirar da cabeça uma adolescente de dezessete anos.

Acontece que desde pequeno eu fui criado por um pai muito conservador e machista - e por sorte eu não herdei isso dele - enquanto minha mãe era ausente na nossa vida devido ao seu trabalho de estilista profissional. Meu pai sempre me disse coisas estúpidas, como "Se você for um homem de verdade, saberá como mandar em uma mulher". Eu realmente fico irritado com algumas pessoas que dizem que homem e mulher são diferentes e que cada um tem seu "instinto".

Não posso negar que gosto de controle sobre tudo ao meu redor, mas isso nunca fez com que eu me tornasse um machista preconceituoso. 

Eu também nunca tive relacionamentos sérios, sempre foram casos de uma noite ou de um mês. E todas as mulheres com quem já fiquei foram diretas, sempre deixaram claro o que queriam.

Mas Melissa não.

Essa garota tem me atormentado desde a primeira vez que a vi. Com seu jeito impulsivo e sua personalidade forte, ela é simplesmente complicada.

Complicada e interessante.

Foi isso que eu pensei no começo. Pensei que por ela ser interessante, seria algum tipo de joguinho. Mas me enganei totalmente.

E agora estou aqui, sem saber o que fazer.

Fui arrancado de meus pensamentos, quando ouvi três rápidas batidas na porta branca de meu consultório.

— Entre. — murmurei.

E logo a porta foi aberta, revelando Daniele. A mulher estava com os cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo e carregava alguns papéis na mão.

— Doutor Artus, esses documentos são exames que o senhor tem que ver. — ela disse calmamente e entrou na sala fechando a porta atrás de si.

Andou lentamente até minha mesa amadeirada branca, colocou os papéis em cima da mesma e logo em seguida, me olhou com um sorriso estranho.

— Está muito ocupado? — ela perguntou.

— Na verdade não, mas quero ficar sozinho. — respondi convicto e ela ergueu uma sobrancelha.

Rapidamente, ela deu a volta na mesa e veio até minha cadeira - de rodinhas - virando a mesma em sua direção.

— Tenho certeza que vai gostar da minha companhia. — ela disse colocando as mãos nos meus ombros.

— Daniele, pare por favor. — pedi a olhando.

— Parar? Mas eu ainda nem comecei. — ela disse se aproximando mais ainda.

— Ou você para ou serei obrigado a te expulsar daqui. — murmurei e ela suspirou se recompondo.

— Sério? Eu achei que você gostasse de se divertir. — ela falou indignada enquanto se afastava ainda me olhando.

— Não estou a fim e nós estamos num local de trabalho. — falei sem emitir nenhuma expressão e ela suspirou.

— Não pense que isso acabou por aqui. — falou me encarando e saiu da sala andando lentamente.

Era só o que me faltava!

[...]

— Você quer que a gente te ajude? Sério? — Bernardo indagou com uma expressão indignada.

Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora