Ciúmes? Ciúmes.

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N/A: como prometido, aí está! Boa leitura. ♡

{ M E L I S S A }

Eu estava bem aérea esses dias, até minha mãe já havia percebido. E como tudo tem um motivo... O meu motivo é Artus Bittencourt. E parando para pensar um pouco nisso, há mais ou menos dez dias atrás eu queria matá-lo, mas agora eu estou aqui pensando nele no meio de uma aula super chata de geometria, irônico não?

Ultimamente acho que ele está bem ocupado, afinal, vida de médico não deve ser fácil. Mas enfim, faz quatro dias desde que fomos no parque e a semana já está acabando, então eu espero que possa ver ele, porque o único contato que tive com ele foram algumas mensagens antes de dormir.

Eduardo está praticamente no mundo da lua, e sabe aquela coisa que as pessoas falam que quando seus amigos começam a namorar eles te esquecem? Pois é, ele é a prova viva disso, porque só vive grudado em Bernardo.

Ouvi o sinal tocar e suspirei aliviada, as aulas enfim tinham acabado. Não que eu não goste de estudar, porque na verdade eu gosto bastante, mas hoje eu só quero dormir.

Guardei meus livros na minha bolsa devidamente, peguei meu celular e meus fones de ouvido e me levantei da cadeira, indo para fora da escola ao som de Home. Andei em passos lentos pelos corredores da escola até passar pelo grande portão principal e estar na parte de fora.

Mas antes que eu pudesse sair dali, senti alguém me cutucar. Tirei os fones e quando virei para ver quem era, me deparei com um garoto. Muito bonito por sinal, ele tinha cabelo castanho arrumado em um topete, seu rosto era bonito e seus olhos eram verdes.

-- Pois não? - falei ainda o olhando e ele deu um sorriso tímido.

-- Você que é a Melissa Lauren? - perguntou um pouco envergonhado.

-- Não. Lauren não é nome de sucesso, me chame de Melissa Ohaí. - respondi fazendo essa brincadeira no intuito de fazê-lo menos tímido.

-- Ok. - ele deu uma risadinha. - É que eu sou novato aqui e ouvi falar que você é muito inteligente, então, será que você se incomodaria em me passar as atividades? - pediu com um sorriso grande revelando suas covinhas.

-- É claro que eu posso. - confirmei.

E então, ele retirou seu casaco xadrez vermelho para amarrar na cintura e só então eu percebi que ele estava com uma blusa do capitão América.

-- Não brinca, você gosta da Marvel e ainda é fã do capitão América? - perguntei e ele olhou pra mim e abriu um sorriso.

-- Sim! Eu amo os filmes da Marvel, da DC também. - respondeu.

-- Qual seu herói preferido da Marvel? - perguntei.

-- Capitão América, e da DC é o lanterna verde. - respondeu e eu só faltei surtar.

-- Meu Deus! São os mesmos que os meus. Isso é incrível. - falei e ele logo sorriu.

Em seguida nós engatamos em uma conversa sobre filmes e séries, mas em algum momento eu acabei me empolgando demais e quase caindo. Quase, porque os braços dele me seguraram pela cintura.

-- Já pode soltar ela. - uma voz soou entre nós e eu senti todos meus pelos arrepiarem ao reconhecer aquela voz.

Rapidamente me recompus e me ajeitei. O menino que eu esqueci de perguntar o nome olhava tudo meio confuso e Artus estava ali parado na nossa frente com uma cara mada legal.

-- Qual seu nome mesmo? - perguntei ao menino.

-- Lucas. - respondeu rapidamente.

-- A gente se vê por aí, Lucas. - me despedi indo em direção aonde Artus estava, ainda com uma cara mada boa.

Ele estava usando uma calça jeans bem apertada - como de costume - uma blusa social preta e o jaleco branco que tinha seu nome gravado.

-- Então é só eu ficar ausente alguns dias que você quase se atraca com outra pessoa? - perguntou em um tom extremamente irritado.

Olhei para ele com uma expressão indignada.

-- Você tá louco? Eu estava conversando com o menino e tropecei. - respondi e ele riu sarcasticamente.

-- Ah, claro. Você acha que eu sou bobo? - indagou e passou a língua nos lábios no intuito de umedecer os mesmos.

-- E você acha que eu sou uma marionete? Fofo, abaixa a sua bola! Se quiser acreditar em mim, tudo bem. Se não, dane-se. Eu já falei antes e volto a repetir, você não tem controle sobre mim. - falei tudo rapidamente, afinal, eu já estava irritada.

-- Ah, então é assim agora? - perguntou e olhou para o lado dando uma risadinha estúpida.

-- É do jeito que eu quiser! Você não está falando com uma de suas bonecas plastificadas, ok? - falei um pouco alto e por sorte não tinha ninguém transitando por ali, se não chamaria atenção.

Ele se aproximou de mim, segurou meu braço e nós ficamos cara a cara. Os rostos bem próximos um do outro e a respiração ofegante. Seus olhos castanhos me fitavam com raiva e desejo.

-- Poxa, será que você não entende? - indagou.

-- Entender o quê? - rebati.

-- Que eu estou com ciúme! Eu não gostei nada do que eu vi. E sinceramente, você me falando essas coisas não ajuda muito. - respondeu.

-- Ok, eu até aceito você estar com ciúme, mas não aceito você querer ter controle sobre mim! Eu sei que você gosta de ter controle sobre tudo, mas sobre mim não. - falei ainda irritada.

-- Para de ser mimada! - exclamou ainda me olhando nos olhos.

-- Estúpido! - xinguei e quando ia me virar, ele colocou o braço ao redor da minha cintura e me puxou colando nossos corpos.

Encostou a cabeça na minha, me olhando e em seguida selou nossos lábios iniciando um beijo suave. Apertou um pouco minha cintura e se ele não estivesse me segurando, eu já estaria no chão.

Logo, ele pediu passagem para minha língua e eu cedi me entregando totalmente àquele beijo. E depois de alguns segundos, nos separamos e ficamos nos olhando.

-- Acho que você já percebeu que não conseguimos ficar longe um do outro. - ele disse com a respiração ofegante.

-- É, mas você tem que entender que eu não sou uma marionete que você pode controlar. - falei ofegante e ele me deu um selinho rápido.

-- Me desculpa, ok? - pediu e eu assenti. - Eu tenho que voltar para o hospital, mas eu vou te deixar em casa. - falou e começamos a andar em direção ao seu carro.

Com as mãos entrelaçadas.

[☆]

Desculpem pelo capítulo curto! Mas não se preocupem, a história ainda tá no começo e tem muita coisa pra acontecer.

E o próximo capítulo sai bem maior :)

Até lá. Beijinhos!

Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora