Aulas e dor de cabeça

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[ M E L I S S A ]

Minha vida nunca foi muito agitada, mas de qualquer forma eu sou muito feliz.

Tenho dezessete anos e moro com minha mãe e meu irmão em uma casa simples no Rio de Janeiro. Meu pai morreu quando eu tinha 12 anos e minha mãe, a Dona Lúcia, cuida de mim e do meu irmão mais novo desde então.

Estudo em um colégio particular, devido ao esforço que minha mãe faz, já que ela tem pequena lojinha de roupas, algumas vezes eu a ajudo por lá.

Sou uma garota humilde, mas nunca me deixei vencer pelas barreiras da vida, e isso eu puxei da minha mãe.

Eu tenho um melhor amigo chamado Eduardo, nós nos conhecemos desde a infância e nunca nos desgrudamos. Pouco tempo atrás ele fez uma descoberta sobre ele mesmo e fui eu quem o apoiei.

Eu nunca fui uma pessoa de arranjar inimizades e nunca arranjei, tanto é que falo com todos do meu colégio e sou bem simpática.

O som do despertador ecoou por meu pequeno quarto, cheio de postêres na parede e um pouco bagunçado, e eu suspirei. Estudar de manhã foi uma péssima escolha para uma pessoa que ama dormir como eu.

Depois de alguns minutos, me dei por vencida e levantei da cama, andando em passos lentos até fora do meu quarto. Quando sai do mesmo, fui até o banheiro no fim do corredor. A casa tinha três quartos e apenas um banheiro, ou seja, eu tinha que lutar para ser a primeira a usá-lo.

Quando cheguei na porta amadeirada do banheiro, girei a maçaneta, abri a mesma e entrei. Por sorte meu irmão ainda não tinha acordado.

Fiz minha higiene matinal, tomei um banho rápido e voltei para meu quarto com a toalha enrolada no meu corpo. Fui até meu pequeno guarda-roupa marrom de duas portas e abri o mesmo no intuito de encontrar alguma roupa para vestir hoje, porque como estava nos primeiros dias de aula, certamente eu poderia ir de roupa normal ao invés de usar uniforme.

Acabei por optar uma regata azul royal, uma calça jeans clara de cintura alta, um ténis all star básico e um casaco preto para amarrar na cintura.

Depois de dez minutos, eu já estava vestida e com o cabelo arrumado. Meu cabelo sempre foi bonito e sua tonalidade natural é um castanho avermelhado, mas há um mês eu fiz algumas mechas loiras nas pontas para dar um certo charme.

Peguei minha mochila preta em cima da cama, coloquei a mesma nas costas e sai do quarto rapidamente. Desci a escada que dava acesso direto na cozinha quadriculada em que estavam minha mãe e meu irmão tomando café da manhã.

— Bom dia. — falei e sorri levemente enquanto me sentava na mesa junto deles.

— Bom dia meu bem. Eu vou levar o Caíque na escola e o Eduardo deve estar quase passando para te buscar, então coma rápido para não se atrasar. — Minha mãe falou em um tom adorável e eu assenti enquanto pegava uma torrada em cima da mesa.

Peguei um punhado de nutella com a faca e passei na torrada. Logo em seguida, dei uma mordida e me deliciei com o sabor. Eu realmente amo nutella.

— Minha filha, não exagere tanto. Eu morro de medo de você acabar ficando doente por causa desses seus exageros! — minha mãe reclamou quando viu a quantidade de nutella que eu tinha colocado na torrada.

— Tá bom, dona Lúcia. — falei e dei uma risadinha.

Depois de alguns minutos, Eduardo, meu melhor amigo de infância, chegou e me apressou para irmos.

Logo já estávamos caminhando até o colégio que ficava a quatro quadras dali.

Eduardo sempre foi um garoto bonito e, atualmente, ele está com o cabelo platinado e um piercing no septo que caiu muito bem nele.

Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora