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OBS: A FOTO NA MÍDIA É DO EDUARDO!
{ M E L I S S A }
Sabe aquele momento da sua vida em que tudo que você quer é sumir? Pois é, é assim que eu estou me sentindo agora.
Já faz cerca de duas semanas que o "pior beijo da minha vida" aconteceu. E sabe por que ele é o pior? Porque não consigo parar de pensar nele. Desde então, eu tenho ignorado qualquer assunto que seja relacionado ao meu médico, desde as consultas - que eu sempre invento uma desculpa para não ir - até qualquer comentário bobo de Bernardo sobre ele.
E para piorar a situação, Eduardo tem me enchido esses últimos dias, dizendo que eu estou sendo infantil e que não adianta nada ignorá-lo. Mas pra mim adianta, porque quanto mais eu ficar longe de Artus, mais bem eu faço para minha sanidade mental.
— Você tem certeza que vai continuar agindo assim? Por que não tenta conversar com ele e entender o porquê dele ter feito isso? — Eduardo me perguntou e eu revirei os olhos, já cheia desse assunto.
No momento ele e eu estávamos sentados numa escada da nossa escola e era hora do intervalo. Bernardo não estava, porque estava adoentado.
— Sinceramente? Chega desse assunto! Eu não tenho nenhum vínculo com Artus e nem terei, se ele quisesse conversar, teria vindo até mim, mas eu sei que ele quer me ver correndo atrás dele. — falei já cansada.
— Estou insistindo nesse assunto, porque quero que você entenda que o amor não é um jogo de desinteresse, talvez ele não tenha vindo falar com você justamente por ter medo da rejeição. Mas tudo bem, depois não diga que não te alertei. — falou rapidamente.
— Alertar sobre o quê? — indaguei.
— Sobre você estar desperdiçando uma chance de ser feliz! — exclamou, mas antes que eu pudesse responder, o sinal tocou indicando que deveríamos ir para nossa sala de aula.
[...]
— Tipo, eu não sei o que está acontecendo comigo... — Eduardo falava conforme andávamos em direção às nossas casas.
— Como assim? — indaguei.
— É difícil explicar... Eu só acho que estou sentindo coisas intensas demais. — explicou e logo minha mente clareou.
Ele estava falando sobre Bernardo!
— Já sei. Você tá gostando mesmo do Bernardo, né? — perguntei e ele suspirou.
— Acho que sim... Tipo, no começo achei que era só diversão, mas agora tá ficando sério. — falou calmamente.
— Isso é ótimo! — exclamei.
— Não. Eu tenho medo de acontecer alguma coisa... E pelo que ele me disse, o pai dele é bem conservador. Já pensou se ele descobrir alguma coisa? — ele disse e foi aí que eu entendi tudo.
— Pelo que eu entendi, o pai dele é mesmo conservador. Mas ele está em São Paulo, e por enquanto, não tem com o que se preocupar. — falei tentando confortá-lo.
— Enfim, você vai na casa dele hoje comigo, né? — pediu.
— Claro que não. — neguei.
— Qual é, Mel. O Artus vai estar trabalhando, além disso, Bernardo está doente e é nosso amigo, temos que ir visitá-lo. — rebateu e eu suspirei.
— Você tem razão... Que horas nós vamos? — perguntei.
— Umas três horas da tarde, pode ser? — perguntou e eu assenti.
Quando cheguei em frente a minha casa, me despedi de Edu com um abraço rápido e logo fui abrir a porta. Entrei e suspirei ao ver a bagunça que a casa estava, certamente teria que arrumá-la e tinha que ser rápido para dar tempo me arrumar para ir na mansão Bittencourt.
Então, apenas fui até o meu quarto, joguei a mochila em cima da cama, tirei os tênis e desci novamente para almoçar e arrumar a casa.
Depois que terminei de almoçar, coloquei minha playlist do Coldplay e fui arrumar a casa. Limpei tudo o mais rápido que consegui e quando olhei no relógio eram exatas duas e meia da tarde, ou seja, teria que me apressar.
Então, me dirigi ao banheiro, tomei um banho rápido, fui até meu quarto, vesti um vestido simples e confortável e prendi meu cabelo num rabo de cavalo.
[...]
— Como você foi ficar doente assim? — Eduardo perguntou com um bico nos lábios olhando para Bernardo.
Estávamos eles dois e eu, no quarto de Bernardo - que era enorme e lindo - eu e Eduardo estávamos sentados na ponta da cama enquanto Bernardo estava enrolado em vários cobertores.
— Tomei banho de piscina na chuva. — ele explicou.
— Sério? Perdeu o juízo? — indaguei.
— Eu estava com muita vontade. — explicou e logo Eduardo começou a conversar com ele.
Senti que deveria deixar os dois sozinhos para terem um pouco de privacidade.
— Vou beber água. — falei e eles apenas assentiram.
Logo sai do quarto dando de cara com o corredor amadeirado que continha cinco portas. Desci as grandes escadas da casa, passei pela sala de jantar e pela sala de estar e cheguei na cozinha.
Mas me arrependi imensamente de ter ido até lá. E sabe aqueles momentos que você quer colocar a cabeça dentro de um balde? Pois é.
Lá estava Artus. Com uma calça skinny preta e justa, uma blusa de mangas compridas cinza, o maldito cabelo totalmente arrumado enquanto colocava água dentro de um copo de vidro.
E quando eu estava recuperando a consciência para sair dali, ele me notou.
— Mel? — chamou e eu não respondi.
Apenas caminhei até um armário de copos, peguei um e enquanto fazia isso pude sentir seu olhar sobre mim.
— Vai mesmo ignorar? — indagou.
— Enquanto eu puder, sim. — respondi e peguei a garrafa em cima da mesa.
— Você não pode fazer isso. — falou.
— Tenho a leve impressão que já estou fazendo. — rebati sem olhá-lo e despejei água no copo.
Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, senti ele se aproximar, pegar o copo das minhas mãos e me fazer encará-lo.
— Você não entende, né? — falou me olhando nos olhos, e eu amaldiçoei aquelas íris castanho mel lindas.
— Não entendo o quê? — indaguei o olhando.
— Por que acha que eu fiz aquilo? — perguntou.
— Porque quer me colocar como mais uma na sua imensa lista de conquistas! Tanto é que logo que me beijou disse que agiu por impulso! Isso foi uma justificativa ridícula para um beijo. — praticamente cuspi as palavras. — Desde o primeiro momento que te conheci, eu percebi que você era arrogante, mas não vou deixar você me menosprezar, então simplesmente me deixe em paz. — vi seus olhos se arregalarem pelas minhas palavras duras e saí dali sem olhar pra trás.
Uma parte de mim dizia que eu tinha feito a coisa certa e outra dizia que não.
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Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)
RomanceMelissa Lauren é uma adolescente de dezessete anos que tinha uma vida comum. Amigos, escola, festas e família. Sempre foi humilde, meiga e feliz. Mas o comum passa a ser agitado e descontrolado quando ela conhece o possessivo Artus Bittencourt, um...